terça-feira, 31 de julho de 2012
Fale apenas o necessário
O homem prudente oculta o conhecimento, mas o coração dos insensatos proclama a estultícia. Prov. 12:23.
Existe um ditado indiano que afirma: “Não fale tudo o que sabe, porque quem fala tudo o que sabe, geralmente fala o que não convém.” Pessoas que sabem muito não fazem questão de mostrar que sabem. São prudentes. Calam-se quando é preciso e falam no tempo oportuno. O sábio sabe o que fala, porque sabe o que pensa.
Pessoas que falam mais que o necessário carregam com freqüência complexos que controlam suas palavras e atitudes. Precisam ser o centro da atenção e, na maioria das vezes, mostram ter domínio de temas que desconhecem.
No silêncio do coração, essas pessoas sofrem porque percebem a insensatez de “proclamar estultícias”, mas o desejo de “aparecer” é quase instintivo.
Um dia essa pessoa conhece valores éticos e a dor aumenta. Luta para aplicar os conceitos aprendidos. Luta consigo mesma, contra seus complexos, temores e traumas que não consegue identificar. É uma luta injusta. Ninguém vence um inimigo oculto. É uma batalha cruel. A pessoa sofre a angústia de não viver a teoria que conhece. Sabe por que as coisas não dão certo na vida, por que seu casamento anda mal, e o relacionamento com os filhos é péssimo. Tenta, mas seus esforços são inúteis.
A incoerência de muitos livros de auto-ajuda é que apresentam o sorvete maravilhoso, mas não dizem como consegui-lo. “Tire a energia que existe dentro de você”, afirmam. “Descubra seu potencial”, proclamam. E cada vez que você olha para dentro de si, em busca do badalado “potencial”, só encontra um mundo difuso e sem forma, de sombras que o assustam.
O melhor livro de auto-ajuda que existe é a Bíblia. Não existem princípios de “inteligência emocional” que não estejam registrados no texto bíblico. A diferença é que a Bíblia o conduz a Jesus, a única pessoa capaz de colocar ordem no seu mundo interior.
Vá a Jesus hoje. A verdadeira energia vem do alto, não de dentro. E lembre-se: “O homem prudente oculta o conhecimento, mas o coração dos insensatos proclama a estultícia.”
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Luz e salvação
O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei? Sal. 27:1.
Ligou para mim um empresário que atravessava seu pior momento financeiro. Nada dava certo. Já havia feito todos os ajustes necessários para tirar a empresa do sufoco, mas parecia inútil.
“Precisava passar por esta provação para saber que meu cristianismo e a minha confiança em Deus não passavam de mera teoria” – expressou angustiado. “Confiar em Deus quando a empresa crescia era fácil. Mas, hoje, que estou à beira da falência, compreendo que nunca fui um bom cristão” – concluiu.
Você já experimentou o desânimo em momentos difíceis da vida? O verdadeiro cristão nunca fraqueja? Sua fé permanece inabalável em meio à tormenta?
Talvez você tenha que ler todo o Salmo 27. Escolhi para o devocional de hoje apenas o verso um. O salmista expressa nele toda a sua confiança em Deus. “O Senhor é a minha salvação; de quem terei medo?” pergunta. “O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”, indaga. Que confiança!
Os primeiros seis versículos deste salmo são declarações extraordinárias de confiança em Deus. “Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança”, declara o salmista no verso 3.
Mas, de repente, no verso 7 acontece algo estranho. Toda aquela confiança desaparece. Na segunda metade do salmo, encontramos um Davi medroso: “Ouve, Senhor, a minha voz; eu clamo, compadece-Te de mim e responde-me.”
O que aconteceu com toda a confiança da primeira parte? Nada. Estava ali, no mesmo lugar. Só que o coração do salmista é um coração humano, como o seu e o meu. Tão humano quanto o de Jesus na cruz do Calvário, ao perguntar ao Seu Pai: “Por que Me desamparaste?” Mat. 27:46.
O Pai não O havia abandonado. Assim como não abandonou Davi em meio à tribulação e como não abandonará você nunca, embora seu coração, às vezes pressionado pela dor e sofrimento, sinta que Deus não se lembra de você.
Por isso, hoje, não importa que tudo ande bem ao seu redor, ou que a tormenta assustadora pareça afundar sua embarcação, ore ao Senhor dizendo: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Pouco a pouco
Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento. Prov. 13:11.
Em agosto de 2005, um grupo de ladrões cavou um túnel durante três meses e levou 40 milhões de dólares, em moeda nacional, do Banco Central na cidade de Fortaleza, Brasil. Algumas semanas depois, o chefe da gangue foi seqüestrado, torturado e morto por desconhecidos. Perdeu o dinheiro e também a vida.
O texto de hoje descreve a fragilidade ou a inutilidade do dinheiro ganho facilmente.
Pessoas sábias seguem um caminho melhor, obedecem ao conselho divino. O conselho de Deus hoje, na Nova Versão Internacional da Bíblia, diz: “O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais.”
Há duas expressões que devem ser consideradas: “trabalho” e “aos poucos”. O trabalho é um dos poucos caminhos honestos para conseguir dinheiro. Outros poderiam ser a herança ou algum presente oferecido por amor. Peça a Deus força, saúde, iniciativa, diligência e laboriosidade. O resultado disso será o dinheiro. O trabalho é a maior bênção outorgada por Deus ao ser humano.
A expressão “aos poucos” é talvez a mais difícil de ser compreendida e aceita. A natureza humana é apressada e imediatista. Quer tudo hoje, aqui e agora. Talvez por causa da fugacidade e fragilidade da própria vida. Quem sabe pela ansiedade atrelada ao desejo de realização imediata. Não importa. A realidade é que não temos paciência para esperar. A expressão “aos poucos” não se encaixa na vertiginosa maneira de ver a vida. E, no entanto, o plano divino para a criatura está determinado pelo “aos poucos”.
Você não cresce de um dia para outro. Não emagrece como resultado de uma fórmula mágica. Não envelhece em um dia, nem sara em um minuto. Nada acontece em fração de segundos. A vida e a natureza estão assinaladas pelo “aos poucos”. Só desse modo se constrói uma fortuna.
Senhor, ensina-me a ser paciente, a ver nascer e morrer o sol de todo dia. Ensina-me a viver hoje, cumprir minha missão agora e a esperar que os resultados apareçam naturalmente. Faça sua esta oração, porque “os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Ele me acolherá
Pois, no dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu pavilhão; no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha. Sal. 27:5.
Sempre existe um “dia da adversidade” para cada um. Enquanto vivermos neste mundo de dor e tristeza, mais cedo ou mais tarde haverá um momento em que, literalmente, você não saberá o que fazer nem aonde ir.
Eu deveria ter uns 25 anos quando, pela primeira vez, entrei num turbilhão que parecia não ter saída. Quando garoto, corria a meus pais e eles sempre estavam dispostos a estender-me a mão. Mas eu já havia crescido, e me sentia sozinho nadando e nadando num mar tempestuoso, sem avançar um só palmo. O coração doía terrivelmente. Olhava para todos os lados em busca de socorro, mas ninguém podia fazer nada por mim. Foi então que me dirigi ao templo. Fiquei ali sentado, conversando com Deus, abrindo-Lhe o meu coração, chorando aos Seus pés.
Não sei quanto tempo permaneci assim. Só sei que, ao cair da tarde, as sombras da minha vida haviam desaparecido. Uma paz indizível inundou o meu coração. O medo desapareceu e saí de lá com forças para enfrentar as dificuldades que pareciam me destruir.
Hoje entendo o que Davi escreveu. Naquela tarde, o Senhor me ocultou no Seu pavilhão, no recôndito de Seu tabernáculo me acolheu e me elevou sobre uma rocha onde ninguém poderia atingir-me.
Existe algo indefinível no templo. É a presença de Deus. O templo é mais do que simplesmente um conglomerado de tijolo, cimento e madeira. É o próprio coração de Deus aberto. São Seus braços dispostos a perdoar, a abraçar e a confortar. E sua própria voz silenciosa consolando, animando e encorajando.
Deus pode fazer o mesmo em qualquer outro lugar? Pode sim. Mas no Seu templo há algo que palavras humanas não podem definir. É preciso viver e experimentar.
Por isso, hoje, se estiver experimentando dissabores na vida, fale: “No dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu pavilhão; no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Não acenda o pavio
O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores amigos. Prov. 16:28.
A tragédia do câncer é que a célula maligna não fica quieta. Contamina outras células com uma rapidez extraordinária. O homem perverso é descrito no texto de hoje como um câncer. É veloz. Espalha-se rapidamente levando destruição e morte por onde passa.
O instrumento que usa é a língua. Cria intrigas. Disfarça verdades, inventa fuxicos, difama e contamina tudo que toca. O perverso chega de mansinho, como quem não quer nada. “Sabia que fulano...?” “Não sei se devo dizer mas acho que...” “Gente, este segredo é só para você, se alguém me perguntar eu nego.” “Você não acha que fulano...?”
Aparentemente, o perverso é sempre inocente. Ele apenas acende o pavio. A explosão é problema da bomba. Ele “nunca disse nada”, “só sugeriu”. Mas por onde passa vai deixando amizades rotas, imagens denegridas, nomes enxovalhados;, enfim, lama, sujeira e maledicência.
O livro de Provérbios fala repetidas vezes do poder da palavra. A pessoa sábia, que mantém um relacionamento diário com Jesus, usará a palavra para construir e não para destruir. Palavras edificantes valem muito e custam pouco. Expressões destrutivas têm um custo exorbitante a longo prazo. São como o bumerangue. Sempre voltam e a própria pessoa é a prejudicada.
Sendo que o coração é o manancial dos sentimentos, e estes se expressam com palavras, é preciso manter a fonte sempre limpa. Jesus é a única pessoa que pode conseguir isso. A disciplina humana é solução de fantasia. É apenas cobrir a estrada esburacada com um pouco de terra. Com a primeira chuva que cair, tudo voltará ao seu estado original.
Busque novamente hoje a Jesus. Aprenda a conviver com Ele. As lutas da vida não o amedrontarão, as nuvens escuras não o intimidarão. Seus inimigos podem cercá-lo completamente. Mas, se você está com Jesus, sempre haverá uma saída.
O homem sem Deus, mais cedo ou mais tarde, mergulha na perversidade. “O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores amigos.”
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 24 de julho de 2012
Cetro de equidade
O Teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de eqüidade é o cetro do Teu reino. Sal. 45:6.
O texto de hoje é um salmo messiânico. Fala da pessoa e do poder do Messias, do Seu governo e de Sua glória eterna.
Você sabe que tudo é passageiro nesta vida. Tudo começa e termina. Tudo, mais cedo ou mais tarde, chega ao fim. No deserto desta vida, Deus provê muitos oásis para mitigar a sede. Nas tormentas de nossa existência, Ele coloca muitos refúgios para proteger-nos das inclemências. Mas nosso destino final não está neste mundo. Todas as coisas boas desta vida têm apenas a finalidade de tornar menos cansativa a nossa viagem através das areias escaldantes, mas não provêem segurança plena e satisfação completa. Nenhum oásis é permanente, porque não é um simples oásis que procuramos. A nossa busca final é por Aquele que um dia disse: “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba.” João 7:37.
O verso de hoje fala do glorioso dia no qual finalmente o trono de Deus será estabelecido. Aquele será o fim de nossa peregrinação. Estaremos com Cristo no lar, afinal. Naquele dia beberemos da água que Ele nos dará e nunca mais teremos sede. “Vi novo céu e nova terra... E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor.” Apoc. 21:1 e 4.
Mas o salmista acrescenta que naquele dia o cetro do reino de Cristo será um cetro de eqüidade. Eqüidade é justiça. O governo sem-fim de Jesus será justo.
Naquele dia, haverá pessoas que acharão que Jesus Se equivocou. “Muitos, naquele dia, hão de dizer-Me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim.” Mat. 7:22 e 23.
Haverá gente que achará que serviu a Deus e, no entanto, se perderá. Isso é doloroso. Mas será justo, porque não basta “achar”. É preciso conhecer a Palavra de Deus e, com humildade, ajustar a vida aos Seus ensinamentos.
Hoje, quero pensar em minhas atitudes e decisões com relação à Palavra de Deus. Estou sendo humilde para obedecer-lhe ou soberbo para questioná-la? “O Teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de eqüidade é o cetro do Teu reino.”
Texto de Alejandro Bullón
Fuja para longe
Livra-te, como a gazela, da mão do caçador e, como a ave, da mão do passarinheiro. Prov. 6:5.
Se a presa soubesse que o caçador quer agarrá-la, nunca seria caçada. Se a avezinha percebesse que o passarinheiro quer prendê-la, fugiria para longe. Mas a arma do caçador é a astúcia. Com sutileza, aproxima-se. Chega perto sorrateiramente, e quando a vítima percebe o perigo, já é tarde. A liberdade acabou e, muitas vezes, até a vida.
“Livra-te!”, é o conselho divino. Há muitos passarinheiros espreitando a sua vida. São pequenos hábitos que se transformam em vícios, pensamentos negativos que viram ações, sentimentos doentios que se traduzem em atos e que acabam destruindo os valores, ideais e sonhos. Se você pudesse identificá-los à primeira vista, certamente fugiria. Mas se você se aproximar inadvertidamente, não os verá como ameaça. Chegam, ocupam um lugar na sua mente, acomodam-se em seu coração, aderem-se ao seu corpo e sugam lentamente o que de mais precioso você tem. Quando você acorda, já é tarde e tudo está destruído. Perdeu a liberdade. Não é mais dono da própria vida. É um escravo de sentimentos, circunstâncias e situações irreversíveis.
Como uma pessoa se torna escrava das drogas? Como um casal chega ao divórcio? Como alguém acaba endividado? A resposta é: lentamente, passo a passo, dia após dia.
Nenhuma empresa entra em falência da noite para o dia; nenhum casamento se destrói no lapso de uma semana; nenhum câncer aparece em poucos dias. Você não vê os tumores, mas percebe os sintomas. São detalhes diários que vão se acumulando. Palavras, gestos aparentemente inocentes, que você ignora, propositadamente ou não.
Hoje, você tem a oportunidade de revisar suas intenções, palavras, pensamentos e sentimentos. Hoje, ainda há tempo para pedir perdão, para reconhecer que errou, para dizer: “Eu o amo.” Hoje, você ainda não perdeu a liberdade. Pode decidir para o bem ou para o mal. Por que não escolher o caminho do bem, da humildade, da renúncia e do amor? Amanhã pode ser tarde demais. Por isso, não saia para os desafios da vida sem se lembrar do conselho divino: “Livra-te, como a gazela, da mão do caçador e, como a ave, da mão do passarinheiro.”
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Aquietai-vos
Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na Terra. Sal. 46:10.
Este é um conselho difícil. Quem é capaz de aquietar-se quando as coisas andam mal? Imagine uma equipe de futebol jogando pelo título mundial. Faltam cinco minutos para o fim do jogo e o time está perdendo. Você pensa que a ordem do treinador será: “aquietai-vos”? Como aquietar-se quando se está desempregado ou uma enchente se aproxima, destruindo tudo o que encontra no caminho, ou quando você acaba de descobrir que seu filho está com leucemia?
Evidentemente, o “aquietar-se” que o salmista menciona não tem nada que ver com cruzar os braços e dormir descansadamente enquanto as coisas desabam à sua volta.
O Salmo 46, de onde extraí o verso de hoje, é um salmo de confiança. O salmista começa dizendo: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.” Note esse pensamento muitas vezes ao longo da Bíblia. Deus nunca prometeu que você estaria isento de momentos difíceis. Sua promessa é que, em meio das tribulações, Ele será seu “refúgio” e “socorro bem presente”.
Neste salmo, se repete três vezes a expressão: “Deus está conosco”. Esse é o motivo por que precisamos aquietar-nos. Enquanto corremos de um lado para o outro, tentando resolver os problemas do nosso modo, não há tempo para ver que “Deus está conosco” que Ele é o nosso refúgio, fortaleza e socorro bem presente.
O verso de hoje é um convite para separar tempo para Deus, antes de sair correndo por aí. Nesse tempo, a sós com o Criador, você poderá conversar com Ele, ler Suas promessas escritas na Bíblia, meditar nelas. Então, você perceberá que não está sozinho. “Deus está conosco”. E, como disse Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Rom. 8:31.
“Aquietai-vos” Para quê? Para “saber que Eu sou Deus”, e para “contemplar as obras do Senhor.” Sal. 46:10 e 8.
Você não precisa se desesperar diante do drama que está vivendo. Aquiete-se, converse com Deus, conte a Ele tudo o que está acontecendo, diga-Lhe que você não tem forças nem recursos. Veja que Ele está ao seu lado, pronto a entregar-lhe as vitórias que Ele já conseguiu para você. “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na Terra”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 19 de julho de 2012
O resultado da soberba
Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria. Prov. 11:2.
O primeiro balanço da empresa foi extraordinário. O sol parecia brilhar na vida de Júlio César. Tinha reunido dinheiro emprestado. Vários amigos lhe estenderam a mão só para ajudá-lo. Não acreditavam que o empreendimento daria certo. Mas deu. Em poucos meses, as portas se abriram e as oportunidades apareceram. De repente, Júlio César percebeu que estava rico, e aí começaram seus verdadeiros problemas.
Magoou amigos, brigou com as pessoas que lhe emprestaram o dinheiro, humilhou, ofendeu e maltratou gente inocente. Ninguém o conhecia mais. Houve uma mudança completa na sua maneira de ser. Orgulhoso, prepotente e vaidoso, achava-se o rei do mundo e esqueceu que um dia fora uma pessoa simples, pobre e humilde.
A situação financeira que o Brasil viveu durante os anos de inflação o ajudou a enriquecer. Subitamente, porém, o quadro econômico do país mudou. E, com dor, ele teve que aceitar que nunca fora um grande empresário. Fora apenas um jogador que sabia aplicar o capital.
Ficou pobre. Tão rápido como cresceu, caiu. Revoltou-se contra Deus, contra o governo, contra a sociedade e a família. Fugia dos credores e escondia-se dos amigos. Achava que eles iriam rir de sua situação.
A vida de pobreza e limitações não era mais para ele. Acostumara-se a viver esbanjando dinheiro. Por isso, não foi difícil encaminhar-se pelas sendas da desonestidade. Lamentavelmente, ele foi preso e condenado.
Quanta sabedoria há nas pessoas que se conservam humildes, ainda que a vida as conduza às montanhas mais altas da terra! Quanta tolice deixar-se marejar pelos triunfos e vitórias. Achar-se um semideus, indestrutível e eterno. Esquecer que o homem é apenas criatura – transitória, passageira e mortal.
Saia hoje de casa para cumprir as suas atividades diárias, mas vá com humildade, lembrando-se de que “em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria”. Prov. 11:2.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Traição
Com efeito, não é inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia. Sal. 55:12.
Absalão, o filho rebelde de Davi, avançava com seus exércitos em direção a Jerusalém. O rei amava a cidade e sabia que, se permanecesse ali para enfrentar o inimigo, a cidade de Jerusalém seria destruída. Guiado pelo bom senso, Davi iniciou a retirada.
“Seguiu Davi pela encosta das Oliveiras, subindo e chorando; tinha a cabeça coberta e caminhava descalço; todo o povo que ia com ele, de cabeça coberta, subiu chorando. Então, fizeram saber a Davi, dizendo: Aitofel está entre os que conspiram com Absalão.” II Sam. 15:30 e 31.
Aitofel tinha sido até então membro do conselho de Davi. O rei confiava nele, e a sua tristeza aumentou ao sentir-se traído por um amigo.
Toda traição é dolorosa. Mas quando o traidor é alguém em quem você confia, dá a impressão de que o chão estremece sob os seus pés. Não existem piores inimigos que aqueles que se fingem de amigos, porque eles conhecem você e sabem quais são os seus pontos frágeis.
Perceba a tristeza do rei: “Mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à casa de Deus.” Sal. 55:13 e 14.
É assombroso saber que Aitofel congregava com Davi na mesma igreja. Também existem traidores na igreja, entre os que dizem ser cristãos. É assustador, mas é real. Pessoas que nunca permitiram que o evangelho trabalhasse no coração, vivem um cristianismo teórico, de fachada. Mas o coração nunca foi convertido.
O fim de Aitofel foi triste. Acabou traindo a si mesmo: Suicidou-se. A amizade é algo tão sagrado que o próprio Senhor Jesus Cristo chama-Se de o nosso amigo. O traidor por conveniência, por inveja ou simplesmente por maldade, pisa na terra sagrada da amizade para corrompê-la com a traição.
Se você foi ferido pela atitude desleal de um “amigo”, peça a Deus que tire a mágoa de seu coração. Administre a traição com altruísmo. Aprenda a perdoar. Jesus aceitou o traidor Judas e participou da última ceia com Ele. Não o condenou. Deixou que a própria vida se encarregasse de cobrar-lhe o preço da traição.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 17 de julho de 2012
Não recue!
O perverso quer viver do que caçam os maus, mas a raiz dos justos produz o seu fruto. Prov. 12:12.
Para entender a mensagem de hoje, é preciso lembrar que, na Bíblia, o homem justo é aquele que busca companheirismo diário com Jesus e segue os Seus conselhos. Jesus é a pessoa justiça. Separado dEle ninguém pode ser justo. Aquele que escolhe seus próprios caminhos e vive sem ter em conta os conselhos divinos é chamado perverso. Perversão é a deturpação do bem. A pessoa pode achar que está seguindo o bem e, no entanto, perverteu o seu caminho.
Segundo a declaração de Salomão, “o perverso quer viver do que caçam os maus”. Ele ambiciona, deseja e sonha com as coisas prontas. Não está disposto a pagar o preço. Ignora que o êxito é um processo e não a meta. Você é feliz enquanto cresce, não porque “chegou lá”.
Nenhuma vitória autêntica é pré-fabricada. Nenhum sucesso real é resultado de uma fórmula mágica. O perverso prefere seguir o caminho fácil: estelionato, desonestidade, trapaça. Ele quer a caça pronta. De algum modo, consegue dinheiro, conforto, um bom carro e uma boa casa. Se é possível comprar consciências é fácil pagar o preço.
O caminho dos justos é diferente. O texto diz: “A raiz dos justos produz o seu fruto.” Plante hoje uma semente de laranja e observe. Leva tempo para germinar. Desde que a muda aparece até que o pé da laranja produza frutos, leva pelo menos quatro anos. Mas o fruto é doce porque é o resultado de um processo natural.
A vida é assim. O justo espera. As coisas boas não acontecem de um dia para o outro. É preciso plantar, trabalhar e esperar em Deus.
Qual será a sua atitude neste novo dia? Sairá confiando apenas na sua capacidade profissional e na sua habilidade para os negócios? Ou, antes de sair, pedirá a direção divina e submeterá a Deus todos os seus projetos?
Faça de hoje um dia de vitória, de justiça e de dependência divina. Não perca a fé, embora tenha motivos de sobra para “jogar a toalha”. Espere no Senhor, porque “o perverso quer viver do que caçam os maus, mas a raiz dos justos produz o seu fruto”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Ele os derribará
E, visto que não atentam para os feitos do Senhor, nem para o que as Suas mãos fazem, Ele os derribará e não os reedificará. Sal. 28:5.
O Brasil teve um boxeador chamado Adilson Rodrigues da Silva, mais conhecido como “Maguila”. Homem grande, forte e duro. Quando, em certa ocasião, ventilava-se a possibilidade de lutar com Mike Tyson, um jornalista lhe perguntou: “Você tem medo de Tyson?” A resposta do folclórico Maguila foi: “Eu não tenho medo de ninguém, eu só tenho medo dos juízos de Deus.”
A declaração desse homem simples, com cara de mau, pareceria ter sido inspirada no salmo de hoje. Esta não é uma súplica, apenas uma declaração do salmista. É uma profecia que descreve o fim de pessoas que se endurecem contra Deus.
O dramático dessa situação é que Davi está falando, neste verso, do seu filho Absalão e os que junto a ele tentaram arrebatar-lhe o reino. Portanto, não se pode pensar que esta seja a maldição de um rei irado contra os seus inimigos. Lembre-se de que na última batalha contra o filho rebelde, Davi ordenou a seus generais: “Tratai com brandura o jovem Absalão, por amor de mim.” II Sam. 18:5.
Davi, neste caso é uma pálida figura do modo como Deus trata as criaturas rebeldes. Ao inteirar-se da morte do seu filho, pendurado pela cabeça entre os galhos de uma árvore e atravessado de flechas, Davi chora: “Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” II Sam. 18:33.
O amor de Deus pelos seres humanos é inquestionável. Os maus e os bons são amados pelo Senhor. Mas é inquestionável o fato de que os rebeldes receberão de maneira natural a conseqüência das decisões erradas que tomaram.
No salmo de hoje, Davi não menciona apenas a palavra de Deus. Aqueles rebeldes não se opuseram ou menosprezaram só os ensinamentos divinos. Aquelas pessoas negaram os “feitos” e “o que as mãos de Deus” fizeram. Deus é muito misericordioso com a criatura, vai além da teoria. Mostra-Se. Mostra Seus feitos. Todos os dias. Em cada esquina. Em detalhes simples ou em acontecimentos extraordinários, Suas obras estão sendo mostradas por amor ao ser humano.
Mas a criatura parece não entender. Rejeita-O. Endurece-se, “e, visto que não atentam para os feitos do Senhor, nem para o que as Suas mãos fazem, Ele os derribará e não os reedificará”. Vale a pena pensar nisso hoje.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Não se desvie
NÃO SE DESVIE
Não se desvie o teu coração para os caminhos dela, e não andes perdido nas suas veredas. Prov. 7:25.
Os anos que vivi na selva cumprindo parte do meu ministério me ensinaram a importância de não desviar-me do caminho. Quantas vezes escolhi caminhos errados querendo encurtar distâncias e me dei mal. Na selva, isso pode ser fatal.
A vida está cheia de caminhos. Sedutores, mentirosos, falsos e enganadores. A insensatez é apresentada no livro de Provérbios como uma mulher bonita que pretende levar você ao almejado vale da felicidade. A isca que ela usa é o prazer. Não existe nada de errado com o prazer, porque está relacionado com os sentidos e estes foram estabelecidos pelo Criador. A felicidade envolve prazer, mas o prazer nem sempre envolve felicidade. A busca do prazer pelo prazer é loucura. O fim é perdição e morte. A realidade, no entanto, é que vivemos num mundo em que as pessoas confundem felicidade com prazer.
O verso de hoje traz a advertência divina sobre o perigo de desviar-se. “Não andes perdido nas suas veredas”, diz, referindo-se aos caminhos sedutores da necessidade.
Não sei se você andou perdido alguma vez. Um sentimento de solidão e medo apodera-se do coração. À medida que o tempo passa e o medo aumenta, parece que você fica anestesiado. Nada mais importa. Caminha sem cuidado, não mede conseqüências e aproxima-se temerariamente do perigo.
Essa é a figura que o sábio descreve no verso de hoje. Cada vez que o ser humano se desvia voluntariamente dos caminhos de Deus, vai caindo imperceptivelmente no terreno do cinismo. A consciência não dói mais. A pessoa fica insensível e avança perigosamente na senda de sua autodestruição.
Viva com sabedoria. Reviva seus sonhos, lute pelas pessoas que você ama, pelos valores e princípios que vêm do Senhor e caminhe vitorioso na conquista dos seus ideais.
Não saia hoje para cumprir a sua agenda sem ter a certeza de que está andando nos caminhos de Deus. Aprenda a desconfiar de seus “instintos”, e a ser mais obediente aos conselhos divinos. “Não se desvie o teu coração para os caminhos dela, e não andes perdido nas suas veredas.”
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Auxílio dos céus
Ele dos Céus me envia o Seu auxílio e me livra; cobre de vergonha os que me ferem. Envia a Sua misericórdia e a Sua fidelidade. Sal. 57:3.
Não é difícil quebrar correntes que escravizam. Não é impossível soltar grilhões que paralisam. Sabemos onde está o problema e achamos remédio para esse tipo de opressão.
Mas como lutar contra correntes que não vemos? Como livrar-se de grilhões que, disfarçados de complexos ou traumas, paralisam as emoções?
A obra de livramento que o salmista menciona hoje é algo que não está sob o controle humano. “Dos Céus me envia o Seu auxílio e me livra”, disse ele.
O livramento divino abrange todas as áreas da vida. Deus precisa livrar o ser humano das fraquezas, das intenções tolas do coração pecaminoso, da ignorância, do preconceito e da rebeldia.
O salmista afirma: “Acha-se a minha alma entre leões.” Verso 4. A maioria desses leões estava dentro dele mesmo, atormentando-o em todo o tempo. Os complexos impedem de crescer. Sufocam, asfixiam e levam a cometer insensatez.
Davi afirma que achou auxílio, vindo dos Céus. Esse auxílio chegou ao aflito, na forma de “misericórdia” e “fidelidade”. As duas coisas são atributos divinos que podem ser achados na pessoa do Senhor Jesus Cristo.
Quando o ser humano pára de fugir e deixa-se encontrar pelo Senhor Jesus, os grilhões que o impediam de ser feliz são finalmente destruídos.
Davi viveu essa experiência de forma dramática. Este salmo foi escrito enquanto o salmista se escondia de Saul, numa caverna. Naquela ocasião, Saul estava nas suas mãos. O coração de Davi, com certeza, carregava mágoa porque estava sendo perseguido injustamente. Se matasse o rei inimigo, estaria “agindo certo”, mas o grande inimigo do futuro rei de Israel não era Saul, era ele mesmo. Precisava vencer seus traumas e a mágoa que carregava no coração.
Dos Céus veio auxílio em forma de misericórdia e fidelidade para livrá-lo do veneno interior que sua alma destilava.
Esse milagre também pode acontecer com você hoje, se clamar no seu coração: “Ele dos Céus me envia o Seu auxílio e me livra; cobre de vergonha os que me ferem. Envia a Sua misericórdia e a Sua fidelidade”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Conhecimento prático
Segundo o seu entendimento, será louvado o homem, mas o perverso de coração será desprezado. Prov. 12:8.
A palavra “conhecimento”, em hebraicosékel, significa literalmente inteligência para resolver situações difíceis, como no caso de Abigail diante da insensatez de seu esposo Nabal.
Durante muito tempo, os pastores de Nabal tinham levado suas ovelhas para pastar nos campos de Davi. Lá, receberam segurança, proteção e muitas vezes comida. Agora, Davi e seus homens, andando pelo deserto de Basã, precisaram de alimento. Nabal, a quem a Bíblia descreve como homem “duro e maligno em todo o seu trato”, negou-se a ajudar aquele de quem sempre recebera ajuda.
Isso encolerizou Davi. Tomando quatrocentos homens, ele partiu para destruir o ingrato e malvado Nabal. A esposa desse homem perverso, Abigail, ao inteirar-se da atitude insensata do marido, saiu ao encontro de Davi, levando comida em abundância. Assim, conseguiu apaziguar a ira do futuro rei de Israel. A Bíblia descreve Abigail como sendo mulher de “bom entendimento”, o mesmo termo que Salomão usa no provérbio de hoje.
Sabedoria, entre outras coisas, é a capacidade de descomplicar a vida, de fazê-la simples, de evitar problemas e criar soluções. O homem que atua desse modo “será louvado”, diz o texto, referindo-se ao resultado natural de viver com sabedoria.
A maioria dos problemas que enfrentamos poderia ser evitada, especialmente no terreno dos relacionamentos. Relacionamentos problemáticos desencadeiam uma vida problemática. Existem pessoas que são problemas ambulantes. Aonde vão, sempre “encontram” problemas, ignorando que elas mesmas são as criadoras de dificuldades.
Como distinguir os assuntos da vida que precisam ser discutidos ou evitados? Como saber se vale ou não a pena “brigar” por um ponto de vista? A sabedoria é a única virtude que nos capacita a saber a diferença. A sabedoria é um dom que Deus concede aos que humildemente O procuram para seguir Seus conselhos.
Faça de hoje um dia de decisões sábias. Aprenda a renunciar, a pedir perdão ou a mudar de rumo, se for necessário, porque “segundo o seu entendimento, será louvado o homem, mas o perverso de coração será desprezado”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 10 de julho de 2012
Olhe além de você
A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado. Prov. 11:25.
Nunca ninguém perde por ser bom. É verdade que vivemos num mundo de traição e ingratidão. Muitas vezes, as pessoas pagam o bem com o mal, mas o princípio bíblico continua sendo o mesmo. Mais cedo ou mais tarde, se você for generoso, receberá a recompensa de sua generosidade. Hoje, tudo pode parecer derrota. Mas, se tiver paciência, logo, logo, na volta da esquina, do outro lado da curva – porque a vida é uma estrada de muitas curvas – você verá a recompensa de sua generosidade.
De acordo com a declaração de Salomão no verso de hoje, a prosperidade é a recompensa das pessoas generosas. O substantivo “prosperidade”, no original hebraico vem do verbo Dûssan, que literalmente significa “ser feito gordo”, no sentido de receber muitas bênçãos, riquezas, saúde e dinheiro. E embora todos esses benefícios sejam realidade na vida da pessoa generosa, a maior bênção está descrita na segunda parte do texto: “Quem dá a beber será dessedentado.”
Na Bíblia, sede é usada como símbolo dos anseios do coração humano. A sede da alma não se mitiga com dinheiro ou coisas materiais. Existe no íntimo do ser um profundo e incompreensível desejo de estar bem com a vida. O ser humano demora para entender que esse desejo é o anelo natural de estar em paz com Deus.
Uma pessoa egoísta acha que está no centro do Universo. Busca tudo para si. Não tem capacidade de enxergar fora do seu pequeno mundo de ambições pessoais. Essa maneira de enxergar a vida a transforma num redemoinho de traumas e complexos que não a deixam ser feliz. Todas as águas do mundo não são suficientes para acalmar a sede de seu coração.
Mas quando a pessoa pára de beber sozinha e preocupa-se em dar de beber, descobre que finalmente achou o que tanto procurava. O que você recebe é proporcional ao que você entrega.
Faça de hoje um dia de generosidade, não apenas com as coisas que possui, mas também com os seus sentimentos, porque “a alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado”
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Leva-me para a rocha
Desde os confins da Terra clamo por Ti, no abatimento do meu coração. Leva-me para a rocha que é alta demais para mim. Sal. 61:2.
Há momentos em que o ser humano sente-se longe de Deus. A vida espiritual pode estar bem. Não existe motivo aparente para sentir-se derrotado, mas a sensação de um Deus distante perturba a alma. Isso é fruto da natureza pecaminosa que o ser humano carrega, mesmo depois da conversão. Esse tipo de sentimento estará dentro dele até que chegue o dia em que finalmente possa ver cara a cara a Jesus.
O salmo de hoje apresenta uma oração feita de todo o coração. As orações devem ser assim. O formalismo é uma barreira intransponível para aproximar-se de Deus. Você deve dizer a Deus, na sua oração, o que está sentindo e não apenas o que acha que deve dizer.
Quando você ora de todo o coração, uma das primeiras coisas que reconhece é quão pequeno e finito é, e quão grande e poderoso é o Senhor. Isso cria em você o senso de dependência e não de insignificância. É um cristianismo doente aquele que leva a criatura a sentir-se distante de Deus.
Davi sentia que estava “nos confins” da Terra. Mas a criatura deseja sentir-se perto do Criador e, por isso, suplica: “Leva-me para a rocha que é alta demais para mim.”
Os padrões da vida cristã sempre estarão altos demais para o ser humano. No entanto, é justamente a obediência a esses padrões que garante a felicidade na Terra. Que situação contraditória. O salmista quer chegar perto, mas sente que a rocha é alta demais.
O que fez Deus para vir ao encontro do homem? “O Verbo Se fez carne e habitou entre nós.” João 1:14. Referindo-se ao povo de Israel, Paulo afirma: “E beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma Pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.” I Cor. 10:4.
A palavra “pedra”, no texto original, é petra (rocha) e não lithos (pedra). Jesus é a rocha eterna e não “é alta demais”, no sentido de inatingível. Ele Se fez homem, veio a este mundo para guiar os seus passos e ser o seu refúgio constante.
Antes de sair para a luta da vida, diga hoje no seu coração: “Desde os confins da Terra clamo por Ti, no abatimento do meu coração. Leva-me para a rocha que é alta demais para mim”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Andar em integridade
Quem anda em integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido. Prov. 10:9.
Nossos dias são de insegurança. Há violência por todos os lados. Você sai de casa de manhã e não está seguro de voltar à noite. As empresas que prestam serviço de segurança têm crescido muito nos últimos anos. Quem não deseja proteger-se?
No verso de hoje, encontramos a receita divina para andar seguro. “Quem anda em integridade”, afirma o escritor bíblico, “anda seguro”. Integridade, em hebraico tõm, significa completo. Se as flechas envenenadas estiverem ferindo todo mundo, você estará seguro se todo o seu corpo estiver protegido no refúgio. Não pode deixar nada do lado de fora. Nem a cabeça, nem os braços, nem os pés. O refúgio é sua segurança.
Esta é a recomendação divina: Ande nos caminhos do Senhor com todo o seu ser, de forma completa, com sua mente, com seu corpo e com sua alma. Não se divida, não se desintegre. Isso pode ser fatal.
A antítese de integridade, na opinião de Salomão, é a perversão. O dicionário define a perversão como corrupção ou deterioração. Quando uma pessoa morre, seu corpo entra em deterioração. É um processo lento. Segundo a segundo. Minuto a minuto. Dia após dia, até que fica completamente apodrecido e, com o tempo, vira pó.
Esse é o futuro para quem não segue com integridade os conselhos divinos. O perigo que corremos não é o que os homens podem nos fazer. Não são as ameaças da noite ou do dia, nem os flagelos ou cataclismos da natureza. O grande perigo é ficar com um pé dentro do refúgio e com o outro fora dele.
Pretender servir a dois senhores é cruel. Nenhum ser dividido tem paz. Vive, mas está morto. Desintegrando-se. Deteriorando-se num processo lento, doloroso e irreversível.
Há esperança para quem se feriu psicológica e emocionalmente tentando viver uma vida dupla? Há sim. Quando Jesus esteve na Terra, encontrou pessoas destruídas, como a samaritana, Maria Madalena e Zaqueu, e os reconstruiu por dentro. Ele os fez de novo e os curou.
Hoje, Jesus continua disposto a fazer maravilhas. É só ir a Ele e dizer: “Aqui estou, Senhor! Toma a minha vida nas Tuas mãos.” Faça isso de todo o coração, porque “quem anda em integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Paz na tempestade
Ouve-se a voz do Senhor sobre as águas; troveja o Deus da glória; o Senhor está sobre as muitas águas. Sal. 29:3.
O Salmo 29, de onde tiramos o texto de hoje, era usado especificamente na Festa dos Tabernáculos que acontecia no mês de Tisri ou outubro, mais precisamente nos primeiros oito dias da festa. A Festa dos Tabernáculos era o período em que os israelitas acampavam em tendas feitas de maneira tosca, a fim de lembrar a experiência de seus antepassados quando Deus os tirou do Egito. Um dos grandes perigos dessa festa eram as tempestades que podiam chegar. Outubro era um mês de fortes chuvas. Por isso, esse salmo tem como título: “A voz do Senhor na tempestade.” A expressão “a voz do Senhor” é repetida sete vezes, e em cada uma faz-se referência a uma situação calamitosa como árvores sendo arrancadas, trovões, terremotos etc.
Quando conheci Shawn, ele vivia uma tempestade parecida. A esposa havia ido embora de casa e levara com ela as duas filhas do casal. Com indignação na voz, ele se perguntava: Por quê? Tinha perdido a vontade de viver. Sentia que havia chegado ao fim da linha.
Todos enfrentamos tempestades. Casais diante de um possível divórcio, filhos que não se entendem com os pais, colapsos financeiros, sociedades desfeitas; dívidas, depressão, enfermidades. Tempestades que, de alguma maneira, se abatem sobre os filhos de Deus, gerando medo, desânimo e desespero. O que fazer?
Só existe uma saída: ouça a voz do Senhor! Isso mesmo, ouça a voz do Senhor no meio da tempestade. Ele está com você. Se a vida tem tempestades, você tem um Deus que não vai permitir que seu barquinho afunde. O profeta Isaías ilustra isso ao dizer que, mesmo que você passe pelos rios, eles não o submergirão e o fogo não queimará e nem a chama arderá em você!
Pode ser que a meteorologia da sua vida esteja prevendo forte tempestade para hoje. Não saia de casa sem antes ouvir a voz de Deus. Essa é a única garantia que você tem de ter paz em meio à tormenta. Enfrente o dia com coragem e com a certeza da vitória, porque “ouve-se a voz do Senhor sobre as águas; troveja o Deus da glória; o Senhor está sobre as muitas águas” e, principalmente, está com você hoje.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 3 de julho de 2012
Teia de aranha
Estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as palavras da tua boca. Prov. 6:2.
Nunca diga algo que precise ser explicado. Palavras sábias são claras, cristalinas e verdadeiras. A mentira é como a teia de aranha. Quanto mais você tenta sair dela, mais preso fica. Quanto mais explica, mais complica.
A palavra é uma das maiores bênçãos do ser humano. É o maior e melhor instrumento de comunicação. Através dela, você pode dar a conhecer os sentimentos mais nobres ou mais baixos. Com a palavra, você constrói, desenha e descreve os quadros mais belos. Com ela, também trai, desfigura e engana.
O sábio Salomão apresenta, no verso de hoje, a palavra como instrumento de opressão. Irônico como pareça, a vítima é o próprio dono da palavra.
Outro dia, li a notícia de uma criança de dois anos, que morreu asfixiada com uma sacola de plástico. Dói-me só o fato de imaginar aquela criança querendo tirar a sacola da cabeça, desesperada, tentando respirar, enquanto o plástico penetrava cada vez mais em suas narinas. O provérbio de hoje transfere essa situação para a pessoa que fala sem pensar. Asfixia-se nas suas próprias palavras. Enreda-se, fica preso.
A pessoa que mente o faz por insegurança. Finge ser o que não é. Pinta quadros irreais, descreve situações fictícias. Esconde a verdade por medo. Na realidade, não se aceita como é.
Quando Jesus disse à samaritana: “Vai, chama teu marido”, recebeu como resposta: “Não tenho marido.” Mentira. Tinha sim. Mas Jesus criou um clima de amor e segurança para ela abrir o coração. “Bem disseste”, afirmou o Mestre. Ele olha para dentro da mulher, para o seu mundo interior cheio de sombras, inseguranças e temores. Jesus está sempre disposto a encaminhar as pessoas pela senda da verdade, porque esse é o único caminho da liberdade e paz.
A partir daquele momento, a samaritana não precisaria mais mentir. Estava livre da prisão de suas mentiras, meias verdades, ou simplesmente omissão.
Encontrar Jesus é achar segurança e liberdade. A vida torna-se cristalina e as palavras transparentes. Lembre-se do conselho do sábio: “Estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as palavras da tua boca”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Sede de Deus
Ó Deus, Tu és o meu Deus forte; eu Te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de Ti, meu corpo Te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Sal. 63:1.
Este salmo foi escrito por Davi, enquanto atravessava o deserto de Judá, perseguido por seu próprio filho Absalão e traído por Aitofel, um dos seus conselheiros mais próximos.
O salmista estava ferido e triste. Mas, em meio à tristeza, ele faz uma declaração extraordinária de fé: “Ó Deus, Tu és o meu Deus forte.” A expressão “meu Deus” denota a profunda experiência espiritual de alguém que, em certo momento, largou o braço poderoso de Deus e conheceu as profundezas do pecado. Mas levantou-se e fez de sua comunhão com o Senhor algo pessoal.
Davi não se contentava em saber que existia um Deus. Ele queria que esse Deus fosse seu. Spurgeon dizia: “Podem anjos entoar canção mais doce que esta?” Acredito que não. Não pode haver sentimento mais sublime do que a paz que se apodera do coração de quem fez de Deus o “seu Deus”.
O verso de hoje mostra como o salmista chegou a ter essa experiência. “Eu Te busco ansiosamente.” Na linguagem original, diz: “Eu Te busco de manhã.” É assim que aparece em outras versões da Bíblia. Se juntarmos as duas expressões, teremos encontrado o segredo de Davi: “Buscar a Deus, de manhã, com ansiedade.” Isso não é fácil, porque o ser humano prefere a ação em lugar da devoção.
Quando você sai correndo, de manhã, para cumprir seus deveres diários, sem ter passado tempo com Deus, pode ser que as coisas saiam como planejadas. Mas haverá num cantinho do coração a sensação de que algo está errado. É a inconsciente saudade de Deus, a instintiva necessidade da alma.
Enquanto andava pelo deserto de Judá, o salmista contemplava a terra sem vida, árida, exausta. A falta da água tornava aquele lugar terra de chacais, cobras e escorpiões; terra de morte, ávida por uma gota de água. Aquele quadro deprimente impressionou-lhe o coração, e Ele diz: “A minha alma tem sede de Ti.”
Jesus é a fonte de água que satisfaz a sede do coração. Quem beber dEle, nunca mais sentirá o vazio da alma. Por isso, diga hoje como Davi: “Ó Deus, Tu és o meu Deus forte; eu Te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de Ti.”
Texto de Alejandro Bullón
Assinar:
Postagens (Atom)