sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Evite provocações

Melhor é encontrar-se uma ursa roubada dos filhos do que o insensato na sua estultícia. Prov. 17:12. Ele foi preso em flagrante por matar com um tiro de escopeta o filho do vizinho. O garoto tinha deixado a bola cair no jardim do homem, estragando uma muda de orquídea. Perguntado pela polícia, o assassino declarou que estava farto de bagunça. A vizinhança ficou estarrecida. O verso de hoje fala do perigo que o insensato representa. Salomão afirma: “Melhor é encontrar-se uma ursa roubada dos filhos.” Nas terras da Palestina, não havia melhor figura para referir-se a uma situação perigosa. Encontrar-se com uma ursa que tivesse perdido os filhotes seria fatal. O texto de hoje compara o insensato com esse animal. A irracionalidade toma conta do coração do insensato na hora da raiva. A cultura, a posição social, a formação acadêmica ou a religião são incapazes de trazê-lo de volta à razão. Corações impulsivos são vítimas dos instintos alimentados pelo orgulho ferido. Se você é um homem sábio, não discuta com o tolo. Ceder a vez no trânsito, calar diante das provocações, guardar silêncio diante dos insultos não é sinal de covardia, mas de prudência. Perdi um colega porque um dia ele parou no meio do trânsito para pedir explicações de alguém que fizera uma manobra perigosa. O motorista do outro carro pegou um revólver, atirou nele e fugiu. O saldo foi uma família triste e desamparada. Nenhum tipo de injustiça justifica dialogar com um insensato. O tolo é tolo porque carece do temor de Deus. A que tipo de entendimento pode chegar você, discutindo com uma pessoa dominada pela raiva e em cuja vida Deus nada significa? Deus está sempre pronto a proteger você. A melhor maneira de fazê-lo não é colocando a mão para impedir que a bala o atinja, e sim dando-lhe prudência para fugir da “ursa que perdeu os filhotes” e que não mede conseqüências. Cada dia você pode ser vítima da violência. Transite por lugares menos perigosos. Evite as provocações, seja humilde e sábio porque “melhor é encontrar-se uma ursa roubada dos filhos do que o insensato na sua estultícia”.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ouça a repreensão

Mais fundo entra a repreensão no prudente do que cem açoites no insensato. Prov. 17:10. A lei judaica permitia dar ao filho rebelde quarenta chibatadas. A figura de “cem açoites” que se menciona no texto de hoje é apenas uma referência à inutilidade de qualquer tentativa de instruir o insensato. Em hebraico, existem pelo menos duas palavras para referir-se ao néscio. Kesyl, que significa estúpido, torpe, insensível. Ewiyl, que se refere ao depravado moral, o teimoso, o obstinado, como um animal que não cede, inflexível. Evidentemente, o insensato é uma mistura de todas essas características. O texto de hoje se refere à insensibilidade de algumas pessoas. Gente dominada por uma teimosia assustadora no modo de viver, mesmo sabendo que as coisas não dão certo desse jeito. William Henleys, em seu famoso poema “Invictus”, disse: “Eu sou o dono do meu destino, o capitão da minha alma.” Até que ponto isso é verdade? Satanás disse a Eva no jardim: “Sereis como Deus...” E a humanidade de nossos dias parece acreditar. É assombrosa a quantidade de literatura que fala de “força interior”, “energia própria”, e “aura pessoal”. Jesus contradiz tudo ao afirmar: “Sem Mim nada podeis fazer.” João 15:5. O texto de hoje mostra o perigo que envolve a auto-suficiência e o desrespeito às instruções divinas. Chega um momento em que a criatura se endurece. Nem mesmo cem açoites são capazes de fazer que volte do seu mau caminho. O filósofo Curtis costumava dizer que “um cavalo é governado até pela sombra da chibata”. O quadro que o verso de hoje apresenta é de seres humanos que, na sua rebeldia, tornaram-se pior do que animais. Paulo se refere a esse tipo de pessoas, da seguinte maneira: “enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas... cuja mente é pervertida e privados da verdade”. I Tim. 6:4 e 5. Preste atenção aos conselhos divinos. Faça de hoje um dia de obediência. Experimente a fórmula divina para o sucesso. Ninguém que o fez foi desapontado. Diante de você há um novo dia, cheio de desafios. Enfrente-os em nome de Deus, sabendo que “mais fundo entra a repreensão no prudente do que cem açoites no insensato”. Texto de Alejandro Bullón

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Agradeça a Deus

Muitas graças darei ao Senhor com os meus lábios; louvá-Lo-ei no meio da multidão. Sal. 109:30. A ciência médica é categórica em afirmar que a gratidão produz endorfinas no corpo humano, e que estas são a melhor vitamina para o sistema imunológico. Agradecer não é apenas um ato de adoração, mas também de autoproteção. Quando você agradece a Deus pelo novo dia, sua mente e seu coração abrem-se para uma nova dimensão da vida. Depois de agradecer, você está em condições de enxergar janelas e portas onde só via muros. Aparecem pontes, onde só achava rios intransponíveis. O humanismo chama isso de atitude. Todas as manhãs quando estou em Brasília e me dirijo ao escritório, vejo o sol nascer. Reflete-se esplendoroso nas águas azuis do lago Paranoá. Meu coração se enche de gratidão por estar vivo. Nunca vi um nascer de sol mais bonito que o de Brasília, a não ser na savana africana. Dá vontade de gritar: “Obrigado, Senhor, por tanta beleza!” Para mim, essa expressão de gratidão é como se tomasse um comprimido de otimismo para enfrentar os desafios do dia. Hoje, experimente começar o dia louvando ao Senhor. Contando as coisas que recebe das mãos do Criador, mesmo achando que está tudo errado em sua vida, mesmo sentindo que a dor bate à porta do seu coração, mesmo sem aparente motivo. É preciso educar-se para cultivar uma atitude de gratidão. O pessimismo é como o câncer. Começa contaminando uma célula e não pára até destruir o corpo inteiro. Um coração pessimista está condenado ao caos. As sombras da autocompaixão o envolvem, de modo que é incapaz de ver luz em pleno dia. Quando Davi escreveu este salmo, acabava de ser libertado de seus adversários. Vindicado de todas as acusações que se levantavam contra ele, o salmista se dirigiu ao templo e, na presença da multidão, agradeceu a Deus. Faça de hoje um dia de gratidão. Louve ao Senhor porque Ele é grande. Louve-O porque você está vivo e, enquanto há vida, nada está perdido, mesmo que as circunstâncias sejam adversas. Diga com o salmista: “Muitas graças darei ao Senhor com os meus lábios; louvá-Lo-ei no meio da multidão.” Texto de Alejandro Bullón

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Não brigue sem motivo

Jamais pleiteies com alguém sem razão, se te não houver feito mal. Prov. 3:30. O leão dormia tranqüilo e o gambá veio importuná-lo: “Peleja comigo, leão covarde. Você diz que é o rei dos animais, mas tem medo de um simples gambá”, provocou o animalzinho atrevido. “Se eu pelejar contra você e, por essas coisas improváveis da vida, você vencer, amanhã todos os jornais publicarão a notícia: ‘O gambá venceu o leão’”, respondeu o rei dos animais. “Mas, se eu vencer, e com certeza é o que vai acontecer, não haverá notícia alguma. E o que é pior, eu ficarei cheirando mal durante um mês.” Essa fábula, por mais engraçada que pareça, envolve a lição que Salomão quer nos ensinar. “Jamais pleiteies com alguém sem razão.” Qual é o mérito de brigar por qualquer motivo? Um grande número de mortes acontece porque alguém se achou no direito de “não engolir ofensas”. Outro dia, dois motoristas começaram a discutir porque um achou que o outro o havia ultrapassado perigosamente. Resultado: Um deles tirou um revólver e matou o outro a sangue-frio. Um foi parar no cemitério e o outro na prisão. Poderia ter sido evitado um ato néscio como aquele? Que grande causa defendiam os dois com aquela discussão? Se você revisar alguns incidentes de sua própria vida, perceberá que a maioria das discussões poderia ter sido evitada. Mas se você evitar sempre as discussões, os outros não se aproveitarão disso para deixá-lo de lado? É possível que sim. Só que o conselho bíblico é para evitar os pleitos “sem razão”. Quando está em jogo uma boa causa, ninguém deve se omitir de entrar na luta. Sabedoria é saber identificar uma “boa causa”. Há pessoas que acham que revidar uma manobra brusca na estrada é uma boa causa. Que, se os canários do vizinho o acordam muito cedo, é uma causa digna de trocar impropérios e acabar nos tapas. Se você separar tempo todos os dias para conversar com Deus e meditar na Sua palavra, com certeza o Senhor abrirá seus olhos e sua mente para saber distinguir a boa causa daquela que é insignificante. Faça de hoje um dia de relacionamentos edificantes. Estenda a mão ao necessitado. Sorria ao triste, anime o desanimado. Comece com aqueles que estão perto de você, e lembre-se: “Jamais pleiteies com alguém sem razão, se te não houver feito mal”. Texto de Alejandro Bullón

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Nada está perdido

Em Suas obras há glória e majestade, e a Sua justiça permanece para sempre. Sal. 111:3. Que obras? O contexto dá a entender que o salmista está falando aqui de duas extraordinárias obras de Deus: a criação e a redenção. Suas obras são a prova contundente de Sua existência. Você não se atreveria a pensar que a sofisticada máquina do computador veio a existir como fruto da evolução. Tem que haver um fabricante por trás de tudo. Como é possível, então, pensar que o corpo humano e os mistérios da natureza apareceram no Universo por acaso? Se o computador é a prova da existência de um entendido em informática, a criação é também a prova de que existe um criador. Não somos frutos da casualidade. Sabemos de onde viemos e, em conseqüência, a vida tem sentido. A Bíblia ensina que quando a obra maravilhosa da criação estava concluída, veio o inimigo e estragou tudo. Ao introduzir a mancha do pecado, ele condenou a criação à autodestruição. O ser humano iria se deteriorando, consumido por seu próprio egoísmo, e arrastaria com ele a natureza inteira. Foi aí que apareceu novamente a mão misericordiosa de Deus. Nada está condenado, embora o inimigo tente desfigurar os planos divinos. O plano da redenção é o programa de restauração de um mundo perdido. É como se o artista reconstruísse uma pintura famosa, deteriorada pelas inclemências do tempo e do abandono. Hoje, Deus está no Seu trono. Continua no controle do Universo e das vidas. Nada acontece sem o Seu consentimento, apesar de muitas vezes acharmos que o inimigo assumiu o controle. Segundo o salmista, a justiça é a base do trono, do qual Deus governa o Universo. As vestes divinas são Sua glória e Sua majestade. É Deus excelso e grande. Não conhece impossíveis. Como você pode pensar que a circunstância difícil que enfrenta hoje não tem solução? Olhe para as obras de Deus. Essas obras podem ser realidade na sua experiência, se, como filho indefeso, você correr aos braços protetores do Pai, porque “em Suas obras há glória e majestade, e a Sua justiça permanece para sempre”. Texto de Alejandro Bullón

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sem revelação não há vida

Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz. Prov. 29:18. A palavra “profecia”, no original hebraico, é chazón. Pode ser traduzida como visão, mas significa especificamente “revelação ou instrução de Deus”. Neste contexto, sem a instrução divina, o povo está condenado a uma vida de fracasso e deterioração. Cada vez que você compra um aparelho elétrico, recebe um manual de instruções. Se você quiser que o aparelho dure e produza o máximo, é só seguir o manual. Mas se deixar de lado as instruções e o ligar sem prestar atenção às instruções, o resultado será desastroso. Você terá perdido tempo, dinheiro e paciência. O ser humano não é um aparelho, é gente. Não tem um fabricante, tem um Criador. Esse Criador deixou um manual de instruções para que a criatura fosse feliz, próspera e realizada. A razão por que muitos são infelizes e fracassam nos seus relacionamentos, na vida financeira, profissional e familiar, é simplesmente porque ignoram as instruções divinas. Manuseiam a vida de qualquer jeito, esperando que dê certo. Você pode até conseguir dinheiro, poder e fama. Mas a vida não é plena; pelo menos não como Deus a planejou. Por que é tão difícil para o ser humano seguir as instruções de Deus? Por causa da natureza. Desde pequeno, o ser humano teima em viver só. Solta o braço do Pai e bate a cabeça na quina da mesa. Quer comer sem a ajuda da mãe, e enfia a colher nos olhos e no nariz. Apesar de suas derrotas constantes, o espírito de independência está presente no seu comportamento ao longo da vida. Quando cresce, as conseqüências de viver ignorando as instruções de Deus não são tão simples como bater a cabeça e chorar. São dolorosas e trágicas: derrota, frustração, vazio e, muitas vezes, morte. Deus quer que você seja feliz. Ele o criou com um propósito maravilhoso, mesmo que neste instante você esteja enfrentando o maior drama de sua vida. O plano divino para você continua intacto. Por isso, hoje, antes de sair para enfrentar os desafios da vida, pare, medite e lembre-se: “Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz”. Texto de Alejandro Bullón

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Em todo tempo

Do nascimento do sol até ao ocaso, louvado seja o nome do Senhor. Sal. 113:3. É comum louvar a Deus quando o coração transborda de alegria e gratidão. É também comum procurá-Lo quando as coisas parecem escapar do controle e você sente que não tem mais forças para continuar resistindo aos furacões da vida. Não falo de furacões como o Katrina ou o Vilma, que arrasaram tudo, mas pelo menos deixaram a esperança da reconstrução. Refiro-me àqueles vendavais emocionais que levam embora até a vontade de continuar vivendo. O que acontece quando o ser amado um dia olha para você e diz: “Foi bom enquanto durou, mas estou partindo porque quero ser feliz”? O que você sente quando, depois de toda uma vida de trabalho, a traição de alguém em quem você confiava parece destruir todos os seus sonhos? Como reagir diante do corpo inerte do filho amado, ou do diagnóstico de um câncer terminal em plena juventude? Buscar a Deus nos momentos de alegria e de tristeza será mais fácil se a declaração do verso de hoje for uma realidade na experiência. Louvar o nome de Deus precisa ser um ato permanente. “Do nascimento do sol até ao ocaso.” Andando, viajando, trabalhando, vivendo, o louvor deve estar presente em cada pulsar do coração. O humanismo de nossos dias concentra a atenção do homem no próprio homem. “Busque a solução dentro de você”, afirma. “Tire a energia interior”, declara. A teologia bíblica é teocêntrica. Segundo ela, todos os caminhos e intenções humanas devem convergir para Deus. A Bíblia ensina que Deus está no Céu, mas quer estar na vida da criatura. Todos os dias e em todos os momentos. Deixará você que Deus caminhe ao seu lado hoje? Pedir-Lhe-á orientação antes de tomar a decisão que precisa tomar? Desligar-se da presença de Jesus, um minuto que seja, é como tirar o tubo de oxigênio de um enfermo terminal. Se você aprender a sentir a presença de Deus em todo o tempo, será mais fácil fazê-lo em meio à dor, quando as lágrimas o impedirem de enxergar o Senhor. Abra o coração a Jesus. Abrace seus amados antes de sair de casa. Encoraje o fraco, conforte o triste e encare com segurança os desafios deste dia. Ah! Não se esqueça: “Do nascimento do sol até ao ocaso, louvado seja o nome do Senhor”. Texto de Alejandro Bullón

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A glória do Rei

Na multidão do povo, está a glória do rei, mas, na falta de povo, a ruína do príncipe. Prov. 14:28. Todos queiramos ou não, de alguma forma ou outra, somos líderes. Na empresa, na família, na escola, na vizinhança. Eleitos ou não, a nossa vida é o permanente exercício da influência. No texto de hoje, Salomão nos leva a pensar na importância das pessoas com as quais nos relacionamos todos os dias. “Na multidão do povo, está a glória do rei”, afirma ele. Você é o rei. Sua felicidade dependerá, em parte, do sábio relacionamento com as pessoas que o rodeiam. Como exercer uma influência positiva nas pessoas? Em primeiro lugar, saiba quem é você. Para saber quem é você, você precisa saber quem é Deus. Como pode ir a algum lugar, sem saber onde está? Muitas dores que o homem causa são porque o ser humano não tem uma idéia correta dos limites de sua humanidade. Se você não é Deus e tenta agir como se fosse, vai se frustrar. Portanto, saiba quem é você. Em segundo lugar, ame as pessoas e seja amado. Elas só seguirão uma pessoa amada. Se você não é amado e obriga as pessoas a segui-lo, não é um líder; é um ditador. Ninguém lidera “batendo”. Isso é assalto, não liderança. O líder não exige respeito, administra o respeito que os outros lhe dão voluntariamente. Se você quer ser vitorioso e feliz na vida, não menospreze a importância das outras pessoas, por insignificantes que lhe pareçam. “Na falta de povo, está a ruína do príncipe”, é a segunda parte do conselho bíblico de hoje. Uma pessoa sábia não impõe seu ponto de vista a qualquer preço. Se fosse assim, só teria condições de dirigir a si mesmo. Quando você lida com outros seres humanos, tem que sair do “eu acho”, em direção do “nós achamos”. Faça de hoje um dia de influência consciente. Ame as pessoas. Tente compreendê-las. Conceda-lhes uma segunda oportunidade. Inspire. Mas antes de fazer algo certo ou levar as pessoas a fazerem algo certo, seja você uma pessoa certa. Dependa de Jesus e lembre-se: “Na multidão do povo, está a glória do rei, mas, na falta de povo, a ruína do príncipe”. Texto de Alejandro Bullón

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Irar-se e não pecar

Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai. Sal. 4:4. Pode você comer sem mexer a boca, correr sem agitar-se ou dormir sem fechar os olhos? Não! Como é possível então irar-se sem pecar? A ira em si já não é um ato pecaminoso? O verbo hebraico ragaz, que no texto de hoje é traduzido como ira, indica comoção. Pode ser física ou psíquica, mas afeta toda a estrutura humana. Já o verbo jatá, que neste salmo é traduzido como pecar, significa literalmente “erram o alvo”. Quer dizer que cada vez que a ira toma posse de nosso ser, queiramos ou não, “erramos o alvo”. Não chegamos aonde queríamos chegar e, na maioria das vezes, chegamos aonde não queríamos chegar. Na semana em que escrevo esta meditação, o Brasil assistiu horrorizado pela televisão a cena brutal do assassinato cometido por um juiz, pelo simples fato de o guarda do supermercado ter lhe dito que havia chegado a hora de encerrar o expediente. Aquele juiz nunca pensou em cometer semelhante crime. Mas na hora da ira houve uma comoção interior que o levou a tal loucura. Por isso, o conselho divino é: quando a ira aparecer e estivéreis afetados física e psiquicamente, “consultai no travesseiro o coração e sossegai”. Nada melhor para o problema da ira do que esperar pelo dia seguinte. Tome uma decisão hoje. Diante das adversidades da vida, quando as coisas não saírem como você gostaria que saíssem, em circunstâncias em que você sente que vai perder o controle, deixe as coisas como estão e respire fundo. Retire-se, se for possível. Dê um tempo, “consulte no travesseiro o coração”, clame a Deus e, depois, mais sossegado, você verá as coisas de um outro ponto de vista e encontrará a saída mais sábia e equilibrada. Não “erre o alvo”, não se machuque nem machuque o próximo. Não abra feridas no coração de pessoas que você ama e que estão à sua volta. Meça suas palavras. Medite nas conseqüências de atos impulsivos. Você não pode evitar sentir o que está sentindo. Isso é natural, pois você é um ser humano. Quando alguém o contraria, faz algo indevido contra você ou o ataca, é natural que isso altere todo o seu ser. Mas siga o conselho divino: “Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai.” Texto de Alejandro Bullón

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Repousar seguro

Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só Tu me fazes repousar seguro. Sal. 4:8. Um dia, ligou para o meu escritório uma pessoa que não conseguia dormir por várias semanas. À noite, se deitava e desfilava na sua mente uma infinidade de pensamentos difusos que a perturbavam. Aparentemente, nada dava resultado. Ultimamente, estava tomando fortes doses de soníferos, mas isso a assustava. “O que faço, pastor?”, perguntou-me angustiada. A ansiedade é um sentimento de apreensão, vago e difuso. Não é medo, ou se é, não existe uma razão concreta para ele. O problema com as pessoas ansiosas é que experimentam constantemente a sensação de que algo ruim está para acontecer, e nunca conseguem definir o que é. A resposta para a pergunta daquela pessoa é o salmo de hoje. “Em paz me deito”, afirma o salmista. Paz é o primeiro ingrediente para ter um sono tranqüilo e reparador. Existe no ser humano uma inconsciente necessidade de estar bem com Deus. Conscientemente, você pode negar ou rejeitar a existência divina. Pode não perceber a sua natural necessidade de estar bem com o seu criador, mas o coração percebe essa carência e, por mais que você tente racionalizar, o vazio espiritual está bem presente, causando a sensação de que algo está errado. “Em paz me deito”, expressa o salmista. Tendo paz com Deus você está em condições de ter paz consigo mesmo e também com as pessoas com as quais se relaciona. Esse sentimento de tranqüilidade tira de você a tensão emocional que geralmente perturba o descanso. Outro ingrediente importante para um sono reparador é a confiança em Deus. Não basta estar bem com Ele, é necessário sentir-se seguro nEle. De onde vem a sua segurança? Das promessas divinas. Deus prometeu que nunca o abandonará, mesmo nas circunstâncias mais difíceis pelas quais você tenha que atravessar. Finalmente, quando chegar o momento de dormir o sono da morte, você poderá dizer também como Simeão: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o Teu servo, segundo a Tua Palavra.” Hoje, quando chegar a hora de dormir, diga como o salmista. “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só Tu me fazes repousar seguro”. Texto de Alejandro Bullón