quinta-feira, 28 de março de 2013
Não desista
A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular. Sal. 118:22.
Alguma vez você foi rejeitado? Dói. O ser humano não foi criado para ser uma ilha. Todos têm a necessidade básica de ser aceitos. É parte da natureza. Ninguém é feliz sendo excluído.
Mas vivemos num mundo que seleciona tudo. Você disputa um emprego com outros, e a maioria é rejeitada. Nem todos passam no exame. Nem todos conseguem o visto de entrada num país. Centenas de moças participam do concurso, mas só uma é escolhida como a vencedora. De uma ou outra forma, todos sentiram alguma vez a dor da rejeição.
No verso de hoje, encontramos uma referência à maneira cruel como foi rejeitado o próprio Senhor Jesus. O apóstolo João narra: “Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam.” João 1:11. Veja que Ele veio para salvar a humanidade. É como se você chegasse ao lar de uma família endividada levando o dinheiro que ela precisa para pagar sua dívida. E os membros daquela família, ao invés de recebê-lo, o apedrejassem.
O pensamento central do texto de hoje, contudo, não é a rejeição de Jesus, e sim o resultado daquela rejeição. O Salvador do mundo tinha um propósito na mente e no coração. Ele viera para salvar a humanidade, e nada, nem ninguém, conseguiria fazê-Lo desistir do Seu propósito.
Quando você e eu enfrentamos rejeição, somos tentados a cair no desânimo. Jesus foi até às últimas conseqüências. Morreu pregado na cruz como um marginal. Mas Sua morte não foi o ponto final da história. Ele ressuscitou vitorioso e veio a ser a “pedra angular” do cristianismo. Alcançou o objetivo, a despeito da rejeição.
Por que ficar desanimado, com vontade de desistir ou de fugir, só porque alguém disse “não” para você? Qual é o propósito de sua existência? Está bem claro na sua mente por que você veio ao mundo?
Faça de hoje um dia de vitória. Levante a cabeça, clame ao Senhor e renasça das cinzas. Você verá que as pessoas que o rejeitaram se lamentarão e o chamarão de novo porque “a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 27 de março de 2013
A dama formosa
Entendei, ó simples, a prudência; e vós, néscios, entendei a sabedoria. Prov. 8:5.
O capítulo 8 de Provérbios é um hino à sabedoria. Salomão compara a sabedoria com uma dama formosa, “no cimo das alturas, junto ao caminho”, convidando as pessoas a segui-la. Nesse contexto, entra a recomendação do sábio: “Entendei, ó simples, a prudência; e vós, néscios, entendei a sabedoria.”
Existem coisas que a gente não aceita simplesmente porque não as entende. Se você colocar uma nota de cem dólares nas mãos de uma criança de um ano, com certeza ela a destruirá. E, se você a repreender, ela ficará confusa, por um simples motivo: não entende o valor do dinheiro. Por isso, o conselho do sábio é: “Entendei, ó simples, a prudência.” Você não pode valorizar o que não entende.
As pessoas hoje vivem correndo de um lado para outro, sem ao menos pensar qual é o motivo de tanta agitação. Entramos no tobogã das circunstâncias e nos deixamos levar. Há uma montanha de deveres a serem cumpridos, responsabilidades das quais não podemos fugir, compromissos e agenda cheia. Não sobra tempo para pensar nas coisas simples que envolvem a essência da vida. Para que sabedoria? Que valor tem? Pouco importa.
Quando era jovem, alguém me disse: Você precisa aprender a viver com sabedoria. Ao escrever este devocional, confirmo que as maiores necessidades do ser humano são sabedoria e prudência. Com sabedoria, você produz muito mais do que está produzindo em menos tempo e com menos esforço. Evita dores e sofrimentos e capitaliza as adversidades.
O provérbio de hoje diz que a pessoa que se atreve a viver sem sabedoria é uma pessoa néscia. Uma vida néscia é uma vida insatisfeita e cheia de estresse. A vida é como um jogo de futebol. Alguns correm de um lado para outro, mas não fazem gol. Não refletem, não têm um plano de ação, não têm inspiração. Só correm.
Hoje, tome um tempo para pedir sabedoria a Deus. Quando você faz isso, está procurando a pessoa de Jesus, porque Ele é a própria sabedoria. Saia hoje com Jesus. Caminhe com Ele. Dependa dEle. Permita-Lhe participar de seus negócios, empreendimentos e decisões. Ouça o conselho de Salomão. “Entendei, ó simples, a prudência; e vós, néscios, entendei a sabedoria”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 26 de março de 2013
És o altíssimo
E reconhecerão que só Tu, cujo nome é Senhor, és o Altíssimo sobre toda a Terra. Sal. 83:18.
Quando o médico lhe deu a notícia de que seu pequeno filho estava condenado à morte, a primeira reação de Alberto foi de revolta. Mas revoltar-se contra quem? Contra a ciência, que não podia fazer nada para curar a leucemia que estava acabando com a curta existência de seu único filho? Contra ele mesmo e a esposa que não perceberam os primeiros sintomas da doença fatal? Ou contra Deus? Não, contra Deus não poderia. Ele não acreditava na existência de um ser supremo. O seu coração e a sua mente estavam cheios de idéias existencialistas e sentimentos de superioridade diante da esposa que “era capaz de acreditar numa idéia tão superada como Deus.”
Alguma vez você se sentiu insignificante e impotente diante de circunstâncias adversas? O que faz quando todos os recursos humanos falham? Aonde ir quando a ciência, a tecnologia e até o racionalismo humanista gritam: Impossível!
Se você viveu um momento assim, talvez consiga entender como Alberto se sentia. Os dias se passaram. Lentos, agonizantes, implacáveis e cruéis. O tempo, que na maioria das vezes simboliza esperança, era para Alberto o processo doloroso de ver seu querido filho se apagando como uma vela cuja cera está no fim. A fé e a confiança que a esposa depositava em Deus em meio à dor, eram ofensivas para o marido incrédulo.
Um dia cinzento do mês de outubro, ele viu os olhinhos tristes do filho amado, como dizendo adeus. Alberto não agüentou mais e caiu ajoelhado perto da cama e, pela primeira vez, clamou pela misericórdia de um Deus em cuja existência nunca acreditara. E o milagre aconteceu! Médico nenhum foi capaz de explicar a recuperação rápida do garoto, nem a cura posterior. Hoje, Alberto louva o nome de Deus ao lado da esposa e do filho.
As coisas com Deus são assim. Sua existência e poder não dependem de eu crer ou não. Ele está acima dos preconceitos, dúvidas ou incredulidade da criatura. Ele é Deus. Se as pessoas crêem, muito bom. Se não, um dia “reconhecerão que só Tu, cujo nome é Senhor, és o Altíssimo sobre toda a Terra”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 25 de março de 2013
Nunca cave o mal
O homem depravado cava o mal, e nos seus lábios há como que fogo ardente. Prov. 16:27.
O Brasil todo ficou estarrecido com a notícia do assassinato de um casal de classe média alta. Foram mortos a pauladas enquanto dormiam. Se a notícia terminasse aqui, seria apenas mais uma notícia neste mundo de violência.
O que estarreceu foi a descoberta dos assassinos: a própria filha do casal, o namorado e um irmão deste. Uma história de filme de terror.
O texto de hoje descreve justamente esse tipo de pessoas. “O homem depravado cava o mal”, diz o verso. A palavra “depravada”, literalmente descreve algo estragado, que perdeu seu valor e só serve para ser jogado no lixo. Expressa profunda degradação moral.
Como chega um ser humano ao terreno da depravação? Começa com a tolice. O tolo segue o caminho do mal por curiosidade. É uma espécie de aventura que lhe produz fascínio. Quando uma pessoa insiste nesse tipo de caminho perigoso, cai no terreno do cinismo. O cínico percebe o perigo da estrada em que transita, mas não lhe dá importância, endurece seu coração e chama ao mal, bem. Finalmente, mais cedo ou mais tarde, o cínico cai no abismo da depravação.
A depravação não tem limites. É um abismo sem fundo. Sempre oferece sensações mais fortes, não fica satisfeito com nada. Se você acha que já viu ou já ouviu as cenas mais depravadas, ainda está no meio do caminho. A mente depravada é capaz de imaginar coisas que dificilmente subiriam à mente dos mais hábeis roteiristas de Hollywood.
Existe esperança de recuperação para o depravado? As boas-novas do evangelho dizem que sim. No momento em que o mais perverso dos seres humanos responde ao chamado do Espírito e aceita a graça transformadora de Cristo, acontece o milagre do novo nascimento. Tudo que passou fica apagado pelo perdão gratuito de Jesus, e a pessoa recebe uma página em branco para escrever uma nova história. Deus nunca consulta o passado para ajudá-lo a construir o futuro.
Que este novo dia seja para você um dia de vitória. Grandes vitórias são o resultado de pequenas vitórias. Vença com Jesus apenas a batalha deste dia. Deixe o amanhã nas mãos de Deus e lembre-se: “O homem depravado cava o mal, e nos seus lábios há como que fogo ardente”.
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 22 de março de 2013
Necessidade de Deus
A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! Sal. 84:2.
Existe no coração humano uma necessidade instintiva de Deus. Não tem explicação. Poderia ser simplesmente saudade do Criador. Porém, é mais do que isso. É um vazio que dói. É carência, falta. É como a necessidade que o pulmão tem do oxigênio. Davi expressa: “A minha alma suspira e desfalece.” É saudade, nostalgia, procura incessante. Sede de alma. Fome do coração.
Não depende daquilo que você acredita ou não. Pode não ser lógico, mas é real. É fato. Esta aí presente, no dia-a-dia do transitar humano.
O milionário sem Deus se pergunta: O que me falta? Nada. Sobra. Sobra orgulho, prepotência e soberba. O coração está cheio de si. Não existe lugar para Deus, e o vazio dói, perturba e angustia.
O artista famoso indaga: Por que não sou feliz? Porque felicidade não é simplesmente algo, é uma pessoa. “Eu sou o caminho”, disse Jesus. Ah, ser humano vazio e incoerente! Tentando ser feliz, procura o que o machuca, busca o que o destrói, rejeita o caminho da simplicidade. Complica a vida com filosofias que alimentam o ego, e matam de sede seu espírito carente.
No salmo de hoje, o poeta compara o homem que reconhece sua necessidade de Deus e O busca, com o pardal que encontrou sua casa e a andorinha que achou seu ninho e acolhe com carinho os seus filhotes. (Sal. 84:3.) Pode haver uma figura mais expressiva para ilustrar a felicidade? Você e seus amados, protegidos no ninho de Deus. Cuidados por Ele, seguros nEle, sustentados por Ele.
Hoje é um dia de decisão. Todo dia é. Para mudar o rumo de sua existência. Para reconhecer que você é criatura. Para olhar com otimismo o horizonte de novos desafios, a despeito dos dramas que você está vivendo. Hoje é o seu dia. Dia de renascimento, de ressurgimento, dia para sacudir a poeira dos pés e enfrentar a longa caminhada que o levará ao pico da montanha que se apresenta desafiante diante de você.
Mas, para que tudo isso aconteça, você precisa dizer como o salmista: “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!”
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 21 de março de 2013
Vereda plana
O caminho do preguiçoso é como que cercado de espinhos, mas a vereda dos retos é plana. Prov. 15:19.
Júlio não gosta de trabalhar. Quando era pequeno, os pais satisfizeram todos os seus desejos. Filho único, cresceu achando que era dono do mundo, e que bastava pedir para que tudo se realizasse do jeito que ele queria.
Mas Júlio cresceu. Tornou-se adulto e os pais continuaram tratando-o como se fosse uma criança dependente. Hoje, os pais já estão mortos e Júlio se encontra sozinho. A herança que os pais lhe deixaram não durou muito. Logo, ele viu que a vida não era um simples conto de fadas. Neste mundo, não basta desejar para que tudo aconteça.
Júlio vive hoje uma vida cheia de penúrias e privações. Casou-se duas vezes e as esposas acharam impossível viver ao lado dele. Ficou preso, seis meses, por causa de confusões financeiras das quais participou. Ele acha que a vida é injusta com ele porque seus pais faleceram, num trágico acidente.
Todo pai descansa, mais cedo ou mais tarde. O problema de Júlio não é o fato de os pais terem morrido. Sua tragédia é que nunca aprendeu a valorizar o trabalho.
O texto de hoje diz que a vida do preguiçoso “é como que cercada de espinhos”. É uma vida de sofrimento e dor. Não deslancha, não avança, fica presa.
Gosto desse verso na Nova Tradução na Linguagem de Hoje: “O preguiçoso encontra dificuldades por toda parte, mas para a pessoa correta a vida não é tão difícil.” Prov. 15:19. A vida tem complicações. Você vai achar dificuldades no caminho. Felicidade não é ausência de problemas, mas a pessoa sábia torna-se vitoriosa apesar dos obstáculos. O preguiçoso não. Ele só vê dificuldades, não está disposto a lutar, não paga o preço.
Apronte-se para a luta de hoje. Saia da rotina, enfrente as dificuldades. Não tenha medo de avançar no desconhecido. Ninguém descobre novos oceanos, a menos que perca de vista o conforto da praia.
Busque a Deus. Peça sabedoria e forças. Sua luta será infrutífera se Deus não estiver no controle de seus empreendimentos. Ah, não se esqueça: “O caminho do preguiçoso é como que cercado de espinhos, mas a vereda dos retos é plana”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 20 de março de 2013
Pronto para a guerra?
PRONTO PARA A GUERRA?
Bendito seja o Senhor, rocha minha, que me adestra as mãos para a batalha e os dedos, para a guerra. Sal. 144:1.
Esta vida é uma guerra, e cada dia, uma batalha. O cristianismo não faz de você uma pessoa mística, inerte e conformista. Ficar parado em algum rincão da vida esperando as bênçãos divinas não expressa o autêntico sentido da fé.
Quando Deus chega à sua vida, chega para adestrar suas mãos para a batalha e os seus dedos, para a guerra. O salmista expressa, nesse verso, o equilíbrio de uma vida centrada em Cristo. A primeira coisa que ele faz é louvar o nome do Senhor e reconhecer que Deus é a Rocha. Qualquer edifício construído sobre a rocha será inabalável. Davi não se atreve a sair correndo como um louco para enfrentar a batalha do dia. Ele gasta tempo para reconhecer a grandeza de Deus. Coloca seus planos nas mãos da “Rocha”. Nada pode fracassar quando Deus é o fundamento.
Depois de reconhecer que ele não está sozinho, o salmista está pronto a lutar. Lutar sem Deus é loucura. Confiar em Deus sem lutar é tolice.
Outro pensamento do texto de hoje é que a vida não é uma vitória. É uma sucessão de vitórias. Cada pequena vitória é parte da grande vitória. Cada dia é uma batalha diferente. A vitória hoje não é garantia de vitória amanhã. O sucesso de “quase” toda a vida, não garante o sucesso da vida toda. Fracassar no último momento é jogar por terra todas as vitórias do passado. Napoleão Bonaparte ganhou quase todas as batalhas e perdeu a guerra porque foi derrotado na batalha de Waterloo.
O salmista olha para a Rocha antes de sair para a guerra. Rocha é sinônimo de permanência. Jesus é a Rocha dos séculos.
“Que base tenho para acreditar em Jesus, além do livro antiquado chamado Bíblia?”, perguntou-me um jovem envolvido com filosofias orientais. A minha resposta foi: “Que base científica tem para acreditar na astrologia, numerologia, cristais, pirâmides ou na energia interior?”
Antiquadas são as coisas que passam com o tempo. A Bíblia é antiga, mas sempre atual. “Permanece para sempre.”
Que opção você tem hoje para vencer as intrigas e arapucas de um mundo desleal? Davi fez a opção certa e foi vitorioso. Por que você não diz como ele: “Bendito seja o Senhor, rocha minha, que me adestra as mãos para a batalha e os dedos, para a guerra?”
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 19 de março de 2013
Aceite-se
ACEITE-SE!
Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão. Prov. 12:9.
Mostre-se como é. Seja você mesmo. Não aparência. É trágico andar pela vida mostrando ter ou saber muito, quando, deitado na cama, olhando para o teto, você sente a dor profunda de saber que é pobre e ignorante.
Viver uma vida de mentira não é viver. Seus pés pisam nas nuvens. Longe da realidade, você sofre a irrealidade de uma história que inventou. Alimenta-se em público, dos aplausos e da admiração que as pessoas oferecem ao personagem que você criou, mas que não existe. Quando se encontra só na recâmara de sua própria alma, de onde não pode fugir, olha-se no espelho da realidade e vê o quadro grotesco de uma história em quadrinhos, sem vida e, paradoxalmente, com muita dor, vazio e desespero.
Quando Jesus andava com Seus discípulos, viu de longe uma figueira verde e cheia de folhas. Aproximou-Se dela e não achou frutos. A história relata que Jesus amaldiçoou a figueira. No dia seguinte, ao passar pelo mesmo lugar, os discípulos viram que a árvore estava seca.
Muita gente se pergunta até hoje por que Jesus amaldiçoou a figueira. Porque não tinha frutos? Não. Ser estéril não seria um delito. Ser estéril e aparentar que tinha frutos é o que provocou o desagrado de Jesus. A hipocrisia é repulsiva e nociva. Repulsiva porque as pessoas se afastam. Nociva, porque destrói a própria vida.
Por que dizer que falo inglês, se não falo? Por que afirmar que toco piano, se não tenho essa habilidade? Por que dizer que tenho um carro, se não o tenho? Ou que possuo um doutorado, se não é verdade?
A “maldição” de quem pretende ser o que não é vem em forma de sequidão. Uma vida seca é cruel, angustiante e sem significado. Como o deserto. Terra sedenta, agonizante. Terra condenada.
Aceite seus defeitos e realidades. Reconheça suas carências. Aceite-se como você é. Esse é o primeiro passo no processo de recuperação e cura porque: “Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 18 de março de 2013
No devido tempo
Em Ti esperam os olhos de todos, e Tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Sal. 145:15.
O tempo de Deus não é o tempo do homem. Infelizmente, na opinião humana. Felizmente, na opinião de Deus. Para entender isso, a criatura precisa atravessar o vale da dor e da frustração aonde a sua teimosia o leva.
No verso de hoje, o salmista menciona a expectativa humana. “Os olhos de todos”, diz ele. Aqui está incluída toda a humanidade. Todos somos assim. Apressados e imediatistas. Queremos que as coisas aconteçam aqui e agora. Talvez porque a vida é curta para realizar tantos sonhos e projetos.
As pessoas descritas pelo salmista não esperam luxo, nem extravagâncias. Apenas alimento. Nada mais básico para a sobrevivência. É muito esperar pelo pão de cada dia? Que tipo de Deus é esse que parece insensível diante das necessidades básicas de seus filhos?
O salmista toma a metáfora da natureza. A natureza ensina a entender a vida.
Alguma vez você observou como o passarinho alimenta os seus filhotes? É um bando de famintos, chorando e disputando o alimento que a mãe traz. Cada um luta pela sobrevivência e trata de tirar o alimento do outro. Darwin diria que, nestas circunstâncias, sobrevive o mais forte. Não é verdade. A mãe pássaro é instintivamente sábia e dá o alimento a cada filhote, no seu devido tempo. Ela não ignora a necessidade de cada um, nem se comove com a impaciência nem com os gritos. O tempo dos filhotes não é o tempo da mãe.
Se você confia em Deus e parte para a batalha e, apesar disso, as coisas não saem como quer, tenha paciência, coloque os olhos em Jesus e espere o tempo dEle. Ele virá. Na hora certa. Nem antes, para que você não se deslumbre, nem depois, para que seus inimigos não caçoem de sua fé. O êxito não é uma meta para você alcançar. É um processo que envolve confiança em Deus, luta, esforço, lágrimas, aparentes derrotas e, acima de tudo, paciência.
Busque hoje os seres que você ama. Diga-lhes quão valiosos são. Anime e encoraje. As pessoas são como um espelho. Se você sorri, elas sorriem; se você fecha o rosto, recebe a mesma imagem.
Antes de sair para os desafios de hoje, diga como o salmista: “Em Ti esperam os olhos de todos, e Tu, a seu tempo, lhes dás o alimento.” Sal. 145:15.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 14 de março de 2013
Amigo e irmão
Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão. Prov. 17:17.
oje, há uma festa religiosa que reúne multidões nas pirâmides do Tajin, no estado de Vera Cruz, México. A cidade arqueológica de Tajin foi descoberta em 1785. É uma cidade de pedra, bem conservada. No meio dela existe um campo de esporte, e nos extremos das pirâmides, gravuras estranhas onde se observa a decapitação de um esportista. O sangue da vítima molha a terra e a fecunda. O sangue daquele homem era considerado pela cultura totonaka “líquido sagrado” e, segundo a tradição, o homem que derramava seu sangue passava a ser um interme-diário entre Deus e a humanidade.
É interessante que, de alguma forma estranha, a essência do evangelho estivera embutida na tradição daquele povo. Jesus um dia viu o ser humano na angústia, no desespero, na eterna condenação. Não havia saída para o drama humano. “O salário do pecado é a morte”, afirma a Escritura. “Pois todos pecaram, e carecem da glória de Deus” (Rom 3:23), arremata. Você e eu só tínhamos diante de nós sombras de culpa, pecado e morte. Não havia em nossa existência uma só fresta por onde entrasse um pouco de luz. Estávamos perdidos. Tínhamos chegado ao fim.
Foi então que apareceu no cenário da vida o nosso grande amigo. Aquele que, na angústia, se fez nosso irmão. Tomou a nossa natureza. Tornou-se um de nós, nasceu como uma criança, viveu uma vida sem pecado, apesar de ser tentado em tudo. E, finalmente, morreu a morte de um marginal, pregado na cruz do Calvário.
O Seu sangue, derramado gota a gota, molhou não apenas a terra, mas a sua vida e a minha, e com Seu sacrifício pagou o preço de nossa dívida, assumiu a nossa culpa, aceitou a nossa morte e nos entregou a Sua salvação.
Por isso, você não tem o direito de sentir-se só, triste e abandonado. Não tem mais o direito de sentir-se derrotado e condenado a uma vida de fracasso. A cruz do Calvário é o decreto de vitória, de liberdade e vida para você. Agora, Jesus não é apenas o seu amigo, e sim o seu irmão, capaz de compadecer-Se do drama que você está vivendo.
Parta hoje para escalar as montanhas da vida sabendo que “em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão”. Esse irmão é Jesus.
Texto de Alejandro Bullón
Deus fará justiça
Sei que o Senhor manterá a causa do oprimido e o direito do necessitado. Sal. 140:12.
O profeta Samuel havia ungido o jovem Davi como o novo rei de Israel, por mandato divino. Nada mais justo, então, do que Saul entregar a coroa e o trono para o jovem ungido. Era o direito de Davi. Não apenas um direito legal, mas divino. No entanto, diante desse fato inquestionável, Saul decidiu apelar à corte suprema das armas: perseguiu Davi e o condenou à morte.
Foi nessas circunstâncias que o salmista escreveu o verso de hoje. Esta é a súplica desesperada de um homem perseguido, oprimido e privado dos seus direitos legítimos. Este é o clamor de uma pessoa que não sabe mais onde procurar ajuda porque seus advogados, na Terra, são apenas sua vida coerente e sua confiança em Deus, enquanto seu inimigo tem advogados espertos como a intriga, as armas, a guerra, a perseguição e o poder.
Nos momentos de desânimo, Davi sabe que: “O Senhor manterá a causa do oprimido.” O problema não é fraquejar na hora da adversidade. O desânimo é próprio da fragilidade humana. A tragédia é “não saber” o que Deus é capaz de fazer para defender a causa do oprimido.
Vivemos num mundo de injustiças. O inocente é muitas vezes condenado, e o culpado é liberado por causa da fragilidade das leis.
Você já percebeu que não se pode condenar ninguém “sem provas”? Como um juiz humano seria capaz de ler o coração das pessoas para ministrar a justiça? Nenhum julgamento pode ser subjetivo. Portanto, a justiça humana é frágil e propensa ao erro.
Deus, porém, não é indiferente a esse quadro. Ele promete que intervirá no momento certo. Resta ao cristão esperar. A justiça divina pode parecer que tarda, mas finalmente chega. Você precisa “saber” disso, como Davi sabia.
Se de alguma maneira você está vivendo esse drama hoje e sente-se angustiado por causa da aparente injustiça das circunstâncias, peça a Deus que tire a mágoa e o ressentimento do seu coração. Espere confiantemente no Senhor e diga como o salmista: “Sei que o Senhor manterá a causa do oprimido e o direito do necessitado”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 13 de março de 2013
Não caia no esquecimento
Morrendo o homem perverso, morre a sua esperança, e a expectação da iniqüidade se desvanece. Prov. 11:7.
Desvanecimento é uma palavra forte. Tem que ver com desintegração. Esse é o destino dos perversos. Depois da morte não apodrece só o corpo, também o nome cai no esquecimento.
O justo tem um final diferente. Usou a sua liberdade. Escolheu o caminho da vida. Salomão volta aqui ao ponto de partida de sua coleção de provérbios. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.” Sabedoria é saber escolher.
Todos os dias precisamos optar, escolher e decidir. A quem seguir? Por qual caminho transitar? O caminho do perverso parece mais largo e fácil. O caminho de Deus está cheio de obstáculos e dificuldades. O perverso não gosta de sujeitar-se a ninguém, quer sentir-se livre e seguir os seus próprios instintos.
No momento da decisão, ele só enxerga o presente e segue o próprio caminho, que parece mais deslumbrante, atrativo e fascinante. O tempo dá o veredicto: morte.
Ao longo da história, homens e mulheres buscaram fama, riqueza e poder a qualquer custo. Tiveram momentos de glória, foram aplaudidos e desfilaram na passarela da história, exibindo troféus e medalhas. O tempo passou. Onde estão eles? Ninguém mais se lembra. Se você perguntar às gerações presentes o nome dos famosos do século passado, poucas pessoas serão capazes de lembrar-se de algum.
Jesus seguiu um caminho diferente. Submeteu-Se à vontade do Pai. Morreu. Entregou-Se. Desapareceu na terra como o grão de trigo e ressuscitou ao terceiro dia, trazendo vida para as multidões.
Pergunte hoje em qualquer lugar do mundo quem é Jesus e todos saberão responder, porque “a memória do justo é abençoada”. Sua morte foi nossa vitória. Sua morte trouxe a vida.
Qual é o caminho que você está seguindo? Que tipo de fama você procura? Está pronto a desaparecer no anonimato do serviço para renascer no sorriso de uma criança e na felicidade dos seres que o amam?
Peça a Deus sabedoria para pensar não só nesta vida, mas também na eternidade, porque: “Morrendo o homem perverso, morre a sua esperança, e a expectação da iniqüidade se desvanece”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 12 de março de 2013
Sem medo da morte
Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos Seus santos. Sal. 116:15.
Ninguém nasceu para morrer. A morte é uma intrusa na experiência humana. Viemos a este mundo com vocação para a vida, e é por isso que nos revoltamos com a morte. Não aceitamos o paradoxo de viver morrendo, ou de morrer vivendo.
No entanto, começamos a morrer desde que nascemos. Cada dia é um a menos. Uma vida assim não teria sentido a não ser que encontrássemos o segredo da vitória sobre a morte. O segredo existe. O salmista afirma no verso de hoje que a morte – horrenda, terrível e cruel como é – pode ser “preciosa aos olhos do Senhor”.
Qual a mensagem de Deus para você hoje? Por que a morte pode ser “preciosa” aos olhos de Deus? De que morte está falando o salmista, a quem está se referindo?
O texto é claro. Aqui se fala da morte dos santos. Santidade, no sentido bíblico, não significa ser isento de pecado, mas andar com Deus e viver para Ele.
A experiência de santidade é uma experiência de vida diária. É um andar permanente. Você permite que Deus o conduza como o pai conduz o seu pequeno filho. Há ocasiões em que os passos do filho não conseguem acompanhar os do pai. Ele pode até escorregar ou tropeçar, mas não fica caído porque está segurando o poderoso braço do pai. Existe entre eles um relacionamento de amor que não é abalado por nada.
Se você viver essa experiência diária com Jesus, passará a ser uma pessoa santa. E, se porventura a morte o surpreender em alguma esquina, essa morte será “preciosa” aos olhos de Deus, por três motivos: você estará livre das aflições deste mundo, dormirá em paz até a volta de Cristo e finalmente ressuscitará para a vida eterna.
Por que ter medo da morte? A não ser que você esteja longe de Deus, ou Ele não passe de simples teoria para você. Nesse caso, a morte torna-se o fim de tudo; ou, no melhor estilo do raciocínio humano, torna-se um grande “mistério”.
Faça de hoje um dia de companheirismo com Jesus. Tenha certeza de que a morte dos sonhos, dos seres amados, ou dos planos futuros nada é diante da perspectiva de ressurreição, que significa vitória, porque “preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos Seus santos”. Sal. 116:15.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 11 de março de 2013
Resposta certa
O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor. Prov. 16:1.
A revista americana People publicou a história de Jeanne Calments, uma viúva francesa que morava num apartamento localizado no último andar do prédio onde funcionava a fábrica do seu marido. Em 1965, André-François Raffray comprou o apartamento da viúva prometendo pagar quinhentos dólares mensais enquanto ela vivesse. Como a viúva, na época, tinha noventa anos de idade, o comprador pensou que estava fazendo um grande negócio.
Mas o tempo foi implacável com Raffray. Trinta anos depois, em 1995 o comprador morreu de câncer, com 75 anos, depois de ter pago 175.000 dólares. Dois anos depois, os filhos de Raffray continuavam pagando os quinhentos dólares mensais à velhinha que, com 122 anos, ainda parecia que ia viver muito tempo.
No momento em que assinou o contrato, Raffray achou que o seu plano era infalível. Ele pagaria pouco e a velhinha morreria satisfeita recebendo quinhentos dólares mensais. Raffray não sabia que o coração do homem pode fazer planos, mas “a resposta certa vem do Senhor”.
Está você certo de que os seus planos estão sendo construídos sob a direção divina? Se você olhar para a história, verá que impérios ruíram, nações desapareceram e empresas faliram apesar dos planos que seus líderes fizeram para eternizar seu nome. Alexandre, o Grande, tinha conquistado o mundo em seus dias e pensava que ninguém seria capaz de derrotá-lo; no entanto, morreu repentinamente aos 33 anos de idade.
Sabedoria é entender que a criatura depende do Criador, aceitar que existe um Deus no controle de tudo e ter a certeza de que os atos humanos são apenas o desenvolvimento da vontade divina.
Está você triste hoje? As circunstâncias adversas da vida parecem asfixiá-lo? Sente que sua vida até aqui foi improdutiva? Antes de enfrentar os desafios deste dia, olhe para cima, coloque suas mágoas e tristezas nas mãos de Deus, leve a Ele suas feridas abertas, seus sonhos frustrados e seus planos falidos, dizendo: “Senhor, não quero mais viver sozinho porque hoje entendi que ‘o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor”.
Alejandro Bullón
sexta-feira, 8 de março de 2013
Estacas imaginárias
A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a Tua Palavra. Sal. 119:25.
Você já viu um elefante de várias toneladas amarrado a uma estaca tão pequena que até uma criança poderia arrancar? Por estranho que pareça, esse quadro tem uma explicação. Os elefantes têm uma memória prodigiosa, mas não são muito inteligentes. Quando pequenos e ainda sem muita força, são amarrados a estacas. Os filhotes se esforçam por libertar-se. Tentam inutilmente uma e outra vez, até que chegam à conclusão de que é impossível fugir. Nesse ponto, entra em ação a prodigiosa memória, e eles se lembrarão pelo resto da vida de que não podem arrancar a estaca.
A mesma coisa acontece com o ser humano. Quando é pequeno, alguém diz: “Você não presta”, ou “você vive só para criar problemas”, e pronto. Uma pequena estaca é colocada no inconsciente e, mesmo quando os anos passam, fica amarrado a estacas imaginárias que o impedem de alcançar os ideais elevados para os quais foi criado.
O texto de hoje afirma: “A minha alma está apegada ao pó.” Por alguma razão, o salmista também carregava na sua vida “estacas” imaginárias que não o deixavam ser feliz. Esforçava-se, lutava, mas os complexos interiores eram mais fortes que suas decisões conscientes. Até que um dia clamou ao Senhor: “Vivifica-me com a Tua palavra.” E, nesse instante, começou a nascer um novo dia em sua derrotada experiência.
Faça uma revisão de sua vida hoje, antes de sair para a luta diária. Existe alguma “estaca” que não o deixa ser feliz? Esse complexo, trauma, ou como você queira chamá-lo, está destruindo sua vida profissional, seu casamento ou a vida dos seus filhos?
Se a Palavra de Deus teve poder para criar a vida quando nada existia, se ela teve poder para recriar tudo que o inimigo tinha destruído, com toda certeza tem também poder para restaurar você de maneira completa. O instrumento que Deus usa para isso é a Sua palavra. Acreditar na Sua palavra é acreditar em Jesus. Jesus é liberdade.
Por isso, hoje, no compartimento secreto do seu coração, clame ao Senhor e diga: “A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a Tua palavra.” Que Deus o proteja ao longo do dia”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 7 de março de 2013
Levante-se
Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Prov. 6:9.
Certo dia, Jesus encontrou um paralítico. Pedia esmolas e ficava deitado perto do tanque de Betesda, esperando que alguém o ajudasse a entrar nas águas. Ao vê-lo, Jesus Se compadeceu. O Senhor sempre Se compadece das pessoas paralisadas porque uma vida sem movimento é quase uma vida vegetal. Sonhos, planos, expectativas, tudo acaba em frustração e inércia. Jesus aproximou-Se do paralítico e disse: “Levanta-te, toma o teu leito e anda.” E num instante o homem começou a dar pulos de alegria. Estava curado. Naquele instante a vida começava para ele.
Há muita gente deitada nesta vida. Pessoas que dormem o sono da mediocridade. Gente boa, sincera, que sofre a terrível enfermidade do acomodamento. Pessoas que se escondem atrás do argumento de que nunca tiveram oportunidades, esquecendo-se de que as oportunidades não chegam sozinhas. É preciso ir buscá-las.
Por isso, Salomão pergunta: “Até quando ficarás deitado? Quando te levantarás?” O verbo levantar-se, no original é qûm, que significa, entre outras coisas, acontecer. Acontecimento é um fato, uma realização; portanto, o convite a levantar-se é o convite a acontecer.
À luz do texto de hoje, muitas pessoas não são realizadas pelo simples fato de estarem dormindo, enquanto outras trabalham. “Nesta civilização não existe lugar para o ocioso”, costumava dizer Henry Ford. Eu diria a mesma coisa de outra forma. “Nesta civilização talvez haja lugar para os ociosos. Mas na galeria dos vitoriosos, com certeza não. A vitória é a recompensa do trabalho.”
Mas o ser humano gosta de dourar a pílula. Inventa desculpas. Racionaliza, joga a culpa no governo, no desemprego, na injustiça social, e não aceita o simples fato de que sempre existe trabalho para quem deseja trabalhar.
Não adormeça. Não se amedronte diante dos desafios. Se você hoje está ferido, magoado e sem vontade de lutar, lembre-se de que ao seu lado está Jesus com a mão estendida, disposto a socorrê-lo. Todo dia é uma página em branco para escrever uma nova história. “Até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?”
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 6 de março de 2013
A misericórdia divina
Oh! Tributai louvores ao Deus dos Céus, porque a Sua misericórdia dura para sempre. Sal. 136:26.
A troca de tiros foi fatal. Ou quase. Aquele trágico incidente teria sido o fim de uma carreira de crime e violência que começou quando Humberto era apenas uma criança.
A fama dele tinha-se espalhado por toda a região. Agressivo, cruel, matador. Dizem as conversas que os que têm olho amarelo são os assassinos mais frios e sanguinários. Ele os tinha e, apesar de sua figura miúda, era temido.
Aquela noite, na troca de tiros com a polícia, ele foi atingido na coluna e em outras partes do corpo. Passou vários dias no hospital e, quando saiu, estava condenado a uma cadeira de rodas para o resto da vida.
A revolta tomou conta de seu coração. Era um poço de amargura. Não agredia mais com um revólver na mão. Suas palavras eram facas afiadas que feriam a todos e a tudo.
Foi nessas circunstâncias que o evangelho o alcançou. Eu fui testemunha do seu batismo, enquanto viajava pelo norte do Brasil. Eu o conheci já quebrantado, humilde, simples e manso. Chorava em silêncio ao sair das águas.
“Tem gente que acha que eu aceitei a Cristo porque nunca sairei desta cadeira de rodas”, ele me disse. “E talvez seja verdade. Não sei. Como saber? A única coisa que sei é que Jesus me ama, que Sua misericórdia dura para sempre. Dói-me não tê-lo sabido antes.”
O Salmo 136 repete 26 vezes a expressão: “Porque a Sua misericórdia dura para sempre.” Esse é um salmo de gratidão e louvor. O louvor é fruto da gratidão, e não existe gratidão se você não compreende o valor do presente.
O que teria sido de você e de mim se um dia a misericórdia divina não nos tivesse alcançado? Onde estaríamos? O salmista sabia que palavras humanas jamais poderiam expressar toda a gratidão que sentia. Por isso, num só salmo, louva a misericórdia divina, muitas vezes. Sabe que está longe de dizer tudo o que o seu coração sente e louva, reconhecendo as maravilhas do amor divino.
Seja grato a Deus hoje. Agradecer faz muito mais bem a você do que a Deus. Diga como o salmista: “Oh! Tributai louvores ao Deus dos Céus, porque a Sua misericórdia dura para sempre”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 5 de março de 2013
O Senhor dá a sabedoria
Porque o Senhor dá a sabedoria, e da Sua boca vem a inteligência e o entendimento. Provérbios 2:6.
Quando Jesus esteve na Terra, disse um dia: “Qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas coisas aos que Lhe pedirem?” Mateus 7:9-11.
Deus está sempre disposto a dar “boas coisas aos que Lhe pedirem”. Tem melhor coisa do que a sabedoria? Tendo sabedoria, você será capaz de conseguir qualquer outra coisa, porque sabedoria é simplesmente a arte de viver e de vencer.
Mas o texto de hoje declara que sabedoria não é algo que o homem fabrica; é uma dádiva divina. É o Senhor quem dá a sabedoria. Você precisa ir a Ele. Todo dia. Cada instante. Sempre. Estar nEle é estar na sabedoria. Viver com Ele é viver com a sabedoria, e o resultado é inteligência e entendimento.
Muitas vezes sofremos por falta de entendimento. Confundimos as coisas. Interpretamos mal as atitudes alheias e nos magoamos sem motivo. Se pudéssemos entender as coisas como realmente são, a vida seria menos complicada e estaríamos em condições de tomar decisões mais acertadas.
Somos humanos demais. Apressados demais. Impulsivos. Agimos quase instintivamente. E fazer isso não é agir. É simplesmente reagir, contestar e ferir gente querida, às vezes. Pessoas que não são culpadas, com freqüência. O pior de tudo é que a dor delas nos dói, nos perturba, nos sufoca, e nós nos perguntamos: Por que machuco as pessoas que amo?
Como viver sem tropeçar? Ou como tropeçar sem cair? Ou como cair sem esmorecer? Vá a Jesus. Ele é a fonte da sabedoria. Ele é o caminho, a verdade e a vida. Salomão diz que da “Sua boca vem a inteligência.” Esta é uma referência às “Suas palavras”, e elas só podem ser achadas na Bíblia. Eis por que abrir a Bíblia todos os dias é partir para o encontro com o Deus da sabedoria, e meditar nos Seus conselhos é entrar no caminho da prosperidade.
Não se atreva a tomar as decisões que você precisa tomar hoje sem ir a Jesus e suplicar que Ele o guie, porque: “O Senhor dá a sabedoria, e da Sua boca vem a inteligência e o entendimento”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 4 de março de 2013
Inocentes ou culpados?
Salvou-se a nossa alma, como um pássaro do laço dos passarinheiros; quebrou-se o laço, e nós nos vimos livres. Sal. 124:7.
Ela era jovem e linda. Não devia ter mais de dezesseis anos. Jovem demais para chorar. Adulta de menos para enxergar as trapaças da vida.
“O que o senhor me aconselha? Hoje à tarde meu namorado bateu em mim, diante de muita gente”, disse ela chorando. “Eu sei que devo deixá-lo, mas gosto dele.”
Ela não precisava de nenhum conselho. Lutava consigo mesma. Com os seus sentimentos. Enganava-se ao justificar que aquilo tinha sido apenas um “momento de raiva”, mas que no fundo ele era bom.
Nosso próximo encontro aconteceu dezessete anos mais tarde. Não era mais jovem, nem linda. Estava destruída pela dor e o sofrimento que carregara como uma cruz ao longo de anos. Agora já estava separada do marido que, por muitas vezes, a golpeara.
Dizer o quê? Que ela sabia o que a esperava se levasse adiante aquele relacionamento? Seria cruel. Para que abrir mais as feridas que havia tanto tempo sangravam?
No verso de hoje, o salmista louva o nome de Deus por Suas obras de justiça e libertação. Jesus veio a este mundo e quebrou o laço que nos amarrava. Esses laços não são apenas exteriores. As verdadeiras arapucas estão dentro de nós mesmos, e não queremos reconhecê-las.
Com freqüência, dizemos que fomos enganados. Consideramo-nos vítimas. Os culpados de nosso sofrimento quase sempre são “os outros”. Enquanto não nos livrarmos dessa maneira ingênua de pensar, dificilmente seremos felizes. O poder do evangelho não se revela apenas nos fatos extraordinários que Jesus pode fazer com os nossos inimigos externos, mas no que Ele está disposto a fazer dentro de nós mesmos.
Jesus veio libertar-nos da “ingenuidade”. Ele chega à nossa vida para abrir os nossos olhos, a fim de que possamos ver a realidade da vida e paremos de “fazer de conta”, enganando-nos e iludindo-nos por vontade própria.
Este é o valor do ensinamento bíblico. Tira o véu, ilumina o caminho, abre a janela do coração escuro para que entre a luz e tomemos decisões e tenhamos atitudes sábias.
Basta de nos sentirmos vítimas, porque “salvou-se a nossa alma, como um pássaro do laço dos passarinheiros; quebrou-se o laço, e nós nos vimos livres”.
Texto de Alejandro Bullón
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