sexta-feira, 28 de junho de 2013
A verdadeira riqueza
Tu visitas a terra e a regas; Tu a enriqueces copiosamente; os ribeiros de Deus são abundantes de água; preparas o cereal, porque para isso a dispões. Sal. 65:9.
A sensibilidade do poeta encontra beleza onde as pessoas comuns vêem simplesmente fatos. No verso de hoje, o salmista enxerga Deus como um jardineiro amoroso e preocupado com o Seu jardim. “Tu visitas a terra e a regas”, descreve o poeta.
Se você levar em conta que a maior parte das terras bíblicas era deserta, entenderá mais ainda o cuidado maravilhoso do Criador com Sua criação.
Deus não criou desertos. Criou vida, vegetação, animais; enfim, um mundo dinâmico que explodia numa festa de cores e música. Foi a entrada do pecado que trouxe a morte, os desertos e a seca.
No verso de hoje, Davi retrata a Deus enriquecendo a Terra copiosamente. Assim são as coisas com Deus. Ele gosta de abundância, “prepara o cereal” para que o povo tenha o alimento na hora certa.
Para cumprir Seus propósitos Deus usa a chuva. “Os ribeiros de Deus são abundantes de água”, escreve o salmista. Esses ribeiros estão cheios, mas são apenas ribeiros. Não são rios enormes como o Amazonas ou o Nilo. O rio Jordão não passa de um ribeiro. Mas é um ribeiro constante. Não pára de irrigar a terra e trazer vida.
Uma vida sem Cristo é como um deserto. Outro dia, conversei com uma pessoa que me disse: “Minha vida é um deserto. Não tenho emprego, nem amigos, nem família, e agora já nem saúde.”
Esse homem me falava da dor que sentia ao ver os amigos da juventude prósperos e felizes. “O que fiz de errado?”, perguntava ansiosamente.
Quando lhe falei de Jesus, mostrou indiferença. Nunca prestou atenção às coisas espirituais. Para ele, ser honesto e respeitar as pessoas era a melhor religião, e isso era suficiente.
Mas a realidade estava dizendo o contrário. Sua vida não estava “enriquecida copiosamente”. Sentia-se árido, seco, improdutivo.
Antes de iniciar suas atividades hoje, diga como Davi: “Tu visitas a terra e a regas; Tu a enriqueces copiosamente; os ribeiros de Deus são abundantes de água; preparas o cereal, porque para isso a dispões”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Seja discreto
Como jóia de ouro em focinho de porco, assim é a mulher formosa que não tem discrição. Prov. 11:22.
O provérbio de hoje não se refere exclusivamente à mulher. O tema do texto é a falta de discrição no ser humano. A palavra original para discrição é Tã’am, que significa sabor. O homem ou a mulher sem discrição é como a sopa sem sabor. Ninguém a quer e, se alguém a aceita, é só por necessidade. Apenas a suporta.
A figura que Salomão usa é pitoresca. Feche os olhos e imagine uma porca tentando ser bonita, com uma jóia de ouro no focinho. Continua sendo porca. O seu problema não é a falta ou a sobra deste ou daquele adorno. O seu problema é ser porca.
Quando eu era pequeno, ouvia meu pai dizer: “Quem nasceu para ser porco será sempre porco.” Esta é uma verdade natural. A ciência não inventou nem descobriu alguma maneira de fazer com que o porco deixe de ser porco. Mas no reino de Deus existe algo que a ciência não pode explicar: os milagres.
A Bíblia fala do milagre da conversão como a mais marcante das realidades. Se existe algo que o porco não pode ter é discrição e bom senso – virtudes que tornam uma pessoa atrativa. Mas a Bíblia afirma que qualquer ser humano que se aproxima de Jesus e O busca diariamente recebe dEle sabedoria.
Conheci pessoas de personalidade horrível. Ninguém as aceitava, não tinham amigos e, embora prósperos financeiramente, eram vazios e solitários. Um dia, essas pessoas se encontraram com Jesus, O aceitaram como seu Salvador, e aconteceu algo que ninguém pode explicar. Parecia uma metamorfose, um processo de transformação inacreditável.
O apóstolo João é um deles. Ele chegou a Jesus como o filho do trovão, e no convívio com o Mestre se transformou no discípulo do amor.
Está você feliz com o seu jeito de ser? Acha que existe algo que deve mudar? Vá a Jesus, permaneça com Ele, procure-O todos os dias e se surpreenderá com a transformação que acontecerá em sua vida. Sem Jesus, a pessoa formosa será “como jóia de ouro em focinho de porco”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Por amor do seu nome
Porque Tu és a minha rocha e a minha fortaleza; por causa do Teu nome, Tu me conduzirás e me guiarás. Sal. 31:3.
Este é um salmo de aparentes contradições. O salmista afirma que o Senhor é a sua “rocha”, a sua “fortaleza”. Mas, no verso 10, lamenta: “Gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos.” Que tipo de rocha e fortaleza é essa, que não pode tirá-lo da tristeza e dos gemidos?
Este salmo é um retrato da realidade humana. É a luta entre a fé e os sentimentos. De um lado, a confiança e a certeza. Do outro, a dúvida e a ansiedade. “Eu sei que Deus vai me proteger, mas será que isso vai acontecer?” Esse é o freqüente drama do cristão.
O verso de hoje traz a certeza de que Deus agirá. O salmista enfatiza: “Por causa do Teu nome, Tu me conduzirás e me guiarás.” Aqui está envolvida a teologia do conflito cósmico e a razão do sofrimento humano.
Por que o inimigo traz dor, lágrimas e tragédias aos filhos de Deus? Ele deseja que a criatura pense que o sofrimento é causado por Deus e se revolte contra o Criador. Foi isso que Satanás disse a Deus com relação a Jó: “Estende, porém, a mão, toca-lhe nos ossos e na carne e verás se não blasfema contra Ti na Tua face.” Jó 2:5. Depois, o relato afirma: “Então, saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.” Jó 2:7.
Quem é que traz sofrimento ao ser humano? Satanás. Mas ele quer que você pense que é Deus quem o faz sofrer. Diante dessa realidade, Davi ora: “Por causa do Teu nome, Tu me conduzirás e me guiarás.”
Quando você sofre, está em jogo o nome de Deus, Seu caráter e Sua soberania. O inimigo faz com que você feche os ouvidos aos conselhos divinos e acabe se machucando. Imediatamente, ele coloca na sua mente a idéia de que Deus é injusto, que não Se lembra de você ou que o abandonou. É nessa hora que Deus será sua rocha e sua fortaleza. Ele estenderá a mão para você por duas razões. Porque o ama e quer vê-lo feliz, mas também porque o Seu nome está em jogo. Cada vez que você sofre, os anjos do Universo estão ansiosos para ver como você reage. Com a sua maneira de reagir, estará enaltecendo a misericórdia divina ou denegrindo o caráter do Criador.
Por isso, hoje, descanse nas promessas de Jesus. “Porque Tu és a minha rocha e a minha fortaleza; por causa do Teu nome, Tu me conduzirás e me guiarás”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 25 de junho de 2013
As virtudes dos outros
Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. Prov. 5:18.
Todo ser humano é um manancial de onde brota água limpa. Você precisa partir dessa hipótese se deseja ser feliz nos seus relacionamentos.
Por trás de qualquer divórcio, com freqüência, encontra-se uma lista infindável de queixas e lamúrias. Quase sempre, a pessoa que relata a história é a vítima e a outra parte, a culpada. Mas a experiência prova que não existe um só culpado. Pode ser que um seja mais e o outro menos culpado, mas ambos têm participação.
O provérbio de hoje fala especificamente do relacionamento matrimonial, embora o princípio possa ser aplicável a qualquer tipo de relacionamento: profissional, social ou familiar.
O princípio é: Veja a outra pessoa como se ela fosse um manancial. Espere dela sempre água pura, embora vez por outra apareça um pedregulho ou uma folha seca. Feche os olhos para os defeitos e destaque as virtudes. As pessoas geralmente são o que as outras esperam que sejam.
Cuide do manancial. A tragédia da humanidade hoje é que vive contaminando as fontes das águas. Um manancial descuidado, em pouco tempo, fornecerá água contaminada. Existem pessoas que deixaram de ser mananciais e tornaram-se poços de água amarga porque alguém atirou lixo e esgoto em suas águas limpas.
De alguma maneira, você é um líder. Tente tirar o melhor de cada ser humano. Todos têm valores e virtudes inexploradas. Seja como o mineiro. Cave fundo, mas com cuidado, porque existe o risco de que a mina desabe.
Enxergue as virtudes e enalteça-as. Corrija os defeitos com amor. Se você pedir a Deus que o ajude a agir dessa forma, a pessoa mais beneficiada será você mesmo, porque o texto diz que o manancial trará alegrias para você.
Faça de hoje um dia de busca de valores. Olhe as pessoas, não como são hoje, mas como o que podem chegar a ser se você souber encorajá-las, desafiá-las e ajudá-las.
Não comece a desenvolver as suas atividades sem passar um tempo com Deus e sem pedir que Ele o ajude a ver as pessoas como Ele vê você. “Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 24 de junho de 2013
As regras da vida
Alegrem-se e exultem as gentes, pois julgas os povos com eqüidade e guias na Terra as nações. Sal. 67:4.
Prosperidade, quem não a quer? As pessoas fazem de tudo para encontrá-la. O ser humano percorre todos os caminhos para achá-la. No salmo de hoje, nos deparamos com um povo próspero e feliz, que se alegra e exalta o nome de Deus pelas bênçãos recebidas.
Por que o Senhor concedeu àquele povo o que todos procuram e não acham? A resposta é: Aquele povo aceitou a Deus como juiz e como guia.
Imagine o futebol sem regras e sem juiz. As pessoas entram no campo para disputar uma bola. Não há regras, trave, tempo, impedimento, falta, nem chute direto. O jogo começaria, mas nunca acabaria. À medida que o tempo passasse, os jogadores ficariam cansados, iriam saindo um a um, mas quem ganharia o jogo? Aonde chegaríamos? Que sentido teria tudo aquilo?
A vida é mais séria do que um jogo; no entanto, tem gente querendo entrar nela sem regras e sem juiz. Corre de um lado para outro, trabalha, luta, se esforça, acorda de manhã, dorme à noite. E, à medida que o tempo passa, um a um vai saindo do cenário. Podem até ter feito uma “jogada extraordinária”, mas que sentido teve tudo aquilo?
O salmo de hoje apresenta um povo feliz porque aceitou as regras da vida e aceitou também o juiz. Não existe outro modo de ser feliz.
Não é fácil ser guiado. O ser humano natural quer encontrar “seu próprio” caminho, viver do jeito que bem entende, sem dar satisfação a ninguém. Confunde as coisas, chama isso de liberdade, fere-se, frustra-se e, quando percebe que tomou o caminho errado, já é tarde. A Palavra de Deus contém as regras da vida. Ignorá-las é insensatez. Negá-las é loucura.
Medite hoje nas suas atitudes com relação a Jesus. Faça dEle o centro de sua experiência. Com Jesus no coração, não tema as circunstâncias adversas que a vida pode trazer. “Alegrem-se e exultem as gentes, pois julgas os povos com eqüidade e guias na Terra as nações”.
Texto de Alejandro Bullón
Assista a TV Novo Tempo. em Taquaritinga, no Canal 52
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Revendo os passos
Não declines nem para direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal. Prov. 4:27.
A palavra “mal”, no original hebraico, é beliya’al. Significa destruição. O conselho divino de hoje é: “Retira o teu pé do mal.”
Embora o ser humano de nossos dias tenha diante de si uma infinidade de caminhos, do ponto de vista bíblico só existem dois: o bem e o mal, a felicidade e a destruição, a vida e a morte. Rejeitar um implica, de maneira natural, aceitar o outro. Ninguém pode permanecer na neutralidade.
O provérbio de hoje é o clímax do capítulo quatro, que apresenta os benefícios de viver com sabedoria. A sabedoria provê vida (verso 3), proteção (verso 6), prosperidade (verso 8), vida longa (verso 10) e evita tropeços (verso 12).
Viver com sabedoria é andar no caminho que conduz à felicidade. Todos os seres humanos desejam ser felizes. Por que muitos chegam ao fim da jornada e descobrem que desperdiçaram a vida tentando ser felizes? Para ser feliz não basta desejar, é preciso achar o caminho. Este não pode ser estabelecido pela criatura, finita e limitada por sua própria humanidade. A fonte de informação precisa ser absoluta, concreta e ilimitada. Essa Fonte é Jesus.
Quando Ele esteve na terra, Tomé Lhe perguntou: “Como saber o caminho?” E Jesus respondeu: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.” João 14:5 e 6.
Andar no caminho é andar com Jesus. Todos os dias, a toda hora, sempre. Não olhar nem para a esquerda nem para a direita significa não soltar Seu braço poderoso, não se afastar dEle, não perdê-Lo de vista e tê-Lo presente nas diferentes atividades da vida.
Viver de outro modo é caminhar rumo à autodestruição. Este é um caminho sedutor, imperceptível e dissimulado. Viver sem Cristo é entrar no mundo de sombras, confusão, tristeza e desespero.
Hoje é um dia para rever os passos. Para onde estou indo? O que motiva as minhas ações? Quais são as intenções íntimas por trás das palavras socialmente aceitáveis que meus lábios pronunciam? Preciso retirar o meu pé do mal?
Encare sem temor os desafios deste novo dia, com a certeza de que sua vida e seus projetos estão nas mãos de Deus. E lembre-se: “Não declines nem para direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal".
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Promessa de prosperidade
Deus faz que o solitário more em família; tira os cativos para a prosperidade; só os rebeldes habitam em terra estéril. Sal. 68:6.
salmista apresenta a rebeldia como a causa do fracasso e da improdutividade. Este salmo é o reflexo da experiência de Israel. Aquele povo conhecia a palavra de Deus e, no entanto, às vezes vivia como se Deus não existisse. Essa atitude é chamada de rebeldia. O significado do original hebraico, marah, aponta para o ato de desafiar a Deus. O profeta Isaías descreve da seguinte maneira a conseqüência triste da desobediência: “Porque Jerusalém está arruinada, e Judá, caída; porquanto a sua língua e as suas obras são contra o Senhor, para desafiarem a Sua gloriosa presença.” Isa. 3:8.
É trágica a conseqüência na vida de quem não leva em conta os conselhos divinos. Os israelitas acabaram espalhados por terras estranhas. A solidão, o cativeiro e o fracasso foram parte de sua história.
Existe esperança para aquele que perde tudo na vida por viver teimosamente? Há solução para uma vida desterrada e solitária? No verso de hoje, Davi descreve o sofrimento dos rebeldes e apresenta a promessa de restauração para aqueles que procuram o Senhor.
“Ele fará que o solitário more em família...” Essa não é uma referência para os solteiros. É uma promessa para os exilados. Eles tinham sido arrancados de suas famílias. Naqueles tempos, sem os meios de transporte e comunicação que hoje existem, a esperança de ver de novo os seres amados era mínima.
Essa promessa era um bálsamo curador na ferida daquelas pessoas, e continua sendo hoje para aqueles que, por desviar-se dos caminhos de Deus, perderam o amor e o respeito de pessoas amadas.
Volte os olhos a Deus e aos Seus ensinamentos. Aplique os princípios de vida à sua experiência. Experimente andar nos caminhos de Deus. Sonhos sem Deus geralmente acabam em pesadelos. Planos, sem Ele, conduzem a uma terra de lágrima, dor e cativeiro.
Não comece as atividades de hoje sem entregar seus caminhos e planos a Deus. E lembre-se: “Deus faz que o solitário more em família; tira os cativos para a prosperidade; só os rebeldes habitam em terra estéril”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 19 de junho de 2013
O resultado da soberba
Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria. Prov. 11:2.
O primeiro balanço da empresa foi extraordinário. O sol parecia brilhar na vida de Júlio César. Tinha reunido dinheiro emprestado. Vários amigos lhe estenderam a mão só para ajudá-lo. Não acreditavam que o empreendimento daria certo. Mas deu. Em poucos meses, as portas se abriram e as oportunidades apareceram. De repente, Júlio César percebeu que estava rico, e aí começaram seus verdadeiros problemas.
Magoou amigos, brigou com as pessoas que lhe emprestaram o dinheiro, humilhou, ofendeu e maltratou gente inocente. Ninguém o conhecia mais. Houve uma mudança completa na sua maneira de ser. Orgulhoso, prepotente e vaidoso, achava-se o rei do mundo e esqueceu que um dia fora uma pessoa simples, pobre e humilde.
A situação financeira que o Brasil viveu durante os anos de inflação o ajudou a enriquecer. Subitamente, porém, o quadro econômico do país mudou. E, com dor, ele teve que aceitar que nunca fora um grande empresário. Fora apenas um jogador que sabia aplicar o capital.
Ficou pobre. Tão rápido como cresceu, caiu. Revoltou-se contra Deus, contra o governo, contra a sociedade e a família. Fugia dos credores e escondia-se dos amigos. Achava que eles iriam rir de sua situação.
A vida de pobreza e limitações não era mais para ele. Acostumara-se a viver esbanjando dinheiro. Por isso, não foi difícil encaminhar-se pelas sendas da desonestidade. Lamentavelmente, ele foi preso e condenado.
Quanta sabedoria há nas pessoas que se conservam humildes, ainda que a vida as conduza às montanhas mais altas da terra! Quanta tolice deixar-se marejar pelos triunfos e vitórias. Achar-se um semideus, indestrutível e eterno. Esquecer que o homem é apenas criatura – transitória, passageira e mortal.
Saia hoje de casa para cumprir as suas atividades diárias, mas vá com humildade, lembrando-se de que “em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria”. Prov. 11:2.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 18 de junho de 2013
Recompensa para o justo
Então, se dirá: Na verdade, há recompensa para o justo; há um Deus, com efeito, que julga na Terra. Sal. 58:11.
Há uma pergunta que tem perturbado a humanidade: “Por que... Te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?” Hab. 1:13. Parece que o profeta Habacuque sintetizou em poucas palavras o clamor de muita gente diante das aparentes injustiças desta vida.
Se você for honesto, é provável que seu futuro seja pobreza, limitações e até prisão. Mas você observa à sua volta pessoas sem escrúpulos que crescem, progridem e conseguem o que desejam. A cultura de injustiça que reina neste mundo, às vezes, leva as pessoas a questionarem se vale a pena ser honesto, pontual, puro, verdadeiro, abnegado.
O tema central do Salmo 58 é o abuso do poder judicial. Alguns estudiosos acham que este salmo foi escrito por Davi quando deixou de ser rei, misturou-se ao povo e percebeu a administração errada da justiça em Israel. Isto revoltou seu espírito. Pessoas que haviam sido colocadas em lugares estratégicos, para fazer justiça ao povo, estavam promovendo a opressão, vendendo consciências e deixando que a corrupção se apoderasse da corte. Era insuportável.
Não existe frustração maior que apelar a um juiz por justiça e, diante de todas as provas em favor de sua inocência, ser declarado culpado. Ou ver que um homem público se apodera de uma grande fortuna e aproveita a sua posição para ser declarado inocente.
Davi começa o salmo de hoje perguntando: “Falais verdadeiramente justiça, ó juízes? Julgais com retidão os filhos dos homens?”
Todo o salmo está cheio de indignação. Mas, no verso de hoje, o salmista expressa a certeza de que finalmente Deus operará dando a recompensa ao justo.
Esta não é uma justiça que acontecerá na vida eterna ou quando Jesus voltar. É uma promessa para este tempo; Deus é um Deus justo e vigilante. Não existe nada oculto aos Seus olhos. Quando Ele não intervém, é simplesmente porque está aguardando o momento mais oportuno para recompensá-lo.
Guarde esta promessa em seu coração. Não permita que a decepção se apodere de você nem que o veneno da revolta destrua a sua alma. Mais breve do que imagina “se dirá: Na verdade, há recompensa para o justo; há um Deus, com efeito, que julga na Terra”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 17 de junho de 2013
O preço da loucura
O PREÇO DA LOUCURA
Os sábios herdarão honra, mas os loucos tomam sobre si a ignomínia. Prov. 3:35.
O texto de hoje diz literalmente: “Os sábios brilharão.” A palavra hebraica é ti’parah, que significa receber uma coroa brilhante. A pessoa que recebe o ti’parah recebe uma distinção especial que o diferencia das pessoas comuns. Deus promete isso para os sábios.
Sábio, no sentido bíblico, não é a pessoa que possui muito conhecimento, mas que sabe usar o conhecimento para administrar a vida. A Bíblia está cheia de conselhos que abrangem todas as áreas. A pessoa que dá ouvidos a esses conselhos é uma pessoa sábia. Ela se destacará nitidamente entre a multidão.
O lado oposto da sabedoria é necedade. No verso de hoje, Salomão se refere a ela como loucura. Só uma pessoa sem equilíbrio, sem amor pela vida, rejeita os conselhos divinos. Com esta atitude, infelizmente, “tomam sobre si a ignomínia”. O sinônimo de ignomínia é “vergonha”.
O caminho da vergonha é ilógico. As pessoas desprezam os conselhos de Deus, achando que são antiquados e obsoletos. Acreditam que descobriram um caminho melhor, seguem os seus instintos e inclinações, racionalizam os conceitos divinos, humanizam os princípios estabelecidos por Deus. Tudo isso, em nome da felicidade e da liberdade. No entanto, o fim é ignomínia e vergonha.
Que ironia! Queriam brilhar e são estrelas sem luz. Ansiavam aparecer e andam ocultos na poeira dos seus próprios erros. Ambicionavam deslumbrar e envelheceram apagados pela vergonha que seu espírito de independência lhes trouxe.
Outro contraste entre loucos e sábios é que os últimos “herdam” honra, enquanto os primeiros “tomam sobre si a vergonha”. Para herdar, você não precisa fazer nada. A herança é o fruto do amor. Os sábios não esperam nada e, no entanto, recebem tudo. Os loucos lutam para conseguir tudo e só encontram ignomínia.
Aprenda a ser sábio. Esse aprendizado leva tempo. É um processo muitas vezes demorado e doloroso. Mas vale a pena.
Não saia hoje para enfrentar os desafios da vida sem a certeza de que Jesus está no controle de sua vida. Porque: “Os sábios herdarão honra, mas os loucos tomam sobre si a ignomínia.
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Apressa-te em valer-me
Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-Te em valer-me, pois Tu és o meu amparo e o meu libertador. Senhor, não Te detenhas! Sal. 70:5.
Que seria do Universo se, por um instante, Deus deixasse de agir? Que cataclismo universal aconteceria se o Senhor Se esquecesse de Sua criação? No entanto, quando a dor visita o ser humano, o primeiro pensamento que vem à sua mente é que Deus o abandonou e não Se lembra mais de Suas promessas.
O próprio salmista expressa com veemência: “Não Te detenhas!” Ele não tem a mínima idéia da tragédia que aconteceria se o Senhor Se detivesse.
Quando o Senhor Jesus esteve na Terra, disse: “Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também.” João 5:17. Deus nunca pára, nunca se detém, jamais ignora o que acontece com Seus filhos.
Seu trabalho é diário. Protege e liberta. Seus olhos sempre vigilantes seguem os passos de cada ser humano. Ele está sempre pronto a socorrer.
O verso de hoje mostra o segredo para desfrutar o cuidado de Deus: reconhecer que você é “pobre e necessitado”. Deus não pode fazer muito por aquele que diz: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma.” Apoc. 3:17.
A suficiência própria é uma barreira intransponível entre a criatura e o Criador. O humanismo de nossos dias é atrevido e impede que as bênçãos de Deus nos alcancem.
O caminho mais curto para chegar ao trono da graça divina é reconhecer: “Eu sou um pecador. Nada de bom há em mim. Venho a Ti, carente e necessitado. Faze por mim o que eu não posso fazer por minhas próprias forças.”
Como anda sua vida financeira, familiar, profissional ou espiritual? Já lutou sozinho, tentando recuperar o controle da situação, mas parece que nada dá certo? Diga como o salmista: “Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-Te em valer-me, pois Tu és o meu amparo e o meu libertador. Senhor, não Te detenhas!”
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Ser leal
Não maquines o mal contra o teu próximo, pois habita junto de ti confiadamente. Prov. 3:29.
De todos os defeitos de caráter, com certeza a deslealdade é um dos piores. O homem desleal age na surdina, disfarça, aparenta e se finge de amigo.
Outro dia, recebi a carta de uma pessoa revoltada. Seu melhor amigo, a quem ele ajudara a ingressar na empresa, o traiu covardemente e ficou com o seu cargo. “Podia esperar essa atitude de qualquer um, menos de quem eu considerava o meu melhor amigo”, dizia.
Conversei pelo telefone com uma senhora que convidou sua melhor amiga para morar com ela por um tempo, devido aos momentos difíceis que a amiga atravessava. Quando abriu os olhos, a amiga estava tendo um caso com seu esposo. “Como pode existir gente tão fingida, mentirosa e hipócrita?”, perguntou ela.
No texto de hoje, Salomão se dirige a esse tipo de pessoas. Gente que, por inveja, insegurança, ambição ou complexo, não sabe ser leal.
A traição prejudica mais o traidor do que o traído. Qualquer dor que vem de fora passa. Pode levar um pouco de tempo, mas passa. A ferida sara e depois só restam cicatrizes. As feridas interiores são fatais. Destroem a vida lentamente.
Um dia, caí na banheira, bati a cabeça e perdi os sentidos. Quando acordei, examinei meu corpo e aparentemente estava bem. Não sangrava, não havia hematomas, nada que me chamasse a atenção. Meia hora mais tarde, tornei a desmaiar. Levaram-me ao hospital e, depois de alguns exames, fui internado de emergência. Quando o perigo passou, o médico me disse: “Se você demorasse mais para chegar aqui, teria morrido.” Por fora não tinha nada, mas por dentro estava sangrando.
O traidor sangra. Pode não saber, mas sangra por dentro. Não é feliz. Não desfruta a vida. Sua deslealdade o machuca mais do que machucou o amigo. Aquilo que consegue com a sua traição só destrói a paz do coração.
Em Jesus, há plenitude. Em Jesus, você adquire força para lutar legitimamente por seus sonhos, sem lançar mão de atitudes covardes como a traição. Em Jesus, a vida ganha dimensões altruístas.
Faça de hoje um dia de amizade leal com aqueles que o admiram e confiam em você. “Não maquines o mal contra o teu próximo, pois habita junto de ti confiadamente”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Deus cuidará de você
DEUS CUIDARÁ DE VOCÊ
Não me rejeites na minha velhice, quando me faltarem as forças, não me desampares. Sal. 71:9.
Rejeição e desamparo. Palavras terríveis. Sentimentos que estremecem as entranhas de qualquer mortal. Duras realidades de um mundo de pecado. Tudo que começa, chega ao fim. O tempo é irreversível. Implacável. Os ponteiros do relógio não param. Quando um dia você se olha no espelho, descobre que a beleza da juventude foi embora e a força da mocidade fugiu.
A maioria dos países latinos preocupa-se pouco com as pessoas idosas. Ser velho, em alguns lugares, é sinônimo de agressão. Anciãos acabam rejeitados e desamparados. No verso de hoje, o salmista não mostra preocupação pela rejeição e o desamparo humano. Não dos homens. Afinal de contas, ele disse muitas vezes nos salmos que não temeria o que o homem pudesse lhe fazer. A sua preocupação é com Deus. É isso o que realmente conta.
A vida com Cristo é bela e gratificante em todas as suas etapas. Ser criança tem suas vantagens e desvantagens. Você pode dormir e brincar o dia todo sem preocupação, mas não pode ir aonde quer. A juventude chega trazendo suas coisas boas e más. Você toma suas próprias decisões, tem força, energia, pode escalar o pico mais alto ou mergulhar nas águas cristalinas do mar à procura de corais. Mas não tem a experiência que só a vida dá. Muitas vezes você paga um preço muito alto por isso.
Um dia, a velhice chega. Aposentado, você vê suas responsabilidades cumpridas e seus filhos grandes e prósperos. Mas sente o peso dos anos. A visão se apaga, a audição diminui e as forças minguam.
Essa é uma realidade da qual ninguém escapa. Você precisa de sabedoria para administrar a velhice e desfrutar as coisas boas que a vida lhe reserva. O que importa é o que Davi pede no salmo de hoje: “Não Te ausentes de mim, ó Deus.” Verso 12.
Uma vida sem Deus é uma vida vazia, oca e sem sentido. Uma velhice sem Ele é uma tarde cinzenta. Anuncia a chegada de trevas, solidão e desamparo. Vale a pena viver cada minuto da existência em comunhão com o Deus da vida.
Hoje, não importa que etapa da vida você esteja vivendo, diga em seu coração: “Não me rejeites na minha velhice, quando me faltarem as forças, não me desampares”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 11 de junho de 2013
Quem escapa?
A falsa testemunha não fica impune, e o que profere mentiras não escapa. Prov. 19:5.
Dois pensamentos destacam-se no texto de hoje. O primeiro é: toda ação tem uma reação. A falsa testemunha recebe o castigo. O segundo é: o mentiroso não vai longe. Mais cedo ou mais tarde, é descoberto e exposto à vergonha.
Ambas as atitudes, o testemunho falso e a mentira, têm raízes egoístas. A testemunha falsa vende sua consciência por dinheiro ou algum outro tipo de vantagem. Uma senhora, vítima de atropelamento, declarou no leito de morte que o testemunho que havia dado no tribunal, anos atrás, e que destruiu a vida de uma pessoa, tinha sido comprado e ela queria pedir perdão à vítima. O gerente de uma grande empresa chegou ao topo da instituição usando mentiras. Entre elas, estava o fato de que nunca tinha acabado o curso de administração. Seu título era falso.
No caso da mulher, o resultado de vender a consciência teve como conseqüência desespero e angústia na hora da morte. No segundo caso, o resultado final foi a vergonha a que foi exposto quando se descobriu a mentira.
Se os motivos de ambos eram egoístas, se ambos buscavam benefícios e lucro, por que tiveram um final triste?
O verso de hoje responde a essa pergunta. Tudo tem um preço. Todo ato, uma conseqüência. No momento pode parecer que dá lucro, mas o tempo é juiz implacável. A pintura de fora caiu e, de repente, você se depara com a realidade grotesca.
A verdade é dolorosa. Mas não fuja dela. Fugir da verdade é fugir da realidade e cair num poço sem fundo. Nessa queda vertiginosa você perde a noção das coisas. Confusão, angústia, tormento diário. Você se incapacita para enxergar as pequenas satisfações que a vida lhe apresenta. A dor de ser ou não ser o asfixia. Sua personalidade fica distorcida e sua identidade se desfigura. Quem é você? Aquele que as pessoas acham ou aquele que você é? Como pode ter paz? Como ser feliz se só existe confusão dentro de você?
Em Jesus, as dores acabam. Diante dEle ninguém precisa aparentar. Ele é a Verdade e a Vida. Tendo a Jesus em seu coração, seus pés caminharão na verdade e seus lábios não proferirão mentiras. Pense nisso, porque “a falsa testemunha não fica impune, e o que profere mentiras não escapa”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Por que sofrer?
Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem. Sal. 32:9.
O pecado é paradoxal. Destrói e ensina. Abre feridas que são capazes de matar e, no entanto, deixam marcas que ficam como agentes de instrução. Davi sabia muito bem como o pecado pode destruir e ensinar.
No Salmo 51, que é uma oração de arrependimento, o salmista promete a Deus: “Ensinarei aos transgressores os Teus caminhos, e os pecadores se converterão a Ti.” Sal. 51:13. Davi está disposto a ensinar com sua trágica e dolorosa experiência.
No salmo de hoje, ele cumpre a sua promessa. É um salmo de instrução. O primeiro de doze salmos desse tipo.
A preocupação do salmista aqui é que você e eu aprendamos a maior lição que alguém pode aprender: o pecado destrói o que toca; portanto, fuja dele.
Davi sabia o que falava. Tinha passado noites inteiras sem dormir, atormentado pelo peso da culpa e dias de angústia e desespero, castigado pela própria consciência. “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo dia. Porque a Tua mão pesava dia e noite sobre mim”, afirma ele nos versos 3 e 4.
Ele aprendera a lição, a duras penas, com dor e lágrimas. E depois de ter passado por essa experiência trágica, aconselha. “Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento.”
Qual é a diferença entre o animal e o ser humano? A liberdade. O homem pode escolher e decidir. O animal é apenas um escravo dos seus instintos. Mas até os animais rejeitam às vezes coisas que os prejudicam. Já o ser humano, sendo livre, insiste em andar por sendas que o levarão para a destruição.
Cavalo e mula. Duas figuras interessantes. O cavalo tem a tendência natural de correr para longe. A mula empaca. Figuras da natureza que Davi usa para instruir.
Hoje é um dia de decisões para você. Decisões para a vida ou para a morte, e você é livre para sofrer, para errar, para chorar, ou para viver feliz ao lado das pessoas que ama.
Vá com Deus pelos caminhos desta vida. Saia com a lição que o salmista ensina. Eu quero tomar o conselho para mim, hoje: “Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem”. (Alejandro Bullón)
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Os perigos do crédito
Quem fica por fiador de outrem sofrerá males, mas o que foge de o ser estará seguro. Prov. 11:15.
A palavra original hebraica que se traduz por “outrem”, no texto de hoje, significa literalmente “estranho”, alguém que você não conhece ou conhece pouco. Não é prudente ser fiador de um desconhecido, embora muitas vezes você só conheça realmente uma pessoa quando lhe dá dinheiro ou poder.
Existe algo fascinante, misterioso e ofuscante com o dinheiro. Ele cega, confunde e corrompe muita gente. Amizades foram desfeitas, famílias destruídas e relacionamentos rompidos porque alguém foi avalista de uma pessoa que dizia ser amiga.
O texto de hoje não tem que ver simplesmente com o ato de ser fiador de outro. O tema de fundo é o mau uso do crédito. Não existe base bíblica para afirmar que o uso do crédito seja errado, mas existem abundantes conselhos sobre o sábio uso do dinheiro. Quando você pede dinheiro emprestado, se coloca numa situação de dependência que não é saudável.
A cultura dos nossos dias é consumista. A propaganda tem como propósito vender o que você nunca imaginou comprar. Existe algo de cruel na publicidade, que cria em você necessidades que não existem. A pessoa sente-se infeliz e miserável por não poder comprar o que vê na televisão ou no jornal, e acaba gastando o dinheiro que não tem.
O cartão de crédito e o cheque especial facilmente se tornam passaportes para a autodestruição. As dívidas se transformam numa bola de neve que aumenta de dimensão à medida que o tempo passa.
O conselho de hoje é: Não pense que a melhor ajuda que você pode oferecer a uma pessoa que está se afogando no mar das dívidas é emprestar-lhe dinheiro ou ser fiador dela. A melhor saída nessas circunstâncias é ela parar e reavaliar o sistema de vida e as prioridades. Ver onde está sendo gasto o dinheiro. Depois, confiar em Deus, clamar, ser fiel a Ele na administração dos recursos financeiros e acreditar que Deus pode colocar em ordem a escala de valores e prioridades para sair da situação na qual se encontra.
Lembre-se: “Quem fica por fiador de outrem sofrerá males, mas o que foge de o ser estará seguro”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 6 de junho de 2013
A tormenta passará
Levanta-Te, ó Deus, pleiteia a Tua própria causa; lembra-Te de como o ímpio Te afronta todos os dias. Sal. 74:22.
O salmo de hoje ensina como orar quando a aflição bate à porta do coração e dá a impressão de que Deus está sendo cego e surdo diante dos acontecimentos. Existe gente que não tem Deus em conta. Caçoa da fé dos que buscam ao Senhor. Às vezes, é o professor universitário ridicularizando você na sala de aula, ou o chefe incrédulo rindo dos seus princípios, ou o patrão sem escrúpulos querendo que você concorde com algo que vai contra a sua consciência.
Este é outro dos salmos escritos por Asafe. Pelo contexto, entendemos que ele viveu num momento da história de Israel em que o exército inimigo tinha destruído o santuário. Qual é a mensagem deste salmo para você hoje, diante de inimigos que perseguem seu corpo, mas tentam chegar também ao santuário do seu ser, que é a sua consciência?
O alvo final dos ataques do inimigo não é você. O verdadeiro sofrimento que os filhos de Deus experimentam não é físico. O inimigo de Deus quer deturpar o caráter de Deus. Levar você a pensar que Deus não Se interessa por seus problemas, que Ele é injusto, ao permitir que aconteçam tragédias na sua vida.
A maioria dos seres humanos não percebe esse propósito maligno do inimigo. Mas o salmo de hoje mostra que Asafe entendeu. Por isso, ele clama: “Levanta-Te, ó Deus, pleiteia a Tua própria causa.”
Cada vez que a dor chega à sua vida, está em juízo a soberania de Deus. Seu amor, Sua misericórdia e o Seu caráter justo são julgados. Essa é a explicação existencial para o sofrimento dos inocentes.
Todos os dias há milhões de seres angelicais observando a reação do ser humano diante da dor. O que fará? Amaldiçoará a Deus, como deseja o inimigo, ou se esconderá nos braços de Jesus até que a tormenta passe?
O momento doloroso que você está vivendo agora tem explicação à luz do conflito universal entre Cristo e Satanás. Mas a promessa divina é certa. Deus não Se esqueceu de você e, mais cedo do que imagina, o inimigo terá que engolir toda a dor e tristeza que lhe causou.
Com essa certeza, enfrente as dificuldades e clame como Asafe: “Levanta-Te, ó Deus, pleiteia a Tua própria causa; lembra-Te de como o ímpio Te afronta todos os dias”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Não adie a bondade
Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo. Prov. 3:28.
Por que alguém diria ao seu próximo “volte amanhã” se tem condições de ajudá-lo hoje? A única razão é que não deseja fazê-lo. Nesse caso, por que não dizer simplesmente: Não! A resposta desse vizinho talvez fosse de que está usando de delicadeza, esperando que o próximo entenda que não vai ser ajudado e o deixe em paz. Para muitos, essa pode ser uma maneira sutil de livrar-se de um “problema”. Para Deus, é falta de sabedoria. Mais cedo ou mais tarde, a própria pessoa é vítima de sua “esperteza”. Nada destrói mais a alma do que a sensação do dever não cumprido.
Há dois assuntos em questão no texto de hoje. O primeiro é: Ajude sempre que você puder. Você será a pessoa mais beneficiada. Era um dia quente em Samaria, quando um peregrino aproximou-se de uma mulher solicitando ajuda: “Dá-Me de beber”, lhe disse. A samaritana podia ajudar. Tinha um balde para tirar água e dar de beber àquele cansado peregrino. Mas duvidou, hesitou, argumentou e, como está relatado, quase perdeu a grande oportunidade de viver a mais extraordinária experiência de sua vida. Jesus não estava pedindo água simplesmente porque Ele precisasse. Ele é o dono de todas as fontes das águas. Jesus pediu-lhe de beber porque queria ajudá-la e reafirmar o princípio de que, quando você ajuda, você é a pessoa mais beneficiada.
Outro ponto em questão é o fato de pensar que você está sendo gentil quando faz uso da mentira em nome da “delicadeza”. Se o homem descrito por Salomão no verso de hoje dissesse não, o próximo com certeza procuraria outros caminhos para solucionar o seu problema. Mas, ao ouvir a falsa promessa, a pessoa não é apenas deixada sem ajuda, como também é prejudicada.
Sabedoria não é livrar-se dos problemas da maneira mais “elegante”. Isso é omissão. E a omissão gera um vazio inconsciente que perturba a alma e incomoda a vida.
Este é mais um dia para você. Vai sair por aí, tentando evitar os problemas ou vai fazer tudo o que vier às suas mãos para fazer? Nada é tão bom como chegar à noite com a consciência do dever cumprido. Com a ajuda de Deus, faça de hoje um dia de realizações. “Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 4 de junho de 2013
No tempo de Deus
E minha alma se regozijará no Senhor e se deleitará na Sua salvação. Sal. 35:9.
Você já foi vítima de uma injustiça? Alguém tenta destruí-lo e você está chegando ao seu limite? Se é assim, entenderá o que Davi sentia quando escreveu este salmo.
“Levantam-se iníquas testemunhas e me argúem de coisas que eu não sei”, lamenta-se no verso 11. E continua: “Pagam-me o mal pelo bem... como vis bufões em festins, rangiam contra mim os dentes.” Versos 12 e 16.
O que você faria nessas circunstâncias? Davi escreveu este salmo, conhecido como um dos quatro salmos imprecatórios. Imprecar é desejar o mal para o inimigo. O Salmo 109 é o pior deles. Alguns comentaristas contam pelo menos trinta maldições nele.
Acho que é muito humano querer ver o inimigo engolindo seu próprio veneno. É humano, digo. Não cristão. Jesus veio para ensinar-nos um caminho melhor. “Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” Mat. 5:44. E Paulo confirmou: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados... a Mim Me pertence a vingança; Eu é que retribuirei, diz o Senhor.” Rom. 12:19.
Por esse motivo, escolhi o verso de hoje para a sua meditação. Nele, encontra-se retratada a atitude de Cristo diante das injustiças.
O contexto em que Davi escreveu este salmo é narrado no livro de Samuel, da seguinte maneira: “Tomou, então, Saul três mil homens... e foi ao encalço de Davi e dos seus homens. ... Chegou a uns currais de ovelhas no caminho, onde havia uma caverna; entrou nela Saul. ... Ora, Davi e os seus homens estavam assentados no mais interior da mesma.” I Sam. 24:2 e 3.
Aquele era o momento. Saul estava nas suas mãos. Inclusive, os soldados de Davi lhe disseram: “Hoje é o dia do qual o Senhor te disse: Eis que te entrego nas mãos o teu inimigo, e far-lhe-ás o que bem te parecer.” Verso 4.
Se Davi tivesse tomado a justiça nas mãos, talvez na hora sentisse o “gostinho” da vingança. Mas, depois, teria experimentado o amargo sabor da culpa.
Davi preferiu esperar. Deus tinha-lhe prometido o reino, e Ele, a Seu tempo, lhe daria. Aquele que deixa a justiça nas mãos do Senhor nunca fracassa.
Por isso, diante das piores injustiças que você estiver sofrendo, permita que Deus aja em seu favor, e sua “alma se regozijará no Senhor e se deleitará na Sua salvação”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Em quem você confia?
Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem. Prov. 11:28.
Augusto e Adela formavam um casal aparentemente feliz, até que Adela conheceu o evangelho e deparou-se com princípios de vida que ignorava. Augusto acreditava que Adela era ingênua demais para acreditar nas “tolices” antigas da Bíblia.
Juntos tinham construído uma grande fortuna. Mas Adela reconhecia que não teriam conseguido todo esse dinheiro se não tivessem entrado no terreno da desonestidade, da mentira e da boa-fé das pessoas – coisas que não estava mais disposta a praticar, agora que conhecia os princípios espirituais e morais que a Bíblia ensina.
Foi aí que começaram as discussões e desavenças. Ambos moravam na mesma casa e eram proprietários da mesma empresa, mas possuíam conceitos completamente diferentes da vida e dos negócios. A situação ficou insustentável, e a conseqüência natural foi o divórcio.
Adela ficou insegura com a separação. Tinham dois filhos pequenos e, embora tivesse feito tudo para salvar o casamento, chegou à conclusão de que, se quisesse ser leal à sua consciência e a Deus, teria que aceitar aquela solução inevitável.
Augusto aproveitou-se da fragilidade da esposa e dos princípios que agora orientavam a vida dela, e apoderou-se da empresa, deixando-a praticamente na miséria. O único Deus que ele reconhecia era o dinheiro, e o tinha em abundância. Em seu coração, não havia lugar para a generosidade, nem para a compreensão. Argumentava que a esposa estava vivendo a vida que escolhera para si.
O tempo passou. Cinco anos. No início, Adela parecia grama seca e sem vida. Parecia. A realidade era outra, porque acreditava nas promessas divinas e estas diziam que ela “reverdeceria”. E assim foi. Começou outra empresa nos fundos de sua casa, com a ajuda de alguns vizinhos. Hoje, possui uma florescente empresa de alimentos pré-cozidos.
Augusto faliu, vítima de suas ambições desmedidas. Você não acha que vale a pena pensar na experiência de Augusto e Adela? Sim, porque “quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem”.
Texto de Alejandro Bullón
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