terça-feira, 14 de agosto de 2012

Sábio de coração

O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios vem a arruinar-se. Prov. 10:8. O coração não sente. É apenas um músculo cuja principal função é bombear o sangue para levar vida ao corpo. O coração, no entanto, é usado para simbolizar o lugar mais secreto do ser. Ele não gera só a vida, pode também gerar a morte. A pessoa sábia faz do seu coração um cofre para guardar os mandamentos de Deus. Esses não são apenas obrigação e dever. São os conselhos de amor para tornar a vida uma experiência gratificante. Os mandamentos são instruções que mostram o caminho e orientam o extraviado. São sinais de trânsito ao longo da estrada, advertindo das curvas perigosas e dos defeitos da pista. Pessoas sábias seguem as regras porque sabem que a obediência a elas garante o êxito da jornada. A desobediência é fatal. Conduz à morte. Na Bíblia, a desobediência é chamada de pecado. Em grego, pecado significa errar o alvo. Pessoas que se recusam a obedecer aos mandamentos podem até ser bem-intencionadas, ao procurar caminhos melhores para chegar ao porto desejado, mas estão condenadas a errar o alvo. A conseqüência é que “vem a arruinar-se”, afirma o texto. Em hebraico, o verbo “arruinar-se” provém da mesma raiz do substantivo “podre”. Uma fruta podre torna-se inútil, dispensável, e seu último lugar é a lixeira. Ninguém, em pleno uso da razão, deseja esse final para a história que está escrevendo. Todos buscam sucesso e correm atrás do êxito, mas erram o alvo. As boas intenções não são garantia de chegar ao destino certo. Os sentimentos humanos são traiçoeiros. Ai da criatura que se deixa governar por eles. Você tem nas mãos os mandamentos divinos. O que fará? Filosofará em torno deles? Tentará adaptá-los à cultura que o rodeia ou lhes obedecerá com humildade na sua peregrinação rumo ao alvo? Viva este dia com sabedoria. Seja submisso ao Deus da vida. Entregue nas mãos do Senhor seus sonhos e planos, e lembre-se de que: “O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios, vem a arruinar-se”. Texto de Alejandro Bullón

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