segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Do Senhor é o reino
Pois do Senhor é o reino, é Ele quem governa as nações. Sal. 22:28.
A carta de Joana trazia o lamento de uma mulher que tinha perdido a auto-estima, a ponto de achar que estava sobrando neste mundo. Maltratada pelo esposo e desprezada pelos filhos, achava que não tinha valido a pena gastar-se ao longo da vida procurando a felicidade das pessoas que amava.
“Deus Se importa comigo?”, era a pergunta dramática da angustiada mulher. Ao escrever este devocional, penso que, de uma maneira ou outra, por um motivo ou outro, existem muitas Joanas nesta vida. Homens e mulheres, jovens e velhos, ricos e pobres que se perguntam: “Deus Se importa comigo?”
No salmo de hoje, Davi apresenta o Messias, o Senhor Jesus Cristo, como o possuidor do reino e Aquele que governa as nações. A palavra hebraica que se traduz como governar é mashal, que significa reger, dominar, controlar.
Deus está no controle do Universo, dos reinos e das nações. É verdade que esse salmo profetiza o governo eterno do Messias por ocasião de Sua segunda vinda. Mas é verdade também que hoje, embora muitas vezes tenhamos a impressão de que as coisas e as circunstâncias escaparam do controle divino, Deus continua governando. Por trás dos instrumentos humanos, o Senhor continua com as rédeas do Universo e das vidas nas Suas mãos.
Portanto, a pergunta de Joana tem resposta: Sim. Deus não apenas Se importa com você, como está no controle das circunstâncias que envolvem a sua vida. Nada acontece por acaso. Tudo tem um propósito divino.
Continue a navegar, destemido, pelo turbulento mar da existência. Mesmo que a bússola quebre e o leme pare de funcionar, mesmo que a noite seja escura e pareça que seu barco vai naufragar, continue adiante porque Deus é seu guia. Se ele pode controlar os reinos e governar as nações, por que Se esqueceria de você?
Hoje é um novo dia. Um dia a mais para acreditar, para lutar e para sair à procura dos sonhos porque, se é verdade que Deus provê o alimento para cada passarinho, é também verdade que o passarinho precisa voar à procura dele. Mas lembre-se: “Do Senhor é o reino, é Ele quem governa as nações”.
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Coração misterioso
Como águas profundas, são os propósitos do coração do homem, mas o homem de inteligência sabe descobri-los. Prov. 20:5.
A nota era simples e ao ponto: “Vou embora porque nem eu me compreendo. O meu coração é um mar de confusões.” A família chorou. Foi um golpe imprevisto. Segundo as pessoas mais próximas, ninguém imaginaria que aquele jovem, aparentemente alegre e feliz, que na noite anterior participava de uma festa de aniversário, estaria pensando em cometer suicídio.
Evidentemente, os propósitos do coração daquele jovem eram “águas profundas”. O próprio Jeremias diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” Jer. 17:9. O profeta está descrevendo o coração de todos os seres humanos em seu estado natural.
“Nunca poderia imaginar que o homem a quem confiei a vida e com o qual me casei seria capaz de cometer essa monstruosidade”, disse chorando uma mãe ao descobrir que seu esposo tinha abusado da própria filha. Como explicar o fato de pessoas comprometidas com a religião estarem envolvidas em escândalos sexuais? Como entender que um ser humano racional promova atos de violência que animais seriam incapazes de cometer? Enganoso e incompreensível é o coração humano. Sua tendência é o mal.
Mas existe uma promessa: “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne para que andem nos Meus estatutos, e guardem os Meus juízos, e os executem; eles serão o Meu povo, e Eu serei o seu Deus.” Ezeq. 11:19 e 20.
O verso de hoje diz que o homem inteligente sabe descobrir os propósitos misteriosos do coração natural. Como faz isso? Quando busca a palavra de Deus, descobre a natureza real do coração. Então, muitas coisas que você não entendia acerca de suas próprias incoerências passam a ter sentido. Você percebe que sua conduta não precisa apenas de uma nova orientação, mas que seu coração precisa ser transformado para que, em lugar de ser um poço de águas escuras, torne-se um manancial de água pura.
Jesus está pronto a realizar esse milagre em sua vida. Não se esqueça: “Como águas profundas, são os propósitos do coração do homem, mas o homem de inteligência sabe descobri-los.”
(Alejandro Bullón)
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Deus se importa
Por que razão despreza o ímpio a Deus, dizendo no seu íntimo que Deus não Se importa? Sal. 10:13.
Um amigo biólogo, professor universitário e formado pela Universidade de Harvard, disse-me: “Quanto mais observo e estudo a natureza, considero que não existe razão para duvidar da existência de Deus.” Por que motivo, então, há pessoas que não acreditam em Deus?
A história tem mostrado que a única razão para rejeitar a existência divina é a rebeldia natural do ser humano. A natureza pecaminosa não aceita voluntariamente nenhum tipo de autoridade. Por que haveria de submeter-se a um Deus que não se pode ver nem tocar?
O verso de hoje fala do ímpio. Ele acha que Deus não Se importa com as coisas que acontecem neste mundo. Ele pensa que nunca terá que prestar contas da vida que recebeu e desperdiçou. A palavra hebraica para ímpio é beliyâal, que significa mau, perverso, mas que também significa morte. Isto é espantoso! Ser mau, escolher o caminho da perversidade, já implica escolher o caminho da morte.
Em 1844, nasceu na Europa um homem chamado Friedrich Nietzsche, filho e descendente de ministros evangélicos. Seu pai morreu quando ele ainda era criança. Na mocidade, ele se rebelou abertamente contra a fé da família. Com blasfêmia, redefiniu a Trindade como Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o diabo. Sua filosofia de vida foi terrível tanto para ele quanto para a sociedade. Um dos seus livros, influenciou muito na maneira de pensar de Hitler.
Nietzsche ensinou que o cristianismo é um dos piores flagelos do mundo e proclamou a plenos pulmões: “Deus está morto! Deus está morto! Deus está morto!” Evidentemente, Nietzsche foi um homem ímpio, um Beliyâal, e sua própria rebeldia determinou sua morte. Morreu louco. Na sua sepultura, alguém escreveu o seguinte: “Deus está morto!” (assinado) Nietzsche. “Nietzsche está morto” (assinado) Deus.
Deus sempre tem a última palavra. Ele existe. É eterno e está acima da incredulidade humana. Esse Deus maravilhoso está hoje desejoso de participar na sua vida. Ele Se interessa por você, por seus filhos, por seu casamento, por sua vida profissional e financeira. Está aí, perto de você, pronto para ouvi-lo e socorrê-lo. “Por que razão despreza o ímpio a Deus, dizendo no seu íntimo que Deus não Se importa?”
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Tudo tem um preço
O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca. Prov. 19:24.
Pedro Lima, amigo de velhos tempos, contou-me que encontrou um camponês – dono de um bom pedaço de terra – sentado, fumando um cigarro de palha e queixando-se de sua terrível situação financeira.
– Aqui dá milho? – perguntou Pedro.
– Dá não, sinhô. – respondeu o camponês, com o seu sotaque típico do interior.
– Dá mandioca?
– Dá não, sinhô.
– Dá soja, feijão, alguma outra coisa?
– Dá não, sinhô.
– Mas você já plantou?
– Plantei não, sinhô.
Pode-se colher algo que não foi plantado? É possível passar a vida lamentando a triste “sorte” e esperando de braços cruzados que o “destino” seja misericordioso com a gente. “O preguiçoso mete a mão no prato”, afirma Salomão. Ele deseja, anseia, quer, sonha e espera, como todo ser humano. Vê o prato das oportunidades ao seu alcance. Contempla como os outros fartam-se com os manjares deliciosos da prosperidade, felicidade e do êxito. Ele até coloca a mão no prato, mas não se dá ao trabalho de levar a comida à boca. Quer que tudo aconteça por acaso.
A sabedoria leva a pessoa a entender que todo sonho tem um preço e que o preço do sonho é o trabalho. Construir um casamento feliz, por exemplo, requer esforço. O caminho mais fácil é o divórcio. Ser aprovado num exame, requer horas de estudo. A desculpa mais simples é dizer que a prova estava muito difícil. Educar filhos moral e emocionalmente sadios requer horas de paciência e dedicação. A saída mais atrativa é achar que providenciando recursos materiais para os filhos, a paternidade foi cumprida. Fazer dinheiro é fruto do trabalho e do domínio próprio. A solução mais cômoda é jogar na loteria.
A figura que Salomão usa para descrever o preguiçoso é engraçada. Mas, usando a ironia, mostra a realidade de muita gente que não está disposta a pagar o preço dos sonhos. Dá trabalho? Sem dúvida! É difícil? Certamente! Mas lembre-se do provérbio: “O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de levar à boca.”
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Quem?
Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no Seu santo lugar? Sal. 24:3.
O drama que Rudy vivia é o drama de muitos cristãos. Ele sabia tudo aquilo que devia fazer e conhecia também o que não devia fazer. Sua tragédia consistia no fato de não conseguir viver à altura dos princípios que conhecia, por mais que se esforçasse por fazê-lo. Ultimamente tinha chegado à conclusão de que era “impossível” viver a vida cristã.
O Salmo 24, do qual tiramos o texto para hoje, era cantado antifonalmente, enquanto a arca era levada para Jerusalém. Os sacerdotes perguntavam cantando: “Quem subirá ao monte do Senhor?” E o povo respondia em coro: “O que é limpo de mãos e puro de coração” (versos 3 e 4).
Embora o monte santo naquele tempo fosse Sião, ele simboliza sem dúvida nenhuma o Céu. Neste sentido, a pergunta seria: “Quem subirá ao Céu com Jesus para permanecer eternamente na presença do Pai?” A resposta é um requisito impossível de ser cumprido da perspectiva humana: “O puro de coração.”
Você pode limpar seu corpo, lavar suas vestes, desinfetar sua pele; mas, e o coração? Em certa ocasião, Deus afirmou através de Jeremias: “Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa, continua a mácula da tua iniqüidade perante Mim.”
Ninguém neste mundo pode purificar o coração e as intenções íntimas. A cultura e a educação humanas podem ajudar-nos a disfarçar, aparentar e dissimular os desejos ocultos. Podem refinar as nossas atitudes externas, mas não podem purificar o coração. E na presença do Senhor só permanecerão os limpos de coração. Ao santo monte só subirão os puros na intimidade de suas intenções.
Quando Jesus falou aos Seus discípulos acerca das mansões celestiais que Ele iria preparar, Tomé perguntou ansioso: “Como saber o caminho?” A resposta do Mestre foi: “Eu sou o caminho, .... ninguém vem ao Pai senão por Mim.” João 14:5 e 6.
Só Deus nos qualifica para entrar na presença do Pai. Tudo o que você e eu precisamos fazer é ir a Jesus e viver em comunhão com Ele.
Por isso, diante da pergunta: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no Seu santo lugar?” Responda: Pela graça de Jesus, e em Seu nome, espero estar lá.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Edificando a vida
A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba. Prov. 14:1.
Natal é tempo de luzes, alegria e colorido. Já vi arranjos natalinos deslumbrantes. Nova Iorque é uma das cidades que muda de cara na época do Natal. Dá a impressão de ser uma cidade invadida por luzes mágicas. Em Riverside, Califórnia, o lar de Jorge e Lina também é um espetáculo deslumbrante cada mês de dezembro. Lina tem um dom especial e um gosto excelente. Adorna o interior de sua casa de modo que os sonhos de qualquer criança se tornam realidade. Lina é uma mulher que “edifica sua casa”.
As duas palavras chaves do texto de hoje são “edificar” e “derribar”. É fácil derribar. Basta pegar uma marreta e bater. Difícil é edificar, pois requer paciência, tempo e perseverança. Jorge e Lina contam que decorar a casa lhes toma um mês de trabalho. Jorge se encarrega de colocar as luzes exteriores e Lina cuida do interior. Desmontar tudo lhes toma apenas três ou quatro dias.
A vida é o desafio de levantar uma bela construção. Nada acontece por acaso. É preciso prestar atenção aos mínimos detalhes. Muitas pessoas escondem sua vida sem alegria nem colorido atrás da palavra destino, mas o destino não é um assunto de simples oportunidade ou de sorte, e sim de escolha. A edificação pronta não é algo que se consegue apenas esperando. É preciso trabalhar.
Interessante que o autor do provérbio de hoje destaca a expressão “com as próprias mãos”. Ninguém é culpado da derrota a não ser o próprio derrotado. A responsabilidade é pessoal. Deus lhe dá os recursos, mas é você quem edifica ou derriba.
No longo caminho da edificação pode haver momentos de desânimo e cansaço. Pode haver pequenas frustrações; muitas vezes você pode ter a impressão de que a meta está distante, mas nenhuma derrota chega só porque algo não deu certo, e sim porque você desiste e abandona.
Hoje é um novo dia na história deste mundo e pode ser também um novo dia na sua experiência. Não desista. A edificação da vida não é um evento, mas um processo. Pouco a pouco, passo a passo, com os olhos fixos em Deus e as mãos no trabalho, você verá finalmente suas obras acabadas, deslumbrantes e bonitas. Não se esqueça: “A mulher [ou o homem] sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba.”
Texto de Alejandro9 Bullón
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Até quando?
Até quando, Senhor? Esquecer-Te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o Teu rosto? Sal. 13:1.
A pergunta de Davi é uma que nós fazemos com freqüência, em tempos de dificuldade. O salmista se fez esta pergunta seis vezes. Até os mártires do evangelho perguntaram: “Até quando, ó soberano Senhor?” Apoc. 6:10.
Sei que há momentos tão escuros na vida que, humanamente, sentimos que Deus Se esqueceu de nós. Davi passou por muitos momentos assim. Quando ele escreveu este salmo, estava fugindo de Saul. Eram tempos difíceis. Um dia, até chegou a dizer: “Há um passo entre mim e a morte”. I Sam. 20:3.
De quem você está fugindo hoje? Que problema tenta esquecer? Que tipo de pressões enfrenta? Porventura já veio à sua mente que a única saída poderia ser abandonar tudo e desaparecer? Você olha para todo lado e não vê luz? Clama e dá a impressão de que Deus não responde?
Todos os dias precisamos aprender a lidar com os sentimentos. Eles, com freqüência, são traiçoeiros. Quando estamos bem, nos fazem sentir que estamos mal e vice-versa. Distorcem a realidade. Colocam uma venda em nossos olhos e nos impedem de enxergar a mão poderosa de Deus.
Outro dia, minha esposa e eu voamos de Charlotte para Saint Louis. O céu estava escuro e chovia bastante. Quando a aeronave começou a ganhar altura, vimos algo que nos ensinou uma grande lição. O avião tremeu ao atravessar as nuvens, mas em poucos minutos voava num céu azul e calmo, onde o sol brilhava em todo o seu esplendor.
Ah!, meu amigo, pode ser que neste momento a sua vida pareça rodeada de nuvens escuras, mas não se esqueça de que, por cima delas, o sol brilha. Não há nuvem, nem tempestade capaz de apagar o sol.
Portanto, não se desespere. Se Deus, na Sua infinita sabedoria permite que você viva o momento que está vivendo, é porque tem algo maior e melhor para você. Espere um pouco e o sol brilhará de novo. Deus não Se esqueceu de você. Não dorme nem dormita. Continua vigilante. Portanto, não se pergunte como Davi: “Até quando, Senhor? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o Teu rosto?”
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Olhe bem
Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti. Prov. 4:25.
Foi apenas um segundo de distração e meu carro saiu da estrada. O acidente poderia ter sido fatal se não fosse a mão misericordiosa de Deus. Depois que o susto passou, agradeci ao Senhor e lembrei-me de uma expressão que a minha mãe repetia quando eu era garoto: “Menino, olhe por onde anda!”
Olhar para o caminho, não se distrair, não tentar fazer duas coisas ao mesmo tempo é básico para chegar com sucesso ao fim do caminho, e esta vida é um caminho. É uma longa jornada que começa no dia em que nascemos. É uma estrada cheia de obstáculos, perigos, dificuldades e desafios.
O provérbio de hoje enfatiza o verbo olhar. Em hebraico, é o verbo nabat, que significa olhar, considerar, perceber, advertir. Embora comumente se use nabat dentro da conotação física, essa palavra é usada com freqüência num sentido figurado para expressar uma percepção espiritual. Afinal de contas, o propósito dos conselhos divinos não é apenas que não tropecemos aqui, mas que cheguemos vitoriosos ao glorioso destino.
Existem muitos motivos de distração ao longo desta vida. Vozes. Muitas vozes. Luzes. Filosofias atrativas. Estímulos fascinantes. Por isso, em Provérbios 4, Salomão aconselha que haja uma concentração completa do ser inteiro, afim de não se afastar da senda correta. Que “os teus olhos olhem direito”, adverte. Mas não apenas os olhos, os ouvidos também (v. 20) e o coração (v. 21) e as pálpebras (v. 25) e os pés (vs. 26 e 27).
Algum relacionamento seu anda mal? Alguma coisa não está funcionando como deveria na sua vida profissional, familiar ou pessoal? Então, olhe. Não com os olhos, mas com a alma. Pergunte a si mesmo, no íntimo do coração: “Estou andando no caminho certo? Ou em algum momento, em alguma circunstância, perdi o rumo?” Perder o rumo é perder o controle, e perder o controle pode ser fatal, não apenas para você, mas para tanta gente que vive ao seu redor.
Antes de sair de casa hoje, volte os olhos para os conselhos divinos. Estenda a mão em direção a Deus e deixe-se guiar. A vida é mais segura quando o guia é alguém que não pode errar. Tenha um bom dia e que “os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
O caminho da humildade
Guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o Seu caminho. Sal. 25:9.
Você já encontrou uma pessoa orgulhosa e justa? O orgulhoso acha que sabe tudo. Não aceita conselhos. Sua vida está tão cheia dele mesmo que não existe lugar para Deus. Como Deus pode guiar uma pessoa orgulhosa? E como essa pessoa pode ser feliz se a felicidade consiste em andar nos caminhos de Deus?
O apóstolo Pedro disse, em certa ocasião: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a Sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte.” I Ped. 5:5 e 6.
Como Deus exalta uma pessoa humilde? Mostrando-lhe o caminho, falando ao seu coração, conduzindo-a pelas veredas da nobreza, ensinando-lhe a reconhecer seus erros e a pedir perdão, a ser compassiva, a estender a mão para dar uma segunda oportunidade a quem errou. O resultado de tudo isso é que as pessoas passam a admirá-la, a amá-la e a segui-la. E assim Deus cumpre Sua promessa de exaltá-la.
A pessoa orgulhosa, dizia Benjamim Franklin, almoça vaidade, e janta desprezo. O orgulho a conduz, mais cedo ou mais tarde, ao terreno da vergonha e do fracasso. Vida profissional acabada, amizades rompidas. Tudo isso é o resultado de não ter se deixado guiar por Deus.
Mariano Aguilo costumava dizer: “Se o homem orgulhoso soubesse como é ridícula a imagem que projeta, até por orgulho aprenderia a ser humilde.” Mas o orgulhoso é incapaz da autocrítica.
A humildade é necessária para sermos justos, e você e eu precisamos ser justos, como esposos, como pais, como empregados ou empregadores, ou simplesmente como seres humanos. Não é possível fazer ninguém feliz, sem humildade.
Segundo o salmo de hoje, só é possível sermos justos se nos deixarmos ser conduzidos por Deus. Afinal de contas, quando Jesus esteve neste mundo disse: “Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração.” Mat. 11:29.
Existem feridas que você abriu? Corações tristes que você magoou? Aprenda de Jesus todos os dias e lembre-se de que Ele “guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o Seu caminho”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 17 de setembro de 2013
O desígnio do Senhor
Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá. Prov. 19:21.
Saulo de Tarso, educado aos pés dos mais extraordinários mestres de seu tempo, cavalgava naquela noite a caminho de Damasco, perseguindo pessoas cujo único delito era acreditar em Jesus. Jovem ainda, se integrara às forças armadas de seu país e pensava que se conseguisse exterminar os “rebeldes” acrescentaria essa vitória à sua folha de serviço. O que ele ignorava é que “muitos são os propósitos dos homens”, mas o desígnio do Senhor é soberano.
A escuridão daquela noite foi rasgada por um brilho estranho. Ninguém sabia definir de onde provinha aquela luz. O terror apoderou-se do batalhão, soldados caíram por todo lado; entre eles, o capitão Saulo, que beijou o chão, comeu pó e em meio ao susto ouviu uma voz doce: “Saulo, Saulo, por que Me persegues?” “Quem és, Tu, Senhor”, perguntou o atônito perseguidor. E a voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues.” Atos 9:4 e 5.
Naquela noite, Saulo morreu. Seus planos humanos, seus projetos, suas aspirações na carreira militar, tudo foi enterrado nas areias do deserto. Naquela noite nasceu Paulo, o servo humilde, o missionário incansável, o pioneiro, o mártir, o homem que, deixando a glória deste mundo, escolheu fazer parte da história do cristianismo.
O verso de hoje descreve esse fato que se repete cotidianamente na vida do ser humano. O homem faz planos. Do seu ponto de vista, esses projetos têm tudo para dar certo. Sonha, imagina o futuro, começa até a viver antecipadamente as glórias de um futuro que não chegou. De repente, tudo dá um giro inesperado. E as coisas não acontecem como esperava.
Salomão não está afirmando que a criatura não deva viver sem planos. Muitas vezes ele enfatiza a necessidade de planejar. Fazer planos é saber para onde ir. Sem isso, ninguém chega a lugar nenhum. O que o verso de hoje enfatiza é a fragilidade dos planos humanos. Tudo precisa ser depositado nas mãos de Deus porque Ele, inspirando ou permitindo, está no controle do Universo e da vida de cada homem e mulher.
Faça planos de acordo com a vontade divina. Consulte a Deus, porque “muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Vida restaurada
VIDA RESTAURADA
A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Sal. 19:7.
Conheci Jean no pior momento de sua vida. Foi numa noite em que ele desmaiou enquanto eu apresentava a Palavra de Deus. No final da reunião, o trouxeram ao meu camarim. Estava com a vida completamente destruída. Desempregado, lar desfeito e prisioneiro do alcoolismo. Achava que não valia a pena continuar vivendo. Aquela noite fora ao ginásio esportivo porque um amigo a quem devia favores insistiu muito. A mensagem atingiu seu coração, a ponto de perder a consciência.
Três anos depois, tornei a vê-lo em circunstância completamente diferente: Era gerente de uma empresa de porte médio, seu lar estava reconstruído, tinha vencido o alcoolismo e refletia felicidade no olhar.
É isso que o salmo de hoje ensina: “A lei do Senhor é perfeita e restaura.” Restaurar significa fazer de novo, reconstruir, recriar. Por isso, algumas versões da Bíblia usam o verbo “converter”.
No original hebraico, a palavra lei é Torah, que abrange não apenas o decálogo, mas todos os ensinamentos bíblicos. Literalmente, Torah quer dizer: instrução, direção, ensino.
Precisamos ser ensinados, instruídos e dirigidos pela Palavra de Deus para não vivermos nos destruindo ao procurarmos a felicidade. E se alguém já está destruído, precisa urgentemente buscar os ensinamentos e o poder restaurador da Palavra de Deus.
Um dia, Jesus achou um paralítico. Aquele homem vivia arrastando sua humanidade pelos caminhos da vida. Não tinha sonhos, nem projetos, nem expectativas futuras. Só aquele presente doloroso, escuro e sem esperança. Mas Jesus apareceu e disse: “Levanta-te, toma o teu leito e anda.” João 5:8. Aí estava a palavra de Deus. A ordem era “levanta-te”. O paralítico só tinha duas opções, crer ou rejeitar. Ele creu, levantou-se e andou.
Esse é o poder restaurador da palavra divina. Restaura a alma. Cura por dentro, devolve a esperança, a vontade e dá sabedoria para evitar os erros do passado.
Por isso, hoje, antes de enfrentar os perigos que se escondem no caminho, lembre-se: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.”
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Ame a disciplina
O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina. Prov. 13:24.
Não existe paternidade feliz e responsável sem disciplina. Não existem filhos maduros e equilibrados sem correção. Omitir-se diante do deslize do filho é “aborrecê-lo”. No original, a idéia é “odiá-lo”. Assumir a missão divina de corrigir o filho é amá-lo. Amor e ódio são palavras extremamente fortes, mas estão presentes no tipo de educação que damos aos filhos.
Deus quer que você seja feliz em todas as áreas da vida, e Ele sabe que se as coisas não andam bem no lar, não é possível ter sucesso na vida profissional, financeira ou social. Como alguém pode fechar um bom negócio, se sabe que o seu filho está mergulhado no mundo das drogas? Como pode relacionar-se bem com as pessoas, se seu coração está feito em pedaços porque seu filho destrói-se lentamente nas sombras dos vícios e da promiscuidade? De que valem todas as vitórias que você pode conquistar na vida, se o seu filho é um derrotado?
Os pais que querem ver filhos felizes, precisam lançar mão da disciplina e precisam fazê-lo cedo. Definir valores, estabelecer limites, desenvolver virtudes e remover defeitos são parte da verdadeira disciplina, mas isto requer esforço. O caminho mais fácil é permitir que os filhos estabeleçam suas próprias regras e achar que, providenciando a satisfação das necessidades materiais e de escolaridade, a paternidade está cumprida.
Quanto tempo você gasta com os filhos? Conhece os amigos deles? Sabe a que hora eles chegam em casa? Sabe onde eles estiveram? Toda construção demanda vigilância, trabalho e perseverança. Não existe maior edificação que a vida dos filhos.
Quando chegar o fim deste mundo, que caminha vertiginosamente ao capítulo final de sua história, e Jesus retornar à Terra, não lhe perguntará sobre os seus negócios, sua vida financeira, suas empresas ou sua missão social em favor da humanidade. A grande pergunta será: “Onde estão os filhos que Eu confiei sob o teu cuidado?”
Peça a Deus sabedoria para exercer o seu papel de pai amoroso, firme, paciente, perdoador e formador, porque “o que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Saber decidir
Ao homem que teme ao Senhor, Ele o instruirá no caminho que deve escolher. Sal 25:12.
Se você pudesse fazer um levantamento das vezes em que tomou decisões erradas, qual seria o resultado?
“Pastor”, dizem as pessoas, “eu tinha certeza de que meu casamento iria dar certo.” “Achei que este negócio era o grande negócio da minha vida.” “Nunca pensei que vir a este país seria a minha desgraça.” “Escolher esta profissão foi um erro.”
Agora, imagine como seria sua vida se Deus, que nunca erra, o tivesse instruído no caminho que você devia escolher. Você acha que as coisas seriam diferentes?
Uma das estrelas da música brasileira morreu vítima da Aids, em plena juventude. Numa das suas últimas entrevistas, disse: “Não me arrependo de nada que fiz. Se tivesse que viver outra vez, viveria tudo de novo.” Mas se tivesse feito as decisões certas, com certeza teria vivido mais.
Saber viver é saber decidir. Quando Francisco Pizarro e um grupo de espanhóis chegaram à ilha de Gallo, o líder viu que os companheiros se acovardavam diante das perspectivas do sofrimento que lhes aguardava. Então, com a ponta de sua espada, fez uma linha simbólica sobre a areia da praia e disse: “Deste lado vos espera a morte, a fome, a chuva o desamparo e a glória. Deste outro, a vida descansada em tranqüila pobreza. Cada um faça a sua escolha.” Tendo dito isto, foi o primeiro a pular a linha, e 13 dos seus companheiros pularam atrás dele. Foi assim que se iniciou a conquista do império dos incas.
Foi uma decisão na procura de riqueza e de glória terrenas, é verdade. Mas, todos os dias, a cada instante, precisamos tomar decisões para a vida ou para a morte, para a felicidade ou para a desgraça. Nessas horas, Deus está disposto a instruir você para fazer a escolha certa.
O que fazer para que a ajuda divina seja uma realidade? O texto afirma: “Ao homem que teme ao Senhor, Ele o instruirá.” “Temer ao Senhor” é tê-Lo presente, reconhecê-Lo como Criador, reconhecer-nos como criaturas, abrir os olhos e os ouvidos aos Seus conselhos através da leitura da Bíblia, e depois partir sem medo para os desafios que o aguardam ao longo da estrada.
Torne sua, hoje, a oração do salmista, e lembre-se: “Ao homem que teme ao Senhor, Ele o instruirá no caminho que deve escolher.”
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Seja paciente e perdoador
A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias. Prov. 19:11.
Você briga, discute e reclama porque acha que está se defendendo. À luz do conselho de hoje, você perde cada vez que fica nervoso.
A tradução literal do texto seria: “a sabedoria do homem o torna longânimo”. A palavra hebraica é sekel, que significa sabedoria, prudência, e não especificamente discrição, embora a discrição seja parte da sabedoria. O homem sábio é paciente. Não explode diante da primeira provocação. Observa, analisa e estuda a situação.
“Isso depende da personalidade de cada um”, você pode argumentar. E é possível que o seja. Mas o propósito da sabedoria não é colocar o selo de aprovação nas atitudes humanas. É transformar o temperamento e ensiná-lo a ser feliz.
O caminho da paciência e do perdão é o único que o levará à grandeza. Mas como perdoar se alguém entrou na minha casa, estuprou e matou a minha filha? Sei que é difícil. Impossível talvez, do ponto de vista humano. Mas as coisas impossíveis para o homem são possíveis para Deus.
Ser paciente e perdoador não significa ser insensível. Claro que a dor estará presente. É inevitável. É possível que lampejos de ódio e de vingança passem rapidamente por sua mente. É natural. Você seria um robô sem sentimentos se não sentisse a raiva e a revolta tentando fazer ninho em seu coração.
O problema é permitir que esses sentimentos negativos se apoderem do seu ser, entregando-se voluntariamente à escravidão do rancor, envenenado pela amargura e ressentimento.
Sabedoria não combina com ódio, nem desejo de vingança. Por um motivo: a sabedoria tem como único objetivo levá-lo a ser feliz. E só paciência e perdão conseguem isso.
Louve a Deus pela vida, pelos momentos bons e até pelas provações e dificuldades que aparecem na vida. Faça de hoje um dia de paciência. Não exploda com facilidade. Não diga coisas das quais depois irá se arrepender. É tão fácil abrir uma ferida; difícil é vê-la cicatrizada. Vá a Jesus. Só Ele pode tirar do seu coração a dor e amargura e colocar paz e perdão sem os quais não há modo de ser feliz.
Ah, e não se esqueça: “A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias.”
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Por que me desamparaste?
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido? Sal. 2:1.
Por favor, não me deixe aqui mãe”, foi o clamor desesperado da pequena Alana, naquele trágico dia em que os seqüestradores chechenos se apoderaram da escola de Beslan, na Rússia.
Os seqüestradores forçaram Zalina a abandonar a filha de seis anos, em prantos. Somente assim ela poderia sair da escola salvando o filho de dois anos. Escolha terrível! Fazer o quê? Morrer ali com os dois filhos, ou salvar pelo menos um? As horas seguintes para Zalina foram literalmente o inferno. Cada segundo parecia ser uma labareda de fogo de sua própria consciência. Imaginava o que estaria acontecendo naquela noite com Alana, no assustador ginásio ao lado dos seqüestradores. Graças a Deus, no dia seguinte, ela teve de volta sua filha. Coberta de sangue, em choque, desidratada, mas viva.
Zalina sabe que um dia terá que olhar nos olhos de Alana e explicar por que teve que fazer aquela difícil escolha. “Isso deixa marcas”, ela se recrimina, “nós duas nunca mais seremos as mesmas.”
Séculos atrás, numa montanha solitária, pendurado numa cruz, Jesus exclamou: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” Não existe pior sentimento que o de solidão e desamparo. Você olha para todos os lados e não vê ninguém. O clamor de Cristo era mais dramático ainda, porque Ele afirmou muitas vezes “Meu Pai e Eu somos um”. O que foi que acontecera com aquela unidade maravilhosa?
Na cruz, o Senhor Jesus carregou sobre Si a culpa de todos nós e experimentou na própria carne a crueldade do pecado. Ao carregar voluntariamente a culpa da humanidade, Jesus chegou a conhecer o sentimento de desamparo e solidão que se apodera da criatura quando se afasta do Criador.
Inutilmente, o ser humano tenta achar o “seu” caminho sozinho, encorajado pelo existencialismo. O fracasso, a frustração e o vazio parecem persegui-lo sempre. Por que viver assim, se alguém já pagou o preço da culpa na cruz? É tão simples e ao mesmo tempo tão difícil para o orgulhoso coração humano aceitar a oferta divina. Mas é a única saída.
Antes de iniciar suas atividades de hoje, lembre-se de que você não precisa mais sentir-se só, porque um dia alguém, em seu lugar, já disse: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?”
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Será honrado
Pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado. Prov. 13:18.
As duas palavras chaves no texto de hoje são “instrução” e “repreensão”. Não existe instrução sem repreensão. Evidentemente, Salomão está se referindo à instrução e à repreensão que vêm de Deus.
Nós, seres humanos, estamos dispostos a aprender de outros seres humanos. Gastamos anos estudando até conseguir um título universitário, um mestrado ou um doutorado. Compramos livros, lemos, participamos de seminários e palestras. Estamos sempre atualizando o conhecimento. Acreditamos que estudar é crescer, mas com freqüência não prestamos atenção às instruções divinas, que são o fundamento do verdadeiro conhecimento.
Salomão afirma que “pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a instrução”. Quanto valor tem para você os conselhos dados por Deus, na Bíblia, há muitos séculos? São antiquados? Ultrapassados? Foram bons para aqueles tempos, mas não têm lugar em nossos dias? Quantas vezes você leu a Bíblia para afirmar isso?
O “Código da Vinci” foi durante vários meses best-seller em muitos países. Multidões liam o livro e discutiam o assunto nas rodas de amigos. Dava-se a impressão de que tinha acontecido o maior descobrimento do século. Questionou-se a pureza do evangelho e a veracidade do relato bíblico. Mas quantas dessas pessoas, fascinadas e intrigadas com a leitura do mencionado livro, leram com o mesmo interesse a Bíblia?
Este é um retrato do ser humano do nosso século. Quanto de sua instrução está fundamentado nas palavras que permanecem para sempre?
Faça de hoje um dia de aprendizagem. Não limite o seu crescimento a conceitos e valores terrenos. Saia da esfera humana e procure valores espirituais. Viva os princípios e conselhos divinos. Existe uma recompensa para os que tomam essa atitude. “Serão honrados”, afirma o provérbio. Nos tempos bíblicos, a pessoa era honrada, recebendo poder e riqueza.
Peça a Deus sabedoria para viver desse jeito, porque “pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado”.
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Final feliz
Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá. Sal. 27:10.
Os judeus acham que este salmo foi escrito por Davi nos anos da velhice, depois do incidente narrado assim: “Isbi-Benobe descendia dos gigantes; o peso do bronze de sua lança era de trezentos siclos, e estava cingido de uma armadura nova; este intentou matar a Davi. Porém Abisai, filho de Zeruia, socorreu-o, feriu o filisteu e o matou; então, os homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais sairás conosco à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel.” II Sam. 21:16 e 17.
Pode uma coisa dessas? O povo dizer ao rei: “Por favor, rei, você está velho. Não precisa ir mais para a guerra conosco!” Mas a vida é assim. Chega o momento em que os filhos querem dizer o que devemos ou não fazer. Eles cuidam de nós como cuidávamos deles quando eram pequenos. É a vida e é preciso aprender a conviver com essa realidade.
Davi expressa neste salmo a sua confiança em Deus, nos tempos da velhice. Seus pais já descansam no sepulcro. Ele já viveu, chorou, amou, errou, pediu perdão, se levantou e triunfou. Mas a vida passou. Os anos se foram. Já não é mais o garoto que matava leões e ursos que ameaçavam rebanhos. Também não é mais o jovem destemido que, com uma funda e cinco pedrinhas, derrubara o gigante Golias. Ainda acha que pode, é verdade. Acaba de enfrentar outro gigante, Isbi-Benobe, mas quase morre desta vez, não fosse pela intervenção de Abisai. Por isso, seus próprios soldados lhe aconselharam: “Por favor, rei, fica em casa, para que ‘não apagues a lâmpada de Israel’.”
Como você se sentiria nessas circunstâncias? Como reagir à realidade da velhice que avança implacavelmente? Davi expressa com segurança: “O Senhor me acolherá.”
Ao escrever este devocional, não sou mais um jovem. Eu também já vivi. Resta-me continuar olhando para o horizonte e colocar nas mãos de Deus tudo aquilo que recebi dEle. Na experiência de Davi, o companheirismo com Jesus era a fonte de certeza e satisfação com relação ao futuro.
Se essa é a sua realidade, agradeça a Deus a vida, as alegrias e até as tristezas. E expresse como Davi: “Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá.”
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Vida, justiça e honra
O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra. Prov. 21:21.
Se você pegar o avião para Buenos Aires, com certeza chegará a Buenos Aires. Não tem como pegar a estrada de Washington para Nova Iorque e chegar a Miami. Este é o conselho bíblico de hoje. Deseja obter vida, justiça e honra? Siga o caminho da justiça e da bondade. Jesus é esse caminho.
Quando Jesus esteve na Terra, disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim.” João 14:6.
Em que sentido Jesus é o caminho? Ele convida você a uma vida de companheirismo diário. Cristianismo é justamente isto, andar com Jesus todos os dias. Desde a hora em que você acorda, cedo pela manhã, até a hora em que você adormece. Trabalhando, estudando, comprando e vendendo, fazendo qualquer coisa. Se você tem consciência da presença de Jesus, é um cristão.
A tragédia humana é limitar a vida cristã a uma hora por semana na igreja ou, na melhor das hipóteses, a uma hora de meditação e oração por dia. Tudo isso é bom, mas insuficiente para viver uma vida feliz. O segredo é não afastar-se de Jesus um instante e permitir que Ele tome parte nas negociações e decisões. Andar permanentemente com Ele.
Como isso acontece? Significa que devemos cair no terreno do misticismo para tentar ouvir “a voz de Jesus” ou experimentar sensações sobrenaturais? Não! Jesus guia a vida dos Seus filhos através dos ensinamentos de Sua Palavra. Se você não lê e não medita na Palavra de Deus, como é que Ele vai lhe falar nos momentos de necessidade? A Bíblia é a revelação escrita da vontade de Deus para o ser humano.
O caminho é Jesus. Sua Palavra é o guia. Seguir Jesus é seguir os conselhos bíblicos. Você encontra instruções para as circunstâncias mais difíceis da vida, como: educar filhos, sair das dívidas, cultivar relacionamentos etc.
Faça de hoje um dia de decisões de vida. Consiga uma Bíblia, leia-a, estude-a. Isso vale mais do que uma faculdade ou um título doutoral. Ela é a fonte da sabedoria. E não se esqueça: “O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.”
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Promessa alentadora
Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente. Sal. 9:18.
Há quanto tempo você está suplicando por uma determinada bênção e o Senhor parece não Se importar com seu pedido? O salmista apresenta hoje uma promessa alentadora. Você não será para sempre “esquecido”, e não será perpetuamente frustrado. Não é uma grande notícia?
Mas existe uma condição para que a promessa divina se cumpra. Você precisa ser um aflito necessitado. Aqui não se fala de dois tipos de pessoas. Você sabe que esta é uma poesia hebraica e a beleza da poesia hebraica não está na rima, e sim no paralelismo.
O paralelismo é a repetição do mesmo pensamento em duas frases aparentemente diferentes. Assim, o necessitado da primeira frase é o aflito da segunda. Você pode estar aflito hoje, se estiver enfrentando algum problema. Mas não se sentir necessitado.
A palavra hebraica para necessitado é ebyôn, e é usada pelo menos em três aspectos diferentes. Para referir-se a um estado de pobreza material, a uma pessoa que não tem posição social ou a uma atitude de humildade diante de Deus. Inclusive, o verbo hebraico necessitar, Abah, significa aceitar, consentir. Ninguém aceita a intervenção de outro se não for necessitado.
Quando o ser humano acha que Deus está demorando a responder, é geralmente porque não chegou ao estado de necessidade espiritual que o leva a aceitar a intervenção divina em sua vida.
Naquela noite, no mar da Galiléia, os discípulos lutaram com as ondas e o vento contrário enquanto tiveram forças. Eram pescadores acostumados às tempestades e tormentas. Para que pedir ajuda? Eles podiam resolver sozinhos o problema.
Mas, na quarta vigília, lá pelas quatro ou cinco da manhã, quando não tinham mais forças, quando o orgulho e a suficiência humana haviam desaparecido e sentiam-se “necessitados”, Jesus apareceu andando sobre as águas para socorrê-los.
Sentir-se necessitado não é um assunto de palavras nem de lágrimas. É uma atitude do coração. É o que você e eu precisamos aprender diariamente, porque a promessa do Senhor é que “o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Ajuntar no verão
O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha. Prov. 10:5.
As estatísticas indicam que mais de 80% dos americanos vivem permanentemente endividados. O cartão de crédito é bem mais utilizado do que dinheiro vivo. A publicidade aumenta a febre do consumo e há quem pense que dever uma média razoável, não é dever. E que dever é uma maneira inteligente de viver com o dinheiro dos outros.
O conselho bíblico é diferente. Não gaste tudo que recebe. Ajunte no verão, guarde, aproveite os tempos de “vacas gordas”, e quando chegarem os tempos difíceis você saberá onde encontrar.
O provérbio aconselha não somente a poupar. Ensina como aproveitar as oportunidades da vida. O verão não dura para sempre. A juventude não é eterna. Nenhum emprego é seguro. Existem portas abertas. Mas a noite vem, quando é preciso fechá-las. Tudo passa. As oportunidades vão e vêm. Nada é permanente. Desperdiçar oportunidades é pior do que desperdiçar dinheiro. O dinheiro não compra as oportunidades. Mas se você aproveitá-las conseguirá dinheiro
A diferença entre os vitoriosos e os derrotados é o aproveitamento das oportunidades. Não há lugar para a indecisão. Por que adiar o que pode ser feito hoje? Por que esperar janeiro para começar de novo? Por que aguardar o verão, se antes dele chegará o inverno implacável, cobrando a falta de previsão? O que você faz com o presente, hoje, determinará seu futuro.
Hoje é o dia. Agora é verão. Tempo de plantar e de colher. Tempo de guardar e armazenar. Essa é a juventude, tempo de aprender e preparar-se para os dias quando as forças e as oportunidades forem escassas.
Faça um balanço de sua vida. O que precisa ser feito na sua vida hoje? Que decisão precisa tomar? Até quando vai adiá-la?
Deus está sempre pronto a conceder sabedoria e estender a mão ao desfalecido, mas lembre-se: “O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.”
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Tapinhas nas costa
Não me arrastes com os ímpios, com os que praticam a iniqüidade; os quais falam de paz ao seu próximo, porém no coração têm perversidade. Sal. 28:3.
Davi teve muitas mulheres. Uma delas foi Mical, filha de Saul. O casamento de Davi com ela foi cheio de intrigas. Por um lado, Saul dava tapinhas nas costas de Davi e dizia: “Seja meu genro! Eu quero que você faça parte da minha família!” Mas quando Davi virava as costas, Saul tentava destruí-lo a todo custo. A parte da Bíblia que narra essa historia (I Sam.18) termina dizendo que Saul foi inimigo de Davi durante toda a vida.
O texto de hoje é um salmo de lamentação e súplica. Davi pede para não ser contado com os ímpios e menciona uma característica especial desses ímpios: os que falam de paz com seu próximo, mas têm o mal no coração. Quando as pessoas se cumprimentavam em Israel, elas usavam a palavra shalom, que quer dizer paz. Era como dizer hoje: “Oi, tudo bem?” A gente fala isso por costume. O coração pode estar cheio de mágoa ou ódio, mas quando as pessoas se encontram dizem: “Tudo bem.” O salmista fala disso ao referir-se a pessoas que falam de paz com seu próximo, mas têm o mal no coração.
Todos os dias teremos que viver com pessoas desse tipo. O que fazer com elas?
Primeiro, faça como Davi: busque a Deus e coloque a vida dessa pessoa nas mãos dEle. Ele é o único que pode resolver essa situação. Antes de sair de casa ou antes de iniciar suas atividades hoje, coloque esse próximo nas mãos do Senhor. Ore por ele. A oração intercessória tem um poder inacreditável.
Em segundo lugar, lembre-se de olhar para suas próprias motivações. Por uma simples razão. Cuidado para não ser esse alguém. Essa é a luta diária, a batalha sem fim do cristão.
Talvez, por algum motivo, você sinta o desejo de agir desse modo. A raiva ou o espírito de vingança podem querer apoderar-se de qualquer coração. Isso envenena a alma e enferruja a capacidade de amar. Não dê lugar a esse tipo de sentimento porque, um dia, a justiça divina cairá sobre os que “falam de paz ao seu próximo, porém no coração têm perversidade”.
Texto de Alejandro Bullón
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