sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Começar de novo

Seja Ele como chuva que desce sobre a campina ceifada, como aguaceiros que regam a terra. Sal. 72:6.
O homem de aproximadamente cinqüenta anos olhava para mim com olhos de súplica. Como se eu pudesse, com uma palavra, resolver os seus problemas. Vestia terno azul-marinho e camisa branca. Aparentemente, era um executivo vivendo o maior drama de sua vida. “Ah, se pudesse começar tudo de novo”, disse, depois de contar-me o drama de seu lar destruído. “De que vale tudo que consegui na vida, se perdi o mais precioso, que é a minha família?”, perguntou, quase afirmando.
“Começar de novo.” Quantas vezes tenho ouvido essa expressão dos lábios de pessoas que passam pelo vale da dor e da angústia.
Na opinião do homem que falava comigo, já era “tarde demais”, seu lar já estava desfeito, não havia maneira de reconstruir o vaso de cristal feito em cacos.
O salmista pensa diferente. Para ele, nunca é “tarde demais”. No verso de hoje, ele apresenta uma “campina ceifada”. A palavra hebraica gez poderia ser traduzida mais apropriadamente como “uma pastagem que foi tragada”. O gado passou e não deixou nada. Aparentemente, tudo está acabado. Já não é possível começar de novo. Mas o poeta afirma: “Seja Ele como chuva que desce sobre a campina ceifada.”
Quem é este “Ele” que o salmista menciona? Quem é capaz de tirar vida de onde só há morte? Quem é Este que pode tirar água da rocha, de abrir o Mar Vermelho, de andar sobre a água do mar, de fazer um paralítico andar depois de trinta e oito anos, de ressuscitar um cadáver que estava em estado de decomposição? Quem é Este que disse um dia: “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba”?
Sim. Quando tudo parece perdido. Quando, do ponto de vista humano, tudo chegou ao fim, quando você sente que já é “tarde demais”, olhe para Jesus com os braços abertos, pronto a dar-lhe uma nova oportunidade.
Janeiro está chegando, e com ele a mão estendida de Jesus. Nunca é tarde para quem segurar essa mão maravilhosa. Hoje pode ser um novo dia.
Acredite nisso no início de um novo ano. Que Jesus “seja como chuva que desse sobre a campina ceifada, como aguaceiros que regam a terra.” Texto de Alejandro Bullón.

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