quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Guardadas no coração
Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti. Sal. 119:11.
Imagine-se num dia de muito calor e poeira, sem condições de tomar um banho refrescante. Imagine o seu corpo suado. Pode você sentar-se à mesa e comer com alegria? Pode deitar-se para dormir confortavelmente? Pode aproximar-se da namorada e dar-lhe um beijo? Talvez consiga, mas você tem a sensação de que algo está errado, algo está faltando ou sobrando. Você sabe que enquanto não tomar um bom banho nada estará bem. Aquela sensação de sujeira o perturbará o tempo todo. Não pode afirmar que se sente feliz.
O texto de hoje apresenta o segredo divino para conservar-se longe da contaminação moral. Enquanto houver contaminação moral sufocando o espírito, não há felicidade. O roteiro da vida está errado. Caminha-se rumo à destruição. O fim da estrada é um abismo de escuridão e morte. A pessoa pode não ter consciência disso, mas instintivamente o percebe. Qual é a solução? A resposta do salmista é: “Guardo no coração as Tuas palavras.”
O problema do ser humano é que ele tenta ser feliz sem prestar atenção aos conselhos divinos. Com o seu caminho poluído, luta, se esforça e tenta alcançar aquilo que acha que é necessário para ser feliz: dinheiro, fama e poder. Com um pouco de esforço, pode até conseguir tudo isso. Mas quando chegam as horas caladas da noite, lá no fundo do coração, naquele diálogo consigo mesmo, olhando-se no espelho da própria intimidade, de onde ninguém pode fugir nem se esconder, tem que chegar à conclusão de que algo está errado, algo não funciona. O coração sente-se desesperadamente atormentado e vazio.
De acordo com o salmo de hoje, essa sensação nunca desaparecerá a não ser que você procure solução na fonte da sabedoria, que é a Palavra de Deus. É na luz dos ensinamentos divinos que seu racionalismo, agnosticismo, ou humanismo, dão lugar a um poder maior, que é capaz de colocar ordem em seu mundo interior.
Faça de hoje um dia de submissão aos conselhos divinos. Submeter-se a Deus é crescer. Seguir os Seus princípios é voar em liberdade. Não comece seu dia sem dizer: “Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Mulhe apaixonada
A loucura é mulher apaixonada, é ignorante e não sabe coisa alguma. Prov. 9:13.
O verso de hoje afirma que a loucura é “mulher apaixonada”. A palavra hebraica dá a entender que ela é sedutora, voluptuosa, glamourosa e atrativa. Tem a facilidade de conquistar e cativar muita gente. Mas, por trás de todo aquele aspecto maravilhoso, esconde-se um ser ignorante.
Ignorante não é aquele que não sabe. O “não saber” é o início da sabedoria. Como poderia o homem ter inventado ou descoberto tanta coisa, se no início não tivesse ignorado informações que o levaram a pesquisar? Ignorante é aquele que crê que sabe, quando na realidade não sabe “coisa alguma”, diz o texto.
Conta a anedota que um “ignorante” chegou em casa com fome, procurou algo entre as coisas que a esposa acabara de comprar, pegou uma barra de sabão e quando estava levando-o à boca, a esposa interrompeu.
– O que está fazendo? Isso é sabão!
– É queijo – respondeu o marido com firmeza.
– Mas, querido, fui eu que comprei aquilo. Eu comprei sabão.
– Eu já disse que é queijo – afirmou o esposo enquanto dava a primeira mordida. Num instante percebeu seu erro. Era sabão, mas continuou mastigando enquanto a espuma saía pela boca e a esposa olhava para ele espantada.
– O que está olhando? – reclamou ele. – Tem gosto de sabão, mas é queijo.
Você está rindo? Todos os dias, em todos os lugares, você pode achar pessoas ignorantes. Você e eu corremos diariamente o perigo de cair nas ciladas da sedutora insensatez. Quantos lares sofrem, quantos negócios não deram certo, quantas carreiras foram destruídas, quantos relacionamentos quebrados por causa da insensatez.
É preciso buscar sempre o caminho da sabedoria. Ela chama, bate à porta do coração, deseja entrar na vida das pessoas, nos lares e nas empresas, mas não arromba a porta. É preciso que alguém abra do lado de dentro.
Faça de hoje um dia de sabedoria. Seja humilde e receptivo aos conselhos divinos e não se esqueça de que a “loucura é mulher apaixonada, é ignorante e não sabe coisa alguma”.
Texto de Alejando Bullón
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Como Monte Sião
Os que confiam no Senhor são como o Monte Sião, que não se abala, firme para sempre. Sal 125:1.
Montes são símbolos de permanência. Se você vê hoje uma árvore e retornar ao mesmo lugar depois de 100 anos, é pouco provável que aquela árvore esteja ainda lá. Mas se você contemplar o monte Everest e retornar depois de mil anos, ele estará no mesmo lugar.
O salmo de hoje tenta levar você a confiar em alguém e não em algo. Coisas são necessárias, mas elas são passageiras. Dinheiro, emprego, saúde, juventude, casa, carro, até família – tudo pode passar, falhar e frustrar. Mas Deus nunca falha.
Este salmo era cantado pelos peregrinos judeus que, de qualquer lugar daquelas terras, estavam próximos de Jerusalém. Quando os cativos de Babilônia retornaram ao seu lar depois do exílio, contemplaram de longe as montanhas da Judéia. Um tempo depois, eles podiam observar as colinas que rodeavam Jerusalém. E, ao aproximar-se mais, encontravam o Monte Sião.
Onde estavam todos os que saíram um dia de Jerusalém, cativos, para Babilônia? Muitos tinham morrido. Outros estavam envelhecidos e outros haviam desaparecido no tempo e nas sombras do esquecimento. Mas o Monte Sião estava ali, indômito, inalterável e imutável.
Imagine o povo cantando: “Os que confiam no Senhor são como o Monte Sião.” Eles tinham sido cativos porque confiaram em suas próprias forças e se esqueceram de Deus. Agora, depois de terem sofrido as conseqüências de sua rebeldia, retornavam para casa, cantando emocionados a única verdade que os livraria de sofrimentos futuros.
Este salmo é para você hoje. Em quem confiar? Na sua empresa, no seu trabalho, no dinheiro que você tem aplicado, na sua juventude, na sua força – ou no Senhor?
Se você olhar a Deus em busca de segurança, nunca será frustrado. Ele conhece o futuro. Ele sabe do que você precisa, antes mesmo que você tenha consciência de sua necessidade. Mesmo que você perca tudo repentinamente, Ele o ajudará a saldar seus compromissos e salvar a sua família. O salmo não diz que o monte não será açoitado pelas inclemências do clima; diz que não será abalado. Portanto, não se desespere se os seus olhos estão em Jesus, porque: “Os que confiam no Senhor, são como o Monte Sião, que não se abala, firme para sempre
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Mais sabedoria
Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda; ensina ao justo, e ele crescerá em prudência. Prov. 9:9.
Existe diferença entre um homem instruído e um homem sábio. A escola dá instrução e oferece conhecimento. Só Jesus dá sabedoria, e a dá de graça.
No texto de hoje, Salomão define sabedoria como prudência. Ser sábio é ser prudente. Se você procurar no dicionário a melhor definição de prudência, verá que uma delas é o equilíbrio. Portanto, sabedoria significa equilíbrio. E equilíbrio você não aprende na universidade, não é fruto do estudo, nem é resultado de anos de investigação e pesquisa. Equilíbrio é um presente que Jesus dá àqueles que vivem uma vida de comunhão diária com Ele.
É impressionante observar que para ser feliz é preciso ser equilibrado em todas as áreas da vida humana. Começando pela vida pessoal, passando pelas relações familiares e terminando na carreira profissional. Qualquer tesouro em mãos de uma pessoa sem equilíbrio é como uma linda rosa nas mãos de um orangotango. O animal é incapaz de apreciar a beleza da flor e acabará destruindo-a.
Por que pessoas sumamente instruídas são, às vezes, incapazes de fazer felizes os que vivem mais próximo delas? Um título acadêmico, um cargo, uma função, não dão necessariamente equilíbrio. É certo que tudo isso deveria contribuir para que a pessoa adquirisse sabedoria. Mas na maioria das vezes não ocorre assim, porque sabedoria é algo interior, colocado por Deus no coração daqueles que O reconhecem como tal.
A pessoa equilibrada anda sempre na linha do meio. Isso não significa ficar em cima do muro, indeciso, indeterminado e temeroso. Não! Ao contrário, significa estar aberto para a vida, para a mudança, para a aprendizagem constante e para ouvir a opinião de todos, a fim de tomar a decisão certa. Significa humildade para aceitar os erros e coragem para corrigi-los. Por isso, hoje, antes de decidir sobre qualquer assunto, lembre-se do conselho divino: “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda; ensina ao justo, e ele crescerá em prudência”.
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
O caminho
Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do Senhor. Sal. 119:1.
Extraviar-se é uma experiência traumática. Mais ainda se você não sabe que está extraviado e só descobre quando já é tarde e está longe do seu destino. Conhecer o caminho é indispensável. Esse é o motivo por que se atualizam os mapas e se vende uma enorme quantidade de bússolas.
Hoje o salmista menciona o “caminho”. Ele diz que as pessoas bem-aventuradas – felizes, em hebraico – são aquelas que encontraram o caminho e permanecem “irrepreensíveis” nele.
Existe um caminho que conduz à felicidade. Se você o encontrou, chegará ao porto desejado. Quem não quer ser feliz? Por que nem todos alcançam a tão almejada felicidade? O texto de hoje afirma que não basta querer. É preciso encontrar o caminho.
Vivemos num mundo de muitos caminhos. De uma maneira ou outra, todos prometem levá-lo à felicidade. São caminhos mentirosos, falsos e ilusórios. Talvez o levem ao encontro do prazer, do poder, da fama e da riqueza. Mas isso não é necessariamente felicidade.
Um dia, os discípulos de Jesus Lhe pediram: “Senhor, mostra-nos o caminho.” A resposta do Mestre foi: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Jesus é o único caminho que conduz a uma vida plena. Essa é a verdade mais contundente do Universo. Quando você abre o coração a Jesus, abriu o coração à felicidade.
Abrir o coração a Jesus significa andar no seu caminho. Andando nele, você aprenderá a abrir o coração à vida e a lutar, vencer e viver sem temor das adversidades deste mundo.
Existem pessoas que chegam ao fim da vida e descobrem, com tristeza, que seguiram muitos caminhos, mas não o Caminho.
“Já não tenho mais tempo para retornar”, disse-me outro dia um homem de idade avançada. A boa notícia de hoje é que nunca é tarde para dar meia-volta. Jesus só precisa de um segundo para fazer tudo de novo.
Está você cansado de lutar? Nada parece dar certo até aqui? Lembre-se do conselho de hoje: “Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do Senhor.”
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
O que fazer?
Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça, repreende o sábio, e ele te amará. Prov. 9:8.
O que fazer com o filho rebelde que desrespeita os pais e menospreza seus conselhos? Como iniciar uma conversa com alguém que não quer ouvir? Que tipo de ajuda se pode dar ao escarnecedor?
O conselho bíblico de hoje é incisivo: “Não o repreendas.” “Deixa-o seguir o seu caminho.” Mas a Bíblia não afirma que Deus está sempre chamando e esperando o retorno do filho rebelde?
A razão pela qual Salomão aconselha a não repreender o escarnecedor, é que o escarnecedor perdeu a noção do certo e do errado. O verbo repreender, yakaj em hebraico, envolve juízo de valores. Literalmente, Salomão está afirmando: “Não digas ao escarnecedor o que é certo ou errado”, porque ele não tem mais capacidade de distinguir o bem do mal. Como pode um homem que perdeu o paladar saber o que é doce ou salgado?
Chega um ponto em que ajudar o escarnecedor só causa aborrecimento. A pessoa não quer ouvir e reage com agressividade ou indiferença. Nesses casos, o melhor caminho é a oração. A oração nunca falha. Enquanto você ora, Deus continua trabalhando no coração do pecador impenitente.
Um dia, Jesus disse: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.” Mat. 7:6. Jesus estava confirmando o conselho de Salomão. Insistir em ajudar alguém que não quer ser ajudado é correr o risco de acabar dilacerado. Todos saem perdendo.
O que você pode fazer pelo ser amado que não quer ouvir conselhos? Apenas ame-o. Mostre-lhe que você está ao seu lado. Ele pode não concordar com sua maneira de pensar e de agir, mas você está presente, pronto a estender-lhe a mão na hora em que ele precisar.
Amar em silêncio é a melhor maneira de conquistar um coração rebelde. Ninguém resiste ao argumento do amor. Palavras fazem muito barulho e dizem pouca coisa. O amor é como espada afiada que penetra a alma.
Faça de hoje um dia de amor e de compreensão. Use-o para a oração intercessória. Coloque diante de Deus o nome de alguma pessoa que você ama e que não se deixa ajudar, mas não se esqueça do conselho: “Não repreendas o escarnecedor para que não te aborreça, repreende o sábio e ele te amará”.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
A recompensa dos humildes
Porque o Senhor Se agrada do Seu povo e de salvação adorna os humildes. Sal. 149:4.
Dois homens entram no templo para adorar. Aparentemente ambos vão adorar o mesmo Deus. Mas há uma grande diferença. O centro da adoração do primeiro está dentro dele. Para o outro, o objeto de sua adoração está fora. Um deles acha-se digno, merecedor. Traz como oferta seu bom comportamento, sua conduta impecável, suas obras de “amor”. O segundo sente-se indigno e vai ao templo para reconhecer que é um pobre pecador e não merece nada.
Jesus contou esta parábola. O primeiro homem era o fariseu; o segundo, o publicano. Deus exaltou o último e rejeitou o primeiro. E, com esta parábola, Ele registrou para sempre a idéia central do evangelho: a salvação não é algo que você conquista com seus esforços. É um dom que Deus dá imerecidamente, por amor.
A teologia da salvação corre cristalina ao longo de toda a Bíblia. Desde o Gênesis, quando um cordeiro foi sacrificado para salvar Adão e Eva, até o Apocalipse, que termina com um convite para beber da água da vida gratuitamente, os escritores bíblicos sempre enfatizaram que a salvação é imerecida. Temos acesso a ela unicamente mediante a graça do Senhor Jesus Cristo.
No verso de hoje, o salmista fala da salvação. Ele afirma que a salvação é uma espécie de coroa que adorna os humildes. A palavra humildade, em hebraico anaw, literalmente quer dizer os pobres e necessitados. Aqueles que não têm nada, e só podem receber alguma coisa por misericórdia. Isto não tem nada que ver com o orgulho. Existem ricos humildes e pobres orgulhosos.
A salvação é o princípio da felicidade. Ninguém pode ser feliz carregando a permanente sensação de estar perdido. Como ter paz nessa situação? Como dormir tranqüilo? Como amar? A vida autêntica começa quando o perdido é achado.
Vá a Deus hoje. Mas vá em atitude humilde. Reconheça que você não é digno. Seus erros e pecados o tornaram merecedor da morte. Mas Jesus, com Sua morte, entregou a vida. Você nem eu jamais poderemos agradecer por isso: “Porque o Senhor Se agrada do Seu povo e de salvação adorna os humildes”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
A tolice do pecado
Mas o que peca contra Mim violenta a própria alma. Todos os que Me aborrecem amam a morte. Prov. 8:36.
A palavra pecado soa agressiva para o homem moderno. Ele prefere chamá-lo de fraqueza, debilidade ou desvio. Mas Deus chama o pecado de pecado. Não há alternativa. O verso de hoje ensina que, embora o pecado seja uma atitude contra Deus, a realidade é que a maior vítima é o próprio pecador, porque “violenta a sua alma”, afirma Salomão.
É impressionante a miopia espiritual do ser humano. Peca porque quer ser feliz e, no entanto, erra o alvo e acaba sendo infeliz. Busca o prazer e encontra a dor, procura a realização, mas “violenta a sua alma”. Corre atrás de miragens e acaba perdido no deserto desta vida. Não encontra paz. Sofre, tortura-se e envelhece sem achar o que busca. Segundo o texto de hoje, quem destrói a alma do pecador não é o diabo, nem o pecado, mas ele mesmo. Nada acontece sem o consentimento humano. O inimigo pode usar os argumentos mais fascinantes, prometer o que quiser, mas não pode obrigá-lo a pecar. Se o homem peca é porque aceita fazê-lo. Nalgum momento do processo da tentação decide entregar a sua vontade ao controle do inimigo.
A única segurança para o ser humano é entregar a vontade a Jesus, buscá-Lo todos os dias e depender constantemente dEle. Quem não fizer isso, “ama a morte”, diz Salomão. Este amar não é no verdadeiro sentido da palavra. Ninguém ama a morte de fato, mas esse é o efeito. Porque o resultado de viver sem Cristo e andar no caminho errado é a morte eterna.
Você precisa ser feliz. A única maneira de ser feliz é fazer felizes as pessoas que você ama, criando um clima de compreensão, perdão e aceitação que só as pessoas que têm paz podem fazer.
Vá hoje mais uma vez a Jesus. Peça dEle sabedoria para decidir, para sair e para entrar. Tenha certeza de que sua vida nada mais é do que o desenvolvimento da vontade divina. Submeta-se a Jesus e lembre-se do que Ele disse: “O que peca contra Mim violenta a própria alma. Todos os que Me aborrecem amam a morte”.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao Teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem. Sal. 142:7.
A paciente não deixou o médico falar e disse: “O meu problema não está no corpo, está na alma. Sou uma mulher vazia. Algo está errado dentro de mim. O que a ciência pode fazer?”
Existem enfermidades psicossomáticas que destroem a vida. As raízes do mal estão na alma, mas os efeitos são físicos. Nenhum exame médico é capaz de detectar a causa, e o corpo vai definhando aos poucos.
No verso de hoje, o salmista fala desse tipo de mal: “Tira a minha alma do cárcere”, suplica.
A introdução desse salmo diz: “Salmo didático de Davi. Oração que fez quando estava na caverna.” Existem duas ocasiões em que Davi esteve numa caverna: quando fugiu dos filisteus e se escondeu na caverna de Adulão, e quando teve a oportunidade de acabar com a vida de Saul, na caverna de En-Gedi. Os eruditos não definem em qual das cavernas foi escrito esse salmo; mas seja qual tenha sido, metaforicamente o salmista encontrava-se na caverna da vida – nesses momentos em que as sombras das dificuldades não permitem enxergar um palmo à frente.
Davi deixa claro que, se Deus o libertar do cárcere da depressão em que se encontra, ele enaltecerá o nome do Senhor e os justos o rodearão como se fossem uma coroa de vitória na sua cabeça. Essa é a vida que Deus quer que você viva.
A mulher que entrou no consultório médico foi aconselhada a permitir que Deus a libertasse de sentimentos negativos que estavam envenenando o seu coração. Ódio, rancor, desejo de vingança. Aquela mulher tinha motivos de sobra para abrigar esses sentimentos, mas eles tinham se tornado um cárcere para sua alma. Quando ela trocou esses sentimentos pelo desejo de perdoar, compreender e amar, tudo mudou na sua atribulada vida.
Alguma vez você sentiu-se prisioneiro de sentimentos negativos? Enquanto aceitar essa situação, não terá condições de ver as coisas belas da vida, nem desfrutará os momentos felizes que as pessoas amadas lhe proporcionam.
Na escuridão da caverna só existe solidão, egoísmo, tristeza e lamúrias. Por isso, clame como Davi: “Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao Teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem”.
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
O segredo
, velando dia a dia às Minhas portas, esperando às ombreiras da Minha entrada. Prov. 8:34.
O verso de hoje sugere muitos quadros alegóricos. Podemos imaginar um grupo de estudantes, na porta da escola, bem cedo, quando as portas estão ainda fechadas, aguardando ansiosos a chegada do mestre.
Podemos imaginar também o comerciante que abre sua loja no primeiro dia e fica na porta, ansioso, esperando a chegada de seu primeiro cliente. Ou podemos criar ainda o quadro de uma noiva, ansiosa, esperando a chegada do noivo. A verdade é que o escritor bíblico quer destacar a necessidade de procurar a sabedoria divina, com ansiedade. Esse é o segredo para saber viver. Ninguém tem possibilidades de vencer sem sabedoria.
“Feliz o homem que Me dá ouvidos”, afirma Deus. Pena que o ser humano está disposto a ouvir a todos, menos a Deus. Conheço pessoas que só voltaram os olhos na direção de Deus quando todos os caminhos humanos deram errado.
É impressionante a quantidade de livros de auto-ajuda que inundam as livrarias. São livros que falam de soluções humanas para as necessidades humanas. Mas Deus reafirma: “Feliz o homem que Me dá ouvidos.” Como se faz isto? “Velando dia a dia às portas.” Procurando a Deus. Buscando-O permanentemente.
Não existe melhor maneira de começar o dia do que separando tempo para passar com Deus, orando, estudando Sua palavra e meditando. É dessas horas a sós com Deus que o ser humano sai fortalecido para enfrentar os desafios da vida. É nessas horas que a dor diminui e as feridas param de sangrar. É nessas horas que a penumbra desaparece e a luz da sabedoria divina chega trazendo o conselho oportuno com relação a decisões transcendentais que precisam ser tomadas.
Fique hoje esperando o Senhor Jesus, como o aluno espera o mestre, ou o noivo que espera a noiva. Nas primeiras horas da manhã, fique aí esperando, ansioso, Jesus bater à porta do seu coração, pedindo permissão para entrar e tomar o controle de sua vida.
Hoje pode ser o grande dia da virada. Não se esqueça das palavras de Deus: “Feliz o homem que Me dá ouvidos, velando dia a dia às Minhas portas, esperando às ombreiras de Minha entrada”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Sedução e consentimento
Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas. Prov. 1:10.
Há dois verbos que são o centro da mensagem de hoje: seduzir e consentir. Eles expressam duas ações. O inimigo seduz. Esse é o seu trabalho e a razão da sua vida. A Bíblia chama o inimigo de Deus de “o sedutor de todo o mundo”. Apoc. 12:4. Seduzir significava literalmente “atrair e prender com sebo”. A idéia básica é atrair usando o engano.
A outra ação é consentir. Ninguém é seduzido sem consentir. O consentimento envolve a liberdade e o poder de decisão. O diabo seduz porque o ser humano é livre. Ninguém pode obrigá-lo a fazer nada se não quiser.
Para a sua maléfica obra de sedução, o inimigo usa instrumentos humanos. Por isso, o conselho do sábio é: “Se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas.”
O diabo não se apresenta como sedutor. Ele se esconde, se disfarça, e camufla seus objetivos. Ele sabe que se se apresentasse como é na rea-lidade, todos fugiriam. Por isso, vem em forma de “amigo”, que aparentemente quer “ajudar”.
O jovem fica preso às drogas porque um dia decidiu se destruir e saiu por aí procurando droga? Não. Alguém o convidou, insistiu e lhe falou das “sensações alucinantes” que a droga provoca.
A sedução não acontece de um momento para outro. É um processo. Primeiro, chama a sua atenção, depois apresenta suas “maravilhas”. A pessoa entra no perigoso jogo do “vai, não vai”. Mas o inimigo seduz por séculos. Essa é a sua especialidade. Não adianta entrar no seu jogo pensando em sair ileso.
Por isso, o conselho de hoje é: “Não consintas”. A melhor maneira de não consentir é cortar o mal pela raiz. Com o inimigo não há diálogo.
Antes de iniciar suas atividades hoje, pergunte-se: Estou eu entrando no perigoso jogo da sedução em alguma área de minha vida? A sedução age como a areia movediça. No início, você acha que não é problema, que pode sair dela na hora que quiser. Mas qualquer esforço que faça para se ver livre, acaba afundando-o mais.
Clame ao Senhor! Peça a Ele que abra os seus olhos para perceber o fim de um caminho que inevitavelmente o conduzirá à morte e lembre-se: “Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Seja grato
Oferecer-Te-ei voluntariamente sacrifícios; louvarei o Teu nome, ó Senhor, porque é bom. Sal. 54:6.
Os salmos retratam experiências humanas, com seus dramas, tristezas, problemas e dificuldades. Por exemplo, a traição. Davi era constantemente perseguido e traído. Parece que de alguma maneira a traição é tomada por alguns como uma ferramenta de sobrevivência.
No salmo de hoje, Davi agradece a Deus por tê-lo livrado da traição dos zifeus, que foram aonde estava Saul para avisá-lo de que Davi estava escondido em seu território.
Deus sempre está pronto a ajudar os Seus filhos sinceros. O verso de hoje apresenta a atitude de um coração agradecido pelo livramento que o Senhor operou. “Oferecer-Te-ei voluntariamente”, afirma o salmista. Em outras palavras: Isto que farei não é obediência a algo que Tu pediste. Isto é voluntário. Nasce no meu coração. Eu o faço em agradecimento ao modo maravilhoso como me ajudaste mais de uma vez.”
O salmista apresenta duas coisas que ele fará em gratidão a Deus: oferecer e louvar. A razão: “O Senhor é bom, pois me livrou de todas as minhas tribulações.”
Você não pode separar gratidão de louvor e entrega. Agradecer sem louvar e sem oferecer, não é agradecer. É apenas uma palavra oca que não passa de uma expressão criada pelas regras do comportamento social.
Louvar é fazer com que o mundo saiba o que aconteceu. Oferecer é sair da beleza das palavras e entrar na dimensão dos fatos. É tornar a teoria em prática.”
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Seja sábio
Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Prov. 6:6.
A formiga é usada por escritores sacros e seculares como exemplo de laboriosidade e previsão. Ela trabalha arduamente no verão para sobreviver nos tempos difíceis do inverno.
O sábio Salomão faz um convite para observar a vida desses pequenos insetos como um exemplo de persistência, coragem e diligência. Observar talvez seja uma das grandes virtudes da sabedoria. Passamos pela vida como loucos, correndo, agitados, sem tempo para observar o nascer do sol, o resplendor da lua ou até o simples gesto do cachorro que abana a cauda quando retornamos para casa. Essa falta de observação, faz de nós pessoas insensíveis e vazias. Meros robôs, que realizam um trabalho eficiente mas não desfrutam a vida.
Com a formiga, aprendemos que a vida é luta e que, para sair vitoriosos, é preciso laboriosidade, ordem e provisão.
As formigas não esperam “grandes projetos” para iniciar o dia trabalhando. Elas começam com o que têm à mão. Cumprem o dia-a-dia, não se detêm; simplesmente avançam. São muitas, e a soma de muitos pequenos trabalhos resulta num projeto fabuloso. Se você observar com lupa um ninho de formigas, verá a obra extraordinária de engenharia que elas desenvolvem e que seres humanos não conseguiriam realizar.
Tem mais. As formigas trabalham como um exército. Há ordem e disciplina. Não existem grandes realizações sem ordem. O preguiçoso não gosta de trabalhar, nem de observar a ordem. O resultado é fome, miséria e fracasso.
De todas as lições que a formiga ensina, a que mais me impressiona é a previsão. A formiga não consome tudo que encontra. Guarda, poupa, armazena. Para fazer isso, não passa fome nem desatende às necessidades da família. Isso seria avareza. Instintivamente, ela sabe que o inverno virá e não haverá condições de trabalhar; portanto, faz previsão. E quando as inclemências do frio chegam, enquanto outros animais passam fome, ela está protegida, alimentada e segura em seu ninho.
O que você pode aprender com a formiga? Quanto falta para o inverno da sua vida? “Vai ter com a formiga..., considera os seus caminhos e sê sábio.”
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Preocupar-se ou contemplar?
Lembro-me, Senhor, do Teu nome,durante a noite, e observo a Tua lei. Sal 119:55.
Tudo dera errado naquele dia na vida de Francisco. A turbulência financeira que o país atravessava parecia ser a gota d’água que faltava para que sua empresa fosse ao fundo do poço. Naquela fábrica estavam investidos seus recursos financeiros, seus sonhos, suas esperanças, expectativas de vida e anos de dedicação e esforço.
Deitado na cama à noite, não conseguia dormir. Virava de um lado para outro, tentando descobrir uma saída. Mas só via sombras e escuridão à sua volta.
Francisco, como nossa sociedade, ignorava o salmo de hoje: “Lembro-me, Senhor, do Teu nome, durante a noite.” Parece que as pessoas preferem a preocupação do que a contemplação. Qual é a diferença? A preocupação concentra sua energia no problema. A contemplação leva a olhar para cima e ver a Deus. Preocupando-se, você faz como a pessoa que está se afogando no mar: dá braçadas improdutivas para todo lado, engole água e se desespera. Contemplando a grandiosidade divina, você compreende que nem tudo está perdido, embora do ponto de vista humano pareça que não existe saída.
“Lembro-me, Senhor, do Teu nome, durante a noite”, exclama Davi. O nome pelo qual Deus Se identifica a Si mesmo é: “Eu Sou”. O segredo da vida vitoriosa está em saber quem é Deus e quem é você. Há coisas que só Deus pode fazer, e há coisas que Deus não fará em seu lugar.
Davi, como todo ser humano, enfrentava problemas. Um jovem pastor de ovelhas, como ele, perseguido pelos exércitos do rei, parecia um problema sem solução. Mas quando a noite chegava, em vez de atormentar-se com suas preocupações, Davi contemplava a Deus. Então uma paz extraordinária inundava seu coração porque sabia que existiam princípios estabelecidos para reger o destino do Universo e da vida. Davi chama esses princípios de lei. “Observo a Tua lei”, ele afirma. Pode haver derrota quando você está disposto a seguir as instruções divinas? Por isso, diga hoje: “Lembro-me, Senhor, do Teu nome, durante a noite, e observo a Tua lei”, e parta sem medo para os desafios que a vida lhe apresentar.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
O honesto sempre ganha
Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o Seu prazer. Prov. 11:1.
O velocímetro do carro de Adilson parou de funcionar. Dois anos depois, ele consertou e vendeu o veículo como se tivesse apenas cinco mil quilômetros de uso. Depois, chegou em casa e contou o fato aos filhos, como se tivesse realizado a maior façanha. A pessoa que comprou o automóvel também contou a notícia da compra como se fosse a maior bênção.
Aqui temos um quadro real. Um enganador e um enganado. A justificativa de Adilson é que ele não tinha quebrado o velocímetro de propósito e não forçou ninguém a adquirir o veículo; portanto, não fizera nada errado.
Todos os dias, em todos os lugares, repete-se a cena descrita. Pessoas sabem que estão enganando e outros não sabem que estão sendo enganados. As primeiras acham que receberam de Deus o dom de serem espertas para os negócios e estão aproveitando o dom adquirido.
No entanto, o provérbio de hoje enfatiza que essa atitude é abominação para o Senhor. A “balança enganosa” que o sábio menciona é justamente a atitude de mentir com a finalidade de obter vantagem. Não dizer a verdade é uma forma mais “tranqüilizadora” de mentir, mas igualmente desonesta.
A felicidade se constrói com relacionamentos enriquecedores; inclusive com aqueles com quem só se relaciona uma vez para realizar negócios. Quando esses relacionamentos não são autênticos, deixam um sabor amargo de culpa que perturba. Esse é o motivo por que Deus deseja que os seres humanos sejam honestos uns com os outros. Não há felicidade sem honestidade.
O peso justo pode dar a impressão de ser perda. Na opinião de muita gente, você poderia lucrar mais se tirasse um grama de cada quilo. “Nada demais.” “Ninguém perceberá.” “Não precisa ser exageradamente justo.” Estes são argumentos que você ouve todos os dias. Mas dormir com a consciência tranqüila não tem preço. Tem gente que, por ser desonesta, tem que gastar para realizar algum tipo de terapia psicológica.
Por isso, peça a Deus que oriente seus passos. Porque: “Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o Seu prazer”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Céus ou terra?
Os Céus são os Céus do Senhor, mas a Terra, deu-a Ele aos filhos dos homens. Sal. 115:16.
Em 1923, um grupo de renomados e temidos homens de negócios dos Estados Unidos estava reunido no Edgewater Beach, um hotel em Chicago. Aquele grupo era quase um mito. Juntos, aqueles homens possuíam mais dinheiro que todo o tesouro americano. Jornais e revistas noticiavam suas histórias fabulosas. Todos olhavam para eles como símbolos de sucesso.
Vinte anos depois, a história era completamente diferente. Jesse Livermore, o mago da Wall Street, Leon Fraser, presidente do Banco Internacional Settlement e Ivan Kruegar, o homem principal do maior monopólio financeiro, cometeram suicídio. Charles Schwab, presidente da maior companhia independente de aço, morreu na maior miséria, e Richard Whitney, o presidente da bolsa de valores de Nova Iorque, estava na prisão.
O salmista afirma no verso de hoje que Deus deu a Terra aos filhos dos homens. A tragédia da criatura é pensar que, porque Deus confiou-lhe a Terra, ela é sua. Apaga Deus de sua vida. Torna-se seu próprio deus. Trabalha, luta, conquista e, aparentemente, vence, ou pelo menos chama de vitória o acúmulo de dinheiro, fama, poder e cultura, mas ignora que tudo acontece porque Deus permite. Afinal, foi Ele quem deu a Terra aos filhos dos homens.
Mas “os céus são os céus do Senhor”. É dali que Ele controla o destino das nações e das pessoas. Felizes são os que têm consciência dessa verdade e entendem que por cima da Terra estão os céus. Você pode dizer: “Hoje farei isto, e amanhã aquilo.” Mas, se Deus não permitir, nada acontecerá.
A fortuna passa, como passou o poder, a fama e o dinheiro daqueles homens. A terra se desgasta, envelhece e morre, mas os céus são eternos. Ai daquele que constrói seus sonhos e realizações fundamentados apenas em valores terrenos.
Separe hoje um tempo para olhar na direção dos céus. Observe a imensidão do infinito e verá que suas conquistas e logros são insignificantes. Por que vangloriar-se deles?
Ao sair hoje para o cumprimento de suas responsabilidades, ou ficar em casa, pense que: “Os céus são os céus do Senhor, mas a Terra, deu-a Ele aos filhos dos homens”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Estender a amão
Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo. Prov. 3:27.
A teoria da sabedoria é o conhecimento, e a prática acertada do conhecimento é sabedoria. Isto quer dizer que o ser humano que deseja viver sabiamente precisa “entender” que fazer o bem é parte do seu próprio bem-estar? Não! Precisa mais. Entender não é estender a mão. Entender é teoria. Estender é a prática. A sabedoria junta ambas de uma maneira admirável.
Todos os dias, em qualquer esquina, está em nossa mão fazer o bem. Oportunidades não faltam. Não é preciso procurá-las. Estão em nosso caminho, com a mão estendida. Não são apenas esmoleiros ou crianças de rua. São corações feridos, vidas destruídas, gente desesperada, esperando uma palavra de conforto, um sorriso ou apenas um leve toque no ombro. Gente faminta de amor.
Outro dia, enquanto esperava o elevador, vi a arrumadeira de um hotel ser agredida por sua chefe. Retornei à tarde e encontrei-me com a moça agredida no corredor. Estava triste. Pensei várias vezes antes de falar. Tinha pressa. Devia tomar banho e trocar de roupa rapidamente porque estavam me aguardando na recepção. Estava na minha mão fazer o bem e o fiz. Olhando nos seus olhos, disse: “Você vale mais do que imagina e do que os outros acham. Não permita que palavras ditas num momento de ira tirem a paz do seu coração. Amanhã será um novo dia.”
À noite, quando retornei ao meu quarto, achei uma nota que tinha sido colocada debaixo da porta. “Obrigada, não sabe o quanto as suas palavras me ajudaram.”
Foi animador para ela e gratificante para mim. “Estender a mão” não me levou mais do que um minuto. O sentimento de bem-estar que se apoderou do meu coração deu-me uma noite maravilhosa de descanso.
Olhe em sua volta hoje. Dê um sorriso. Encoraje, anime, ofereça mais do que uma simples moeda, dê um pedaço do seu coração. Custa pouco e faz muito bem.
Se você está vivendo hoje um momento difícil, não tome isso como argumento para não estender a mão. Sempre existe alguém mais necessitado do que você. É uma lei da vida, portanto: “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Poder e fidelidade
Ó Senhor, Deus dos exércitos, quem é poderoso como Tu és,Senhor, com a Tua fidelidade ao redor de Ti? Sal. 89:8.
Para que serve o poder? Qual é o motivo que leva as pessoas a procurarem o poder? Por que existem pessoas que chegam até o assassinato para conseguir o poder? Que fascínio tem?
No salmo de hoje, o salmista destaca dois aspectos do caráter de Deus: o Seu poder e a Sua fidelidade. A fidelidade de Deus é mencionada sete vezes ao longo deste salmo de cinqüenta e dois versos. Fidelidade é uma das características do caráter de Deus.
Fidelidade, em hebraico emunah, tem que ver com o cumprimento fiel das promessas divinas. Alguns eruditos traduzem emunah como “verdade”. Em Deus não há mentira. Ele é fiel e verdadeiro. Você pode confiar. O que Deus disse se cumprirá. Sempre. Ontem, hoje e amanhã.
Para que serve o poder? Em Deus, o poder serve para cumprir as Suas promessas. Apesar de tudo e a despeito de tudo. No verso dois, o salmista afirma: “A Tua fidelidade, Tu a confirmarás nos céus.” De que forma? Observe a noite escura. Há trevas por todos os lados, há frio, há morte. Trevas são símbolo de ausência de vida, de perigo, de ameaça. Por isso, a maioria das criaturas se recolhe à noite, esperando que o sol do novo dia traga vida.
Observe mais uma vez o céu. O salmista diz que Deus confirmará Sua fidelidade no céu. Então observe o céu. Quando a dor bate à porta do seu coração, quando as trevas das dificuldades parecem envolvê-lo completamente, quando experimenta angústia e medo, observe o céu. Em meio à escuridão da noite continue observando.
De repente, lá ao longe, onde o céu parece juntar-se com a terra, rompe o dia, nasce o sol e as trevas se desgarram. Existe um momento de luta. Dá a impressão de que as trevas não querem partir em retirada mas é inútil, o astro reaparece no seu esplendor, anunciando vitorioso que é hora de acordar, de levantar-se e tornar a viver.
Por isso, hoje, enxugue essa lágrima de dor e observe o céu. Nele está escrita a fidelidade das promessas divinas. Não saia de casa sem dizer: “Ó Senhor, Deus dos exércitos, quem é poderoso, como Tu és, Senhor, com a Tua fidelidade ao redor de Ti?”
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Falta algo?
Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel. Para aprender
a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência. Prov. 1:1 e 2.
Rosana era uma famosa cardiologista. Deixou tudo para entrar num convento. Estava à procura de um sentido para a vida. Roberto largou uma brilhante carreira de advogado para viajar pelo mundo, argumentando que queria viver a vida na sua plenitude “antes que fosse tarde demais”. Marilyn cometeu suicídio estando no topo de uma brilhante carreira de atriz. A vida desses três personagens tem um denominador comum: o aparente êxito numa determinada área da vida não lhes garantiu a felicidade.
Estranho. Muito estranho. Porque todos relacionam êxito com felicidade. Mais estranho ainda, quando sabemos que Deus quer que os seres humanos sejam bem-sucedidos. E se o sucesso não traz felicidade, algo está errado com o sucesso, ou com Deus, ou conosco.
O livro de Provérbios ensina que sabedoria é a arte de viver, de vencer e de alcançar sucesso sem sentir-se vazio. Sabedoria é passar pela vida tendo acontecido, chegar à velhice e contemplar os filhos realizados, olhar para cima com gratidão, e encarar a morte com a esperança da ressurreição em Cristo.
Se Deus quer que Seus filhos vivam esse tipo de experiência, poderia Ele tê-los deixado às cegas, para tentar achar o caminho da felicidade em meio às suas frustrações? Claro que não. Com certeza, os princípios para viver uma vida plena, abundante e feliz, estão à disposição do ser humano na Bíblia e especialmente no livro de Provérbios.
Nos primeiros quatro versículos do livro, encontramos 10 palavras que parecem sinônimos, mas que não são. Estão relacionadas entre si. Uma leva à outra. Essas palavras são: sabedoria, ensino, entendimento, aprendizagem, inteligência, justiça, juízo, eqüidade, prudência e conhecimento. As nove últimas são filhas da primeira, que é a sabedoria, e sabedoria é saber viver a experiência da felicidade. Não é isso que você deseja para si e para sua família?
Por isso, antes de sair de casa hoje, pense que no livro de Provérbios você achará conselhos maravilhosos que Deus deu através de “Salomão... para aprender a sabedoria e o ensino, para entender as palavras de inteligência”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Em vão
Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam;
se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Sal. 127:1.
ou o rei do mundo, sou o maior”, gritava o jovem boxeador no dia 25 de fevereiro de 1964, diante das câmeras de TV, desde o quadrilátero do Miami Beach Convention Hall. Mohamed Ali acabava de proclamar-se campeão dos pesos pesados, com apenas 22 anos. “O mundo inteiro está aos meus pés, escrevam isso”, disse para os jornalistas.
E era verdade. Naquele ano, o mundo inteiro estava aos seus pés. Em 1996, o mundo inteiro o viu enfraquecido, por ocasião das Olimpíadas de Atlanta. Mal conseguia acender a tocha olímpica. Evidentemente, não era mais o “rei do mundo”, nem o “melhor”. Estava envelhecido e deteriorado pelo Mal de Parkinson .
É isso o que o salmista diz, quando afirma: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.” Você está diante de um novo ano. Não se atreva a entrar nele sem a certeza de que Jesus está no controle dos seus empreendimentos. Seu trabalho, esforço e dedicação só terão sentido se “o Senhor construir a casa”.
Aceite o desafio de um novo ano. Pense grande. Olhe longe. Trabalhe, mas pergunte-se: Quem está no centro dos seus planos? Isto é vital. Outro dia, um milionário excêntrico reuniu seus amigos para passar o réveillon no seu iate de 10 milhões de dólares e gastou a bagatela de um milhão de dólares na festa. Naquela noite, os fogos de artifício iluminaram a escuridão no mar do Caribe, e todos levantaram as taças de champanhe, desejando “saúde, dinheiro e amor”, mas dezembro não chegou. Pelo menos para ele, não. Um enfarte fulminante ceifou sua vida em junho daquele mesmo ano.
A vida humana é frágil como a flor. Hoje é, amanhã não é mais. Murcha-se como a erva do campo. Desaparece como a nuvem levada pelo vento. Portanto, coloque Deus no fundamento dos seus projetos porque, sem Ele, “inútil vos será levantar de madrugada e repousar tarde”. Sal. 127:2.
Trabalhe em sociedade com Deus. O homem do campo ara a terra e planta a semente. Mas se Deus não fizer sair o sol e cair a chuva de que serve todo o trabalho? Assim acontece em outras áreas da vida. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.”
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Mais preciosa que pérolas
Mais preciosa é do que pérolas,e tudo o que podes desejar não é comparável a ela. Prov. 3:15.
Imagine a cena. Certa manhã, enquanto você se dirige ao trabalho, vê na estrada uma anciã pedindo carona. Pelas roupas que veste, a mulher é pobre, e pelo aspecto do rosto está passando mal. Você tem pressa. No entanto, seu coração fala mais alto e você pára. Ela pede para deixá-la no hospital mais próximo. Você percebe que ela está muito mal e acelera fundo. Durante a curta viagem, inadvertidamente, ela coloca um papel no seu bolso. Ao chegar no hospital, a anciã morre.
Aquela noite, em casa, você encontra o papel. A nota diz: “Sou uma mulher solitária. O único filho que tive, abandonou-me há muitos anos. O que ele ignora é que eu recebi uma herança. Tenho um milhão de dólares guardados no cofre do banco tal. O segredo do cofre é P X 402. Se você me prestou socorro, o dinheiro é seu.”
O que você faria? Jogaria o papel fora? Pensaria que aquela mulher seria incapaz de ter um milhão de dólares? Ou correria ao banco para ver se é verdade?
Um milhão de dólares é muito dinheiro. Ninguém seria louco a ponto de fazer pouco caso de uma fortuna dessas. Mas o provérbio de hoje afirma que existe algo muito mais precioso do que um milhão de dólares. O verso diz: “Mais preciosa é do que pérolas e tudo que podes desejar, não é comparável a ela.” Salomão está falando aqui da sabedoria. Sabe por que existem pessoas frustradas, fracassadas e infelizes? Porque não sabem viver. Podem ter dinheiro, fama, poder e cultura, mas não sabem viver. Existir não é viver. Viver é uma arte que requer sabedoria.
Sabedoria, no entender de Salomão, não é só conhecimento. É a habilidade de usar o conhecimento. Uma pessoa pode possuir títulos doutorais, mas não sabedoria. A sabedoria bíblica não é teórica, é prática. Inclusive, uma das primeiras vezes em que a palavra sabedoria é usada na Bíblia é com relação à habilidade que os artesãos tinham para elaborar as roupas do sacerdote. As roupas tinham que ser impecáveis, perfeitas em seus mínimos detalhes. Se você for sábio, fará da vida uma obra de arte, perfeita em todos os seus detalhes. E será feliz.
Por isso, no início deste ano, peça a Deus sabedoria e lembre-se de que ela “mais preciosa é do que pérolas, e tudo o que podes desejar não é comparável a ela”.
Texto de Alejandro Bullón
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