quinta-feira, 7 de julho de 2011

Leva-me para a rocha

Desde os confins da Terra clamo por Ti, no abatimento do meu coração. Leva-me para a rocha que é alta demais para mim. Sal. 61:2.
Há momentos em que o ser humano sente-se longe de Deus. A vida espiritual pode estar bem. Não existe motivo aparente para sentir-se derrotado, mas a sensação de um Deus distante perturba a alma. Isso é fruto da natureza pecaminosa que o ser humano carrega, mesmo depois da conversão. Esse tipo de sentimento estará dentro dele até que chegue o dia em que finalmente possa ver cara a cara a Jesus.
O salmo de hoje apresenta uma oração feita de todo o coração. As orações devem ser assim. O formalismo é uma barreira intransponível para aproximar-se de Deus. Você deve dizer a Deus, na sua oração, o que está sentindo e não apenas o que acha que deve dizer.
Quando você ora de todo o coração, uma das primeiras coisas que reconhece é quão pequeno e finito é, e quão grande e poderoso é o Senhor. Isso cria em você o senso de dependência e não de insignificância. É um cristianismo doente aquele que leva a criatura a sentir-se distante de Deus.
Davi sentia que estava “nos confins” da Terra. Mas a criatura deseja sentir-se perto do Criador e, por isso, suplica: “Leva-me para a rocha que é alta demais para mim.”
Os padrões da vida cristã sempre estarão altos demais para o ser humano. No entanto, é justamente a obediência a esses padrões que garante a felicidade na Terra. Que situação contraditória. O salmista quer chegar perto, mas sente que a rocha é alta demais.
O que fez Deus para vir ao encontro do homem? “O Verbo Se fez carne e habitou entre nós.” João 1:14. Referindo-se ao povo de Israel, Paulo afirma: “E beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma Pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.” I Cor. 10:4.
A palavra “pedra”, no texto original, é petra (rocha) e não lithos (pedra). Jesus é a rocha eterna e não “é alta demais”, no sentido de inatingível. Ele Se fez homem, veio a este mundo para guiar os seus passos e ser o seu refúgio constante.
Antes de sair para a luta da vida, diga hoje no seu coração: “Desde os confins da Terra clamo por Ti, no abatimento do meu coração. Leva-me para a rocha que é alta demais para mim.” Texto de Alejandro Bullón.

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