quarta-feira, 2 de outubro de 2013
De todo o coração
Louvar-Te-ei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as Tuas maravilhas. Sal. 9:1.
A vitória ainda não havia chegado. Não havia aplausos, medalhas, nem reconhecimento público. O salmista ainda não podia apalpar a taça de campeão, mas podia olhá-la com os olhos da fé e louvar ao Senhor pelas maravilhas que ainda não tinham acontecido.
Se ele gastasse o tempo reclamando e queixando-se, talvez nada sucedesse. Mas o salmista é capaz de louvar pelo Sol que sairá amanhã, ainda que ele esteja hoje mergulhado nas sombras.
Seu louvor não nasce do dever. Ele não cumpre apenas uma obrigação. Não se deixa levar pelo mero formalismo. Louva “de todo coração”. Meio coração não é coração. Um coração dividido rasga a vida pela metade, desintegra e mata. Um coração dividido não consegue louvar.
Ninguém pode servir a dois senhores. Com meio coração, você cai no terreno da pantomima. Seu louvor está destituído de autenticidade. E se você não é capaz de olhar para frente com os olhos da fé, e com todo seu coração, não verá as “Suas maravilhas”.
Mas, segundo o verso de hoje, para Davi não era suficiente louvar. Ele acrescenta “contarei todas as Tuas maravilhas”. Ninguém será vigoroso na vida espiritual, a menos que conte as maravilhas de Deus a todos aqueles com quem se relaciona.
Na parábola da moeda perdida, quando a mulher achou a moeda, a primeira coisa que fez foi reunir seus amigos, vizinhos e parentes para contar-lhes a “maravilha”. Só guardam silêncio as pessoas em cuja vida Deus não opera maravilhas.
O que você perdeu? Uma moeda? O lar, o emprego, o filho, a paz do coração? Vá a Deus, louve o Seu nome de todo o coração. Agradeça pelas maravilhas que ainda não recebeu, mas que é capaz de enxergar pela fé. E aguarde, pacientemente, porque Deus não falha com os filhos sinceros.
Louve a Deus. Não use intermediários. “Louvar-Te-ei, Senhor”, diz o salmista. Louve-O com todo o seu ser. Não seja espiritual pela metade. Agradeça ao Senhor as maravilhas futuras que acontecerão na sua vida.
Com este pensamento em mente, saia hoje repetindo a si mesmo: “Louvar-Te-ei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as Tuas maravilhas”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Do Senhor é o reino
Pois do Senhor é o reino, é Ele quem governa as nações. Sal. 22:28.
A carta de Joana trazia o lamento de uma mulher que tinha perdido a auto-estima, a ponto de achar que estava sobrando neste mundo. Maltratada pelo esposo e desprezada pelos filhos, achava que não tinha valido a pena gastar-se ao longo da vida procurando a felicidade das pessoas que amava.
“Deus Se importa comigo?”, era a pergunta dramática da angustiada mulher. Ao escrever este devocional, penso que, de uma maneira ou outra, por um motivo ou outro, existem muitas Joanas nesta vida. Homens e mulheres, jovens e velhos, ricos e pobres que se perguntam: “Deus Se importa comigo?”
No salmo de hoje, Davi apresenta o Messias, o Senhor Jesus Cristo, como o possuidor do reino e Aquele que governa as nações. A palavra hebraica que se traduz como governar é mashal, que significa reger, dominar, controlar.
Deus está no controle do Universo, dos reinos e das nações. É verdade que esse salmo profetiza o governo eterno do Messias por ocasião de Sua segunda vinda. Mas é verdade também que hoje, embora muitas vezes tenhamos a impressão de que as coisas e as circunstâncias escaparam do controle divino, Deus continua governando. Por trás dos instrumentos humanos, o Senhor continua com as rédeas do Universo e das vidas nas Suas mãos.
Portanto, a pergunta de Joana tem resposta: Sim. Deus não apenas Se importa com você, como está no controle das circunstâncias que envolvem a sua vida. Nada acontece por acaso. Tudo tem um propósito divino.
Continue a navegar, destemido, pelo turbulento mar da existência. Mesmo que a bússola quebre e o leme pare de funcionar, mesmo que a noite seja escura e pareça que seu barco vai naufragar, continue adiante porque Deus é seu guia. Se ele pode controlar os reinos e governar as nações, por que Se esqueceria de você?
Hoje é um novo dia. Um dia a mais para acreditar, para lutar e para sair à procura dos sonhos porque, se é verdade que Deus provê o alimento para cada passarinho, é também verdade que o passarinho precisa voar à procura dele. Mas lembre-se: “Do Senhor é o reino, é Ele quem governa as nações”.
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Coração misterioso
Como águas profundas, são os propósitos do coração do homem, mas o homem de inteligência sabe descobri-los. Prov. 20:5.
A nota era simples e ao ponto: “Vou embora porque nem eu me compreendo. O meu coração é um mar de confusões.” A família chorou. Foi um golpe imprevisto. Segundo as pessoas mais próximas, ninguém imaginaria que aquele jovem, aparentemente alegre e feliz, que na noite anterior participava de uma festa de aniversário, estaria pensando em cometer suicídio.
Evidentemente, os propósitos do coração daquele jovem eram “águas profundas”. O próprio Jeremias diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” Jer. 17:9. O profeta está descrevendo o coração de todos os seres humanos em seu estado natural.
“Nunca poderia imaginar que o homem a quem confiei a vida e com o qual me casei seria capaz de cometer essa monstruosidade”, disse chorando uma mãe ao descobrir que seu esposo tinha abusado da própria filha. Como explicar o fato de pessoas comprometidas com a religião estarem envolvidas em escândalos sexuais? Como entender que um ser humano racional promova atos de violência que animais seriam incapazes de cometer? Enganoso e incompreensível é o coração humano. Sua tendência é o mal.
Mas existe uma promessa: “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne para que andem nos Meus estatutos, e guardem os Meus juízos, e os executem; eles serão o Meu povo, e Eu serei o seu Deus.” Ezeq. 11:19 e 20.
O verso de hoje diz que o homem inteligente sabe descobrir os propósitos misteriosos do coração natural. Como faz isso? Quando busca a palavra de Deus, descobre a natureza real do coração. Então, muitas coisas que você não entendia acerca de suas próprias incoerências passam a ter sentido. Você percebe que sua conduta não precisa apenas de uma nova orientação, mas que seu coração precisa ser transformado para que, em lugar de ser um poço de águas escuras, torne-se um manancial de água pura.
Jesus está pronto a realizar esse milagre em sua vida. Não se esqueça: “Como águas profundas, são os propósitos do coração do homem, mas o homem de inteligência sabe descobri-los.”
(Alejandro Bullón)
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Deus se importa
Por que razão despreza o ímpio a Deus, dizendo no seu íntimo que Deus não Se importa? Sal. 10:13.
Um amigo biólogo, professor universitário e formado pela Universidade de Harvard, disse-me: “Quanto mais observo e estudo a natureza, considero que não existe razão para duvidar da existência de Deus.” Por que motivo, então, há pessoas que não acreditam em Deus?
A história tem mostrado que a única razão para rejeitar a existência divina é a rebeldia natural do ser humano. A natureza pecaminosa não aceita voluntariamente nenhum tipo de autoridade. Por que haveria de submeter-se a um Deus que não se pode ver nem tocar?
O verso de hoje fala do ímpio. Ele acha que Deus não Se importa com as coisas que acontecem neste mundo. Ele pensa que nunca terá que prestar contas da vida que recebeu e desperdiçou. A palavra hebraica para ímpio é beliyâal, que significa mau, perverso, mas que também significa morte. Isto é espantoso! Ser mau, escolher o caminho da perversidade, já implica escolher o caminho da morte.
Em 1844, nasceu na Europa um homem chamado Friedrich Nietzsche, filho e descendente de ministros evangélicos. Seu pai morreu quando ele ainda era criança. Na mocidade, ele se rebelou abertamente contra a fé da família. Com blasfêmia, redefiniu a Trindade como Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o diabo. Sua filosofia de vida foi terrível tanto para ele quanto para a sociedade. Um dos seus livros, influenciou muito na maneira de pensar de Hitler.
Nietzsche ensinou que o cristianismo é um dos piores flagelos do mundo e proclamou a plenos pulmões: “Deus está morto! Deus está morto! Deus está morto!” Evidentemente, Nietzsche foi um homem ímpio, um Beliyâal, e sua própria rebeldia determinou sua morte. Morreu louco. Na sua sepultura, alguém escreveu o seguinte: “Deus está morto!” (assinado) Nietzsche. “Nietzsche está morto” (assinado) Deus.
Deus sempre tem a última palavra. Ele existe. É eterno e está acima da incredulidade humana. Esse Deus maravilhoso está hoje desejoso de participar na sua vida. Ele Se interessa por você, por seus filhos, por seu casamento, por sua vida profissional e financeira. Está aí, perto de você, pronto para ouvi-lo e socorrê-lo. “Por que razão despreza o ímpio a Deus, dizendo no seu íntimo que Deus não Se importa?”
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Tudo tem um preço
O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca. Prov. 19:24.
Pedro Lima, amigo de velhos tempos, contou-me que encontrou um camponês – dono de um bom pedaço de terra – sentado, fumando um cigarro de palha e queixando-se de sua terrível situação financeira.
– Aqui dá milho? – perguntou Pedro.
– Dá não, sinhô. – respondeu o camponês, com o seu sotaque típico do interior.
– Dá mandioca?
– Dá não, sinhô.
– Dá soja, feijão, alguma outra coisa?
– Dá não, sinhô.
– Mas você já plantou?
– Plantei não, sinhô.
Pode-se colher algo que não foi plantado? É possível passar a vida lamentando a triste “sorte” e esperando de braços cruzados que o “destino” seja misericordioso com a gente. “O preguiçoso mete a mão no prato”, afirma Salomão. Ele deseja, anseia, quer, sonha e espera, como todo ser humano. Vê o prato das oportunidades ao seu alcance. Contempla como os outros fartam-se com os manjares deliciosos da prosperidade, felicidade e do êxito. Ele até coloca a mão no prato, mas não se dá ao trabalho de levar a comida à boca. Quer que tudo aconteça por acaso.
A sabedoria leva a pessoa a entender que todo sonho tem um preço e que o preço do sonho é o trabalho. Construir um casamento feliz, por exemplo, requer esforço. O caminho mais fácil é o divórcio. Ser aprovado num exame, requer horas de estudo. A desculpa mais simples é dizer que a prova estava muito difícil. Educar filhos moral e emocionalmente sadios requer horas de paciência e dedicação. A saída mais atrativa é achar que providenciando recursos materiais para os filhos, a paternidade foi cumprida. Fazer dinheiro é fruto do trabalho e do domínio próprio. A solução mais cômoda é jogar na loteria.
A figura que Salomão usa para descrever o preguiçoso é engraçada. Mas, usando a ironia, mostra a realidade de muita gente que não está disposta a pagar o preço dos sonhos. Dá trabalho? Sem dúvida! É difícil? Certamente! Mas lembre-se do provérbio: “O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de levar à boca.”
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Quem?
Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no Seu santo lugar? Sal. 24:3.
O drama que Rudy vivia é o drama de muitos cristãos. Ele sabia tudo aquilo que devia fazer e conhecia também o que não devia fazer. Sua tragédia consistia no fato de não conseguir viver à altura dos princípios que conhecia, por mais que se esforçasse por fazê-lo. Ultimamente tinha chegado à conclusão de que era “impossível” viver a vida cristã.
O Salmo 24, do qual tiramos o texto para hoje, era cantado antifonalmente, enquanto a arca era levada para Jerusalém. Os sacerdotes perguntavam cantando: “Quem subirá ao monte do Senhor?” E o povo respondia em coro: “O que é limpo de mãos e puro de coração” (versos 3 e 4).
Embora o monte santo naquele tempo fosse Sião, ele simboliza sem dúvida nenhuma o Céu. Neste sentido, a pergunta seria: “Quem subirá ao Céu com Jesus para permanecer eternamente na presença do Pai?” A resposta é um requisito impossível de ser cumprido da perspectiva humana: “O puro de coração.”
Você pode limpar seu corpo, lavar suas vestes, desinfetar sua pele; mas, e o coração? Em certa ocasião, Deus afirmou através de Jeremias: “Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa, continua a mácula da tua iniqüidade perante Mim.”
Ninguém neste mundo pode purificar o coração e as intenções íntimas. A cultura e a educação humanas podem ajudar-nos a disfarçar, aparentar e dissimular os desejos ocultos. Podem refinar as nossas atitudes externas, mas não podem purificar o coração. E na presença do Senhor só permanecerão os limpos de coração. Ao santo monte só subirão os puros na intimidade de suas intenções.
Quando Jesus falou aos Seus discípulos acerca das mansões celestiais que Ele iria preparar, Tomé perguntou ansioso: “Como saber o caminho?” A resposta do Mestre foi: “Eu sou o caminho, .... ninguém vem ao Pai senão por Mim.” João 14:5 e 6.
Só Deus nos qualifica para entrar na presença do Pai. Tudo o que você e eu precisamos fazer é ir a Jesus e viver em comunhão com Ele.
Por isso, diante da pergunta: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no Seu santo lugar?” Responda: Pela graça de Jesus, e em Seu nome, espero estar lá.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Edificando a vida
A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba. Prov. 14:1.
Natal é tempo de luzes, alegria e colorido. Já vi arranjos natalinos deslumbrantes. Nova Iorque é uma das cidades que muda de cara na época do Natal. Dá a impressão de ser uma cidade invadida por luzes mágicas. Em Riverside, Califórnia, o lar de Jorge e Lina também é um espetáculo deslumbrante cada mês de dezembro. Lina tem um dom especial e um gosto excelente. Adorna o interior de sua casa de modo que os sonhos de qualquer criança se tornam realidade. Lina é uma mulher que “edifica sua casa”.
As duas palavras chaves do texto de hoje são “edificar” e “derribar”. É fácil derribar. Basta pegar uma marreta e bater. Difícil é edificar, pois requer paciência, tempo e perseverança. Jorge e Lina contam que decorar a casa lhes toma um mês de trabalho. Jorge se encarrega de colocar as luzes exteriores e Lina cuida do interior. Desmontar tudo lhes toma apenas três ou quatro dias.
A vida é o desafio de levantar uma bela construção. Nada acontece por acaso. É preciso prestar atenção aos mínimos detalhes. Muitas pessoas escondem sua vida sem alegria nem colorido atrás da palavra destino, mas o destino não é um assunto de simples oportunidade ou de sorte, e sim de escolha. A edificação pronta não é algo que se consegue apenas esperando. É preciso trabalhar.
Interessante que o autor do provérbio de hoje destaca a expressão “com as próprias mãos”. Ninguém é culpado da derrota a não ser o próprio derrotado. A responsabilidade é pessoal. Deus lhe dá os recursos, mas é você quem edifica ou derriba.
No longo caminho da edificação pode haver momentos de desânimo e cansaço. Pode haver pequenas frustrações; muitas vezes você pode ter a impressão de que a meta está distante, mas nenhuma derrota chega só porque algo não deu certo, e sim porque você desiste e abandona.
Hoje é um novo dia na história deste mundo e pode ser também um novo dia na sua experiência. Não desista. A edificação da vida não é um evento, mas um processo. Pouco a pouco, passo a passo, com os olhos fixos em Deus e as mãos no trabalho, você verá finalmente suas obras acabadas, deslumbrantes e bonitas. Não se esqueça: “A mulher [ou o homem] sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba.”
Texto de Alejandro9 Bullón
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Até quando?
Até quando, Senhor? Esquecer-Te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o Teu rosto? Sal. 13:1.
A pergunta de Davi é uma que nós fazemos com freqüência, em tempos de dificuldade. O salmista se fez esta pergunta seis vezes. Até os mártires do evangelho perguntaram: “Até quando, ó soberano Senhor?” Apoc. 6:10.
Sei que há momentos tão escuros na vida que, humanamente, sentimos que Deus Se esqueceu de nós. Davi passou por muitos momentos assim. Quando ele escreveu este salmo, estava fugindo de Saul. Eram tempos difíceis. Um dia, até chegou a dizer: “Há um passo entre mim e a morte”. I Sam. 20:3.
De quem você está fugindo hoje? Que problema tenta esquecer? Que tipo de pressões enfrenta? Porventura já veio à sua mente que a única saída poderia ser abandonar tudo e desaparecer? Você olha para todo lado e não vê luz? Clama e dá a impressão de que Deus não responde?
Todos os dias precisamos aprender a lidar com os sentimentos. Eles, com freqüência, são traiçoeiros. Quando estamos bem, nos fazem sentir que estamos mal e vice-versa. Distorcem a realidade. Colocam uma venda em nossos olhos e nos impedem de enxergar a mão poderosa de Deus.
Outro dia, minha esposa e eu voamos de Charlotte para Saint Louis. O céu estava escuro e chovia bastante. Quando a aeronave começou a ganhar altura, vimos algo que nos ensinou uma grande lição. O avião tremeu ao atravessar as nuvens, mas em poucos minutos voava num céu azul e calmo, onde o sol brilhava em todo o seu esplendor.
Ah!, meu amigo, pode ser que neste momento a sua vida pareça rodeada de nuvens escuras, mas não se esqueça de que, por cima delas, o sol brilha. Não há nuvem, nem tempestade capaz de apagar o sol.
Portanto, não se desespere. Se Deus, na Sua infinita sabedoria permite que você viva o momento que está vivendo, é porque tem algo maior e melhor para você. Espere um pouco e o sol brilhará de novo. Deus não Se esqueceu de você. Não dorme nem dormita. Continua vigilante. Portanto, não se pergunte como Davi: “Até quando, Senhor? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o Teu rosto?”
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Olhe bem
Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti. Prov. 4:25.
Foi apenas um segundo de distração e meu carro saiu da estrada. O acidente poderia ter sido fatal se não fosse a mão misericordiosa de Deus. Depois que o susto passou, agradeci ao Senhor e lembrei-me de uma expressão que a minha mãe repetia quando eu era garoto: “Menino, olhe por onde anda!”
Olhar para o caminho, não se distrair, não tentar fazer duas coisas ao mesmo tempo é básico para chegar com sucesso ao fim do caminho, e esta vida é um caminho. É uma longa jornada que começa no dia em que nascemos. É uma estrada cheia de obstáculos, perigos, dificuldades e desafios.
O provérbio de hoje enfatiza o verbo olhar. Em hebraico, é o verbo nabat, que significa olhar, considerar, perceber, advertir. Embora comumente se use nabat dentro da conotação física, essa palavra é usada com freqüência num sentido figurado para expressar uma percepção espiritual. Afinal de contas, o propósito dos conselhos divinos não é apenas que não tropecemos aqui, mas que cheguemos vitoriosos ao glorioso destino.
Existem muitos motivos de distração ao longo desta vida. Vozes. Muitas vozes. Luzes. Filosofias atrativas. Estímulos fascinantes. Por isso, em Provérbios 4, Salomão aconselha que haja uma concentração completa do ser inteiro, afim de não se afastar da senda correta. Que “os teus olhos olhem direito”, adverte. Mas não apenas os olhos, os ouvidos também (v. 20) e o coração (v. 21) e as pálpebras (v. 25) e os pés (vs. 26 e 27).
Algum relacionamento seu anda mal? Alguma coisa não está funcionando como deveria na sua vida profissional, familiar ou pessoal? Então, olhe. Não com os olhos, mas com a alma. Pergunte a si mesmo, no íntimo do coração: “Estou andando no caminho certo? Ou em algum momento, em alguma circunstância, perdi o rumo?” Perder o rumo é perder o controle, e perder o controle pode ser fatal, não apenas para você, mas para tanta gente que vive ao seu redor.
Antes de sair de casa hoje, volte os olhos para os conselhos divinos. Estenda a mão em direção a Deus e deixe-se guiar. A vida é mais segura quando o guia é alguém que não pode errar. Tenha um bom dia e que “os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
O caminho da humildade
Guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o Seu caminho. Sal. 25:9.
Você já encontrou uma pessoa orgulhosa e justa? O orgulhoso acha que sabe tudo. Não aceita conselhos. Sua vida está tão cheia dele mesmo que não existe lugar para Deus. Como Deus pode guiar uma pessoa orgulhosa? E como essa pessoa pode ser feliz se a felicidade consiste em andar nos caminhos de Deus?
O apóstolo Pedro disse, em certa ocasião: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a Sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte.” I Ped. 5:5 e 6.
Como Deus exalta uma pessoa humilde? Mostrando-lhe o caminho, falando ao seu coração, conduzindo-a pelas veredas da nobreza, ensinando-lhe a reconhecer seus erros e a pedir perdão, a ser compassiva, a estender a mão para dar uma segunda oportunidade a quem errou. O resultado de tudo isso é que as pessoas passam a admirá-la, a amá-la e a segui-la. E assim Deus cumpre Sua promessa de exaltá-la.
A pessoa orgulhosa, dizia Benjamim Franklin, almoça vaidade, e janta desprezo. O orgulho a conduz, mais cedo ou mais tarde, ao terreno da vergonha e do fracasso. Vida profissional acabada, amizades rompidas. Tudo isso é o resultado de não ter se deixado guiar por Deus.
Mariano Aguilo costumava dizer: “Se o homem orgulhoso soubesse como é ridícula a imagem que projeta, até por orgulho aprenderia a ser humilde.” Mas o orgulhoso é incapaz da autocrítica.
A humildade é necessária para sermos justos, e você e eu precisamos ser justos, como esposos, como pais, como empregados ou empregadores, ou simplesmente como seres humanos. Não é possível fazer ninguém feliz, sem humildade.
Segundo o salmo de hoje, só é possível sermos justos se nos deixarmos ser conduzidos por Deus. Afinal de contas, quando Jesus esteve neste mundo disse: “Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração.” Mat. 11:29.
Existem feridas que você abriu? Corações tristes que você magoou? Aprenda de Jesus todos os dias e lembre-se de que Ele “guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o Seu caminho”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 17 de setembro de 2013
O desígnio do Senhor
Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá. Prov. 19:21.
Saulo de Tarso, educado aos pés dos mais extraordinários mestres de seu tempo, cavalgava naquela noite a caminho de Damasco, perseguindo pessoas cujo único delito era acreditar em Jesus. Jovem ainda, se integrara às forças armadas de seu país e pensava que se conseguisse exterminar os “rebeldes” acrescentaria essa vitória à sua folha de serviço. O que ele ignorava é que “muitos são os propósitos dos homens”, mas o desígnio do Senhor é soberano.
A escuridão daquela noite foi rasgada por um brilho estranho. Ninguém sabia definir de onde provinha aquela luz. O terror apoderou-se do batalhão, soldados caíram por todo lado; entre eles, o capitão Saulo, que beijou o chão, comeu pó e em meio ao susto ouviu uma voz doce: “Saulo, Saulo, por que Me persegues?” “Quem és, Tu, Senhor”, perguntou o atônito perseguidor. E a voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues.” Atos 9:4 e 5.
Naquela noite, Saulo morreu. Seus planos humanos, seus projetos, suas aspirações na carreira militar, tudo foi enterrado nas areias do deserto. Naquela noite nasceu Paulo, o servo humilde, o missionário incansável, o pioneiro, o mártir, o homem que, deixando a glória deste mundo, escolheu fazer parte da história do cristianismo.
O verso de hoje descreve esse fato que se repete cotidianamente na vida do ser humano. O homem faz planos. Do seu ponto de vista, esses projetos têm tudo para dar certo. Sonha, imagina o futuro, começa até a viver antecipadamente as glórias de um futuro que não chegou. De repente, tudo dá um giro inesperado. E as coisas não acontecem como esperava.
Salomão não está afirmando que a criatura não deva viver sem planos. Muitas vezes ele enfatiza a necessidade de planejar. Fazer planos é saber para onde ir. Sem isso, ninguém chega a lugar nenhum. O que o verso de hoje enfatiza é a fragilidade dos planos humanos. Tudo precisa ser depositado nas mãos de Deus porque Ele, inspirando ou permitindo, está no controle do Universo e da vida de cada homem e mulher.
Faça planos de acordo com a vontade divina. Consulte a Deus, porque “muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Vida restaurada
VIDA RESTAURADA
A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Sal. 19:7.
Conheci Jean no pior momento de sua vida. Foi numa noite em que ele desmaiou enquanto eu apresentava a Palavra de Deus. No final da reunião, o trouxeram ao meu camarim. Estava com a vida completamente destruída. Desempregado, lar desfeito e prisioneiro do alcoolismo. Achava que não valia a pena continuar vivendo. Aquela noite fora ao ginásio esportivo porque um amigo a quem devia favores insistiu muito. A mensagem atingiu seu coração, a ponto de perder a consciência.
Três anos depois, tornei a vê-lo em circunstância completamente diferente: Era gerente de uma empresa de porte médio, seu lar estava reconstruído, tinha vencido o alcoolismo e refletia felicidade no olhar.
É isso que o salmo de hoje ensina: “A lei do Senhor é perfeita e restaura.” Restaurar significa fazer de novo, reconstruir, recriar. Por isso, algumas versões da Bíblia usam o verbo “converter”.
No original hebraico, a palavra lei é Torah, que abrange não apenas o decálogo, mas todos os ensinamentos bíblicos. Literalmente, Torah quer dizer: instrução, direção, ensino.
Precisamos ser ensinados, instruídos e dirigidos pela Palavra de Deus para não vivermos nos destruindo ao procurarmos a felicidade. E se alguém já está destruído, precisa urgentemente buscar os ensinamentos e o poder restaurador da Palavra de Deus.
Um dia, Jesus achou um paralítico. Aquele homem vivia arrastando sua humanidade pelos caminhos da vida. Não tinha sonhos, nem projetos, nem expectativas futuras. Só aquele presente doloroso, escuro e sem esperança. Mas Jesus apareceu e disse: “Levanta-te, toma o teu leito e anda.” João 5:8. Aí estava a palavra de Deus. A ordem era “levanta-te”. O paralítico só tinha duas opções, crer ou rejeitar. Ele creu, levantou-se e andou.
Esse é o poder restaurador da palavra divina. Restaura a alma. Cura por dentro, devolve a esperança, a vontade e dá sabedoria para evitar os erros do passado.
Por isso, hoje, antes de enfrentar os perigos que se escondem no caminho, lembre-se: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.”
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Ame a disciplina
O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina. Prov. 13:24.
Não existe paternidade feliz e responsável sem disciplina. Não existem filhos maduros e equilibrados sem correção. Omitir-se diante do deslize do filho é “aborrecê-lo”. No original, a idéia é “odiá-lo”. Assumir a missão divina de corrigir o filho é amá-lo. Amor e ódio são palavras extremamente fortes, mas estão presentes no tipo de educação que damos aos filhos.
Deus quer que você seja feliz em todas as áreas da vida, e Ele sabe que se as coisas não andam bem no lar, não é possível ter sucesso na vida profissional, financeira ou social. Como alguém pode fechar um bom negócio, se sabe que o seu filho está mergulhado no mundo das drogas? Como pode relacionar-se bem com as pessoas, se seu coração está feito em pedaços porque seu filho destrói-se lentamente nas sombras dos vícios e da promiscuidade? De que valem todas as vitórias que você pode conquistar na vida, se o seu filho é um derrotado?
Os pais que querem ver filhos felizes, precisam lançar mão da disciplina e precisam fazê-lo cedo. Definir valores, estabelecer limites, desenvolver virtudes e remover defeitos são parte da verdadeira disciplina, mas isto requer esforço. O caminho mais fácil é permitir que os filhos estabeleçam suas próprias regras e achar que, providenciando a satisfação das necessidades materiais e de escolaridade, a paternidade está cumprida.
Quanto tempo você gasta com os filhos? Conhece os amigos deles? Sabe a que hora eles chegam em casa? Sabe onde eles estiveram? Toda construção demanda vigilância, trabalho e perseverança. Não existe maior edificação que a vida dos filhos.
Quando chegar o fim deste mundo, que caminha vertiginosamente ao capítulo final de sua história, e Jesus retornar à Terra, não lhe perguntará sobre os seus negócios, sua vida financeira, suas empresas ou sua missão social em favor da humanidade. A grande pergunta será: “Onde estão os filhos que Eu confiei sob o teu cuidado?”
Peça a Deus sabedoria para exercer o seu papel de pai amoroso, firme, paciente, perdoador e formador, porque “o que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Saber decidir
Ao homem que teme ao Senhor, Ele o instruirá no caminho que deve escolher. Sal 25:12.
Se você pudesse fazer um levantamento das vezes em que tomou decisões erradas, qual seria o resultado?
“Pastor”, dizem as pessoas, “eu tinha certeza de que meu casamento iria dar certo.” “Achei que este negócio era o grande negócio da minha vida.” “Nunca pensei que vir a este país seria a minha desgraça.” “Escolher esta profissão foi um erro.”
Agora, imagine como seria sua vida se Deus, que nunca erra, o tivesse instruído no caminho que você devia escolher. Você acha que as coisas seriam diferentes?
Uma das estrelas da música brasileira morreu vítima da Aids, em plena juventude. Numa das suas últimas entrevistas, disse: “Não me arrependo de nada que fiz. Se tivesse que viver outra vez, viveria tudo de novo.” Mas se tivesse feito as decisões certas, com certeza teria vivido mais.
Saber viver é saber decidir. Quando Francisco Pizarro e um grupo de espanhóis chegaram à ilha de Gallo, o líder viu que os companheiros se acovardavam diante das perspectivas do sofrimento que lhes aguardava. Então, com a ponta de sua espada, fez uma linha simbólica sobre a areia da praia e disse: “Deste lado vos espera a morte, a fome, a chuva o desamparo e a glória. Deste outro, a vida descansada em tranqüila pobreza. Cada um faça a sua escolha.” Tendo dito isto, foi o primeiro a pular a linha, e 13 dos seus companheiros pularam atrás dele. Foi assim que se iniciou a conquista do império dos incas.
Foi uma decisão na procura de riqueza e de glória terrenas, é verdade. Mas, todos os dias, a cada instante, precisamos tomar decisões para a vida ou para a morte, para a felicidade ou para a desgraça. Nessas horas, Deus está disposto a instruir você para fazer a escolha certa.
O que fazer para que a ajuda divina seja uma realidade? O texto afirma: “Ao homem que teme ao Senhor, Ele o instruirá.” “Temer ao Senhor” é tê-Lo presente, reconhecê-Lo como Criador, reconhecer-nos como criaturas, abrir os olhos e os ouvidos aos Seus conselhos através da leitura da Bíblia, e depois partir sem medo para os desafios que o aguardam ao longo da estrada.
Torne sua, hoje, a oração do salmista, e lembre-se: “Ao homem que teme ao Senhor, Ele o instruirá no caminho que deve escolher.”
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Seja paciente e perdoador
A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias. Prov. 19:11.
Você briga, discute e reclama porque acha que está se defendendo. À luz do conselho de hoje, você perde cada vez que fica nervoso.
A tradução literal do texto seria: “a sabedoria do homem o torna longânimo”. A palavra hebraica é sekel, que significa sabedoria, prudência, e não especificamente discrição, embora a discrição seja parte da sabedoria. O homem sábio é paciente. Não explode diante da primeira provocação. Observa, analisa e estuda a situação.
“Isso depende da personalidade de cada um”, você pode argumentar. E é possível que o seja. Mas o propósito da sabedoria não é colocar o selo de aprovação nas atitudes humanas. É transformar o temperamento e ensiná-lo a ser feliz.
O caminho da paciência e do perdão é o único que o levará à grandeza. Mas como perdoar se alguém entrou na minha casa, estuprou e matou a minha filha? Sei que é difícil. Impossível talvez, do ponto de vista humano. Mas as coisas impossíveis para o homem são possíveis para Deus.
Ser paciente e perdoador não significa ser insensível. Claro que a dor estará presente. É inevitável. É possível que lampejos de ódio e de vingança passem rapidamente por sua mente. É natural. Você seria um robô sem sentimentos se não sentisse a raiva e a revolta tentando fazer ninho em seu coração.
O problema é permitir que esses sentimentos negativos se apoderem do seu ser, entregando-se voluntariamente à escravidão do rancor, envenenado pela amargura e ressentimento.
Sabedoria não combina com ódio, nem desejo de vingança. Por um motivo: a sabedoria tem como único objetivo levá-lo a ser feliz. E só paciência e perdão conseguem isso.
Louve a Deus pela vida, pelos momentos bons e até pelas provações e dificuldades que aparecem na vida. Faça de hoje um dia de paciência. Não exploda com facilidade. Não diga coisas das quais depois irá se arrepender. É tão fácil abrir uma ferida; difícil é vê-la cicatrizada. Vá a Jesus. Só Ele pode tirar do seu coração a dor e amargura e colocar paz e perdão sem os quais não há modo de ser feliz.
Ah, e não se esqueça: “A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias.”
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Por que me desamparaste?
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido? Sal. 2:1.
Por favor, não me deixe aqui mãe”, foi o clamor desesperado da pequena Alana, naquele trágico dia em que os seqüestradores chechenos se apoderaram da escola de Beslan, na Rússia.
Os seqüestradores forçaram Zalina a abandonar a filha de seis anos, em prantos. Somente assim ela poderia sair da escola salvando o filho de dois anos. Escolha terrível! Fazer o quê? Morrer ali com os dois filhos, ou salvar pelo menos um? As horas seguintes para Zalina foram literalmente o inferno. Cada segundo parecia ser uma labareda de fogo de sua própria consciência. Imaginava o que estaria acontecendo naquela noite com Alana, no assustador ginásio ao lado dos seqüestradores. Graças a Deus, no dia seguinte, ela teve de volta sua filha. Coberta de sangue, em choque, desidratada, mas viva.
Zalina sabe que um dia terá que olhar nos olhos de Alana e explicar por que teve que fazer aquela difícil escolha. “Isso deixa marcas”, ela se recrimina, “nós duas nunca mais seremos as mesmas.”
Séculos atrás, numa montanha solitária, pendurado numa cruz, Jesus exclamou: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” Não existe pior sentimento que o de solidão e desamparo. Você olha para todos os lados e não vê ninguém. O clamor de Cristo era mais dramático ainda, porque Ele afirmou muitas vezes “Meu Pai e Eu somos um”. O que foi que acontecera com aquela unidade maravilhosa?
Na cruz, o Senhor Jesus carregou sobre Si a culpa de todos nós e experimentou na própria carne a crueldade do pecado. Ao carregar voluntariamente a culpa da humanidade, Jesus chegou a conhecer o sentimento de desamparo e solidão que se apodera da criatura quando se afasta do Criador.
Inutilmente, o ser humano tenta achar o “seu” caminho sozinho, encorajado pelo existencialismo. O fracasso, a frustração e o vazio parecem persegui-lo sempre. Por que viver assim, se alguém já pagou o preço da culpa na cruz? É tão simples e ao mesmo tempo tão difícil para o orgulhoso coração humano aceitar a oferta divina. Mas é a única saída.
Antes de iniciar suas atividades de hoje, lembre-se de que você não precisa mais sentir-se só, porque um dia alguém, em seu lugar, já disse: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?”
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Será honrado
Pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado. Prov. 13:18.
As duas palavras chaves no texto de hoje são “instrução” e “repreensão”. Não existe instrução sem repreensão. Evidentemente, Salomão está se referindo à instrução e à repreensão que vêm de Deus.
Nós, seres humanos, estamos dispostos a aprender de outros seres humanos. Gastamos anos estudando até conseguir um título universitário, um mestrado ou um doutorado. Compramos livros, lemos, participamos de seminários e palestras. Estamos sempre atualizando o conhecimento. Acreditamos que estudar é crescer, mas com freqüência não prestamos atenção às instruções divinas, que são o fundamento do verdadeiro conhecimento.
Salomão afirma que “pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a instrução”. Quanto valor tem para você os conselhos dados por Deus, na Bíblia, há muitos séculos? São antiquados? Ultrapassados? Foram bons para aqueles tempos, mas não têm lugar em nossos dias? Quantas vezes você leu a Bíblia para afirmar isso?
O “Código da Vinci” foi durante vários meses best-seller em muitos países. Multidões liam o livro e discutiam o assunto nas rodas de amigos. Dava-se a impressão de que tinha acontecido o maior descobrimento do século. Questionou-se a pureza do evangelho e a veracidade do relato bíblico. Mas quantas dessas pessoas, fascinadas e intrigadas com a leitura do mencionado livro, leram com o mesmo interesse a Bíblia?
Este é um retrato do ser humano do nosso século. Quanto de sua instrução está fundamentado nas palavras que permanecem para sempre?
Faça de hoje um dia de aprendizagem. Não limite o seu crescimento a conceitos e valores terrenos. Saia da esfera humana e procure valores espirituais. Viva os princípios e conselhos divinos. Existe uma recompensa para os que tomam essa atitude. “Serão honrados”, afirma o provérbio. Nos tempos bíblicos, a pessoa era honrada, recebendo poder e riqueza.
Peça a Deus sabedoria para viver desse jeito, porque “pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado”.
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Final feliz
Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá. Sal. 27:10.
Os judeus acham que este salmo foi escrito por Davi nos anos da velhice, depois do incidente narrado assim: “Isbi-Benobe descendia dos gigantes; o peso do bronze de sua lança era de trezentos siclos, e estava cingido de uma armadura nova; este intentou matar a Davi. Porém Abisai, filho de Zeruia, socorreu-o, feriu o filisteu e o matou; então, os homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais sairás conosco à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel.” II Sam. 21:16 e 17.
Pode uma coisa dessas? O povo dizer ao rei: “Por favor, rei, você está velho. Não precisa ir mais para a guerra conosco!” Mas a vida é assim. Chega o momento em que os filhos querem dizer o que devemos ou não fazer. Eles cuidam de nós como cuidávamos deles quando eram pequenos. É a vida e é preciso aprender a conviver com essa realidade.
Davi expressa neste salmo a sua confiança em Deus, nos tempos da velhice. Seus pais já descansam no sepulcro. Ele já viveu, chorou, amou, errou, pediu perdão, se levantou e triunfou. Mas a vida passou. Os anos se foram. Já não é mais o garoto que matava leões e ursos que ameaçavam rebanhos. Também não é mais o jovem destemido que, com uma funda e cinco pedrinhas, derrubara o gigante Golias. Ainda acha que pode, é verdade. Acaba de enfrentar outro gigante, Isbi-Benobe, mas quase morre desta vez, não fosse pela intervenção de Abisai. Por isso, seus próprios soldados lhe aconselharam: “Por favor, rei, fica em casa, para que ‘não apagues a lâmpada de Israel’.”
Como você se sentiria nessas circunstâncias? Como reagir à realidade da velhice que avança implacavelmente? Davi expressa com segurança: “O Senhor me acolherá.”
Ao escrever este devocional, não sou mais um jovem. Eu também já vivi. Resta-me continuar olhando para o horizonte e colocar nas mãos de Deus tudo aquilo que recebi dEle. Na experiência de Davi, o companheirismo com Jesus era a fonte de certeza e satisfação com relação ao futuro.
Se essa é a sua realidade, agradeça a Deus a vida, as alegrias e até as tristezas. E expresse como Davi: “Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá.”
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Vida, justiça e honra
O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra. Prov. 21:21.
Se você pegar o avião para Buenos Aires, com certeza chegará a Buenos Aires. Não tem como pegar a estrada de Washington para Nova Iorque e chegar a Miami. Este é o conselho bíblico de hoje. Deseja obter vida, justiça e honra? Siga o caminho da justiça e da bondade. Jesus é esse caminho.
Quando Jesus esteve na Terra, disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim.” João 14:6.
Em que sentido Jesus é o caminho? Ele convida você a uma vida de companheirismo diário. Cristianismo é justamente isto, andar com Jesus todos os dias. Desde a hora em que você acorda, cedo pela manhã, até a hora em que você adormece. Trabalhando, estudando, comprando e vendendo, fazendo qualquer coisa. Se você tem consciência da presença de Jesus, é um cristão.
A tragédia humana é limitar a vida cristã a uma hora por semana na igreja ou, na melhor das hipóteses, a uma hora de meditação e oração por dia. Tudo isso é bom, mas insuficiente para viver uma vida feliz. O segredo é não afastar-se de Jesus um instante e permitir que Ele tome parte nas negociações e decisões. Andar permanentemente com Ele.
Como isso acontece? Significa que devemos cair no terreno do misticismo para tentar ouvir “a voz de Jesus” ou experimentar sensações sobrenaturais? Não! Jesus guia a vida dos Seus filhos através dos ensinamentos de Sua Palavra. Se você não lê e não medita na Palavra de Deus, como é que Ele vai lhe falar nos momentos de necessidade? A Bíblia é a revelação escrita da vontade de Deus para o ser humano.
O caminho é Jesus. Sua Palavra é o guia. Seguir Jesus é seguir os conselhos bíblicos. Você encontra instruções para as circunstâncias mais difíceis da vida, como: educar filhos, sair das dívidas, cultivar relacionamentos etc.
Faça de hoje um dia de decisões de vida. Consiga uma Bíblia, leia-a, estude-a. Isso vale mais do que uma faculdade ou um título doutoral. Ela é a fonte da sabedoria. E não se esqueça: “O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.”
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Promessa alentadora
Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente. Sal. 9:18.
Há quanto tempo você está suplicando por uma determinada bênção e o Senhor parece não Se importar com seu pedido? O salmista apresenta hoje uma promessa alentadora. Você não será para sempre “esquecido”, e não será perpetuamente frustrado. Não é uma grande notícia?
Mas existe uma condição para que a promessa divina se cumpra. Você precisa ser um aflito necessitado. Aqui não se fala de dois tipos de pessoas. Você sabe que esta é uma poesia hebraica e a beleza da poesia hebraica não está na rima, e sim no paralelismo.
O paralelismo é a repetição do mesmo pensamento em duas frases aparentemente diferentes. Assim, o necessitado da primeira frase é o aflito da segunda. Você pode estar aflito hoje, se estiver enfrentando algum problema. Mas não se sentir necessitado.
A palavra hebraica para necessitado é ebyôn, e é usada pelo menos em três aspectos diferentes. Para referir-se a um estado de pobreza material, a uma pessoa que não tem posição social ou a uma atitude de humildade diante de Deus. Inclusive, o verbo hebraico necessitar, Abah, significa aceitar, consentir. Ninguém aceita a intervenção de outro se não for necessitado.
Quando o ser humano acha que Deus está demorando a responder, é geralmente porque não chegou ao estado de necessidade espiritual que o leva a aceitar a intervenção divina em sua vida.
Naquela noite, no mar da Galiléia, os discípulos lutaram com as ondas e o vento contrário enquanto tiveram forças. Eram pescadores acostumados às tempestades e tormentas. Para que pedir ajuda? Eles podiam resolver sozinhos o problema.
Mas, na quarta vigília, lá pelas quatro ou cinco da manhã, quando não tinham mais forças, quando o orgulho e a suficiência humana haviam desaparecido e sentiam-se “necessitados”, Jesus apareceu andando sobre as águas para socorrê-los.
Sentir-se necessitado não é um assunto de palavras nem de lágrimas. É uma atitude do coração. É o que você e eu precisamos aprender diariamente, porque a promessa do Senhor é que “o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Ajuntar no verão
O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha. Prov. 10:5.
As estatísticas indicam que mais de 80% dos americanos vivem permanentemente endividados. O cartão de crédito é bem mais utilizado do que dinheiro vivo. A publicidade aumenta a febre do consumo e há quem pense que dever uma média razoável, não é dever. E que dever é uma maneira inteligente de viver com o dinheiro dos outros.
O conselho bíblico é diferente. Não gaste tudo que recebe. Ajunte no verão, guarde, aproveite os tempos de “vacas gordas”, e quando chegarem os tempos difíceis você saberá onde encontrar.
O provérbio aconselha não somente a poupar. Ensina como aproveitar as oportunidades da vida. O verão não dura para sempre. A juventude não é eterna. Nenhum emprego é seguro. Existem portas abertas. Mas a noite vem, quando é preciso fechá-las. Tudo passa. As oportunidades vão e vêm. Nada é permanente. Desperdiçar oportunidades é pior do que desperdiçar dinheiro. O dinheiro não compra as oportunidades. Mas se você aproveitá-las conseguirá dinheiro
A diferença entre os vitoriosos e os derrotados é o aproveitamento das oportunidades. Não há lugar para a indecisão. Por que adiar o que pode ser feito hoje? Por que esperar janeiro para começar de novo? Por que aguardar o verão, se antes dele chegará o inverno implacável, cobrando a falta de previsão? O que você faz com o presente, hoje, determinará seu futuro.
Hoje é o dia. Agora é verão. Tempo de plantar e de colher. Tempo de guardar e armazenar. Essa é a juventude, tempo de aprender e preparar-se para os dias quando as forças e as oportunidades forem escassas.
Faça um balanço de sua vida. O que precisa ser feito na sua vida hoje? Que decisão precisa tomar? Até quando vai adiá-la?
Deus está sempre pronto a conceder sabedoria e estender a mão ao desfalecido, mas lembre-se: “O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.”
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Tapinhas nas costa
Não me arrastes com os ímpios, com os que praticam a iniqüidade; os quais falam de paz ao seu próximo, porém no coração têm perversidade. Sal. 28:3.
Davi teve muitas mulheres. Uma delas foi Mical, filha de Saul. O casamento de Davi com ela foi cheio de intrigas. Por um lado, Saul dava tapinhas nas costas de Davi e dizia: “Seja meu genro! Eu quero que você faça parte da minha família!” Mas quando Davi virava as costas, Saul tentava destruí-lo a todo custo. A parte da Bíblia que narra essa historia (I Sam.18) termina dizendo que Saul foi inimigo de Davi durante toda a vida.
O texto de hoje é um salmo de lamentação e súplica. Davi pede para não ser contado com os ímpios e menciona uma característica especial desses ímpios: os que falam de paz com seu próximo, mas têm o mal no coração. Quando as pessoas se cumprimentavam em Israel, elas usavam a palavra shalom, que quer dizer paz. Era como dizer hoje: “Oi, tudo bem?” A gente fala isso por costume. O coração pode estar cheio de mágoa ou ódio, mas quando as pessoas se encontram dizem: “Tudo bem.” O salmista fala disso ao referir-se a pessoas que falam de paz com seu próximo, mas têm o mal no coração.
Todos os dias teremos que viver com pessoas desse tipo. O que fazer com elas?
Primeiro, faça como Davi: busque a Deus e coloque a vida dessa pessoa nas mãos dEle. Ele é o único que pode resolver essa situação. Antes de sair de casa ou antes de iniciar suas atividades hoje, coloque esse próximo nas mãos do Senhor. Ore por ele. A oração intercessória tem um poder inacreditável.
Em segundo lugar, lembre-se de olhar para suas próprias motivações. Por uma simples razão. Cuidado para não ser esse alguém. Essa é a luta diária, a batalha sem fim do cristão.
Talvez, por algum motivo, você sinta o desejo de agir desse modo. A raiva ou o espírito de vingança podem querer apoderar-se de qualquer coração. Isso envenena a alma e enferruja a capacidade de amar. Não dê lugar a esse tipo de sentimento porque, um dia, a justiça divina cairá sobre os que “falam de paz ao seu próximo, porém no coração têm perversidade”.
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Confiança e felicidade
O que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no Senhor, esse é feliz. Prov. 16:20.
A vida é uma rosa cheia de espinhos. Há problemas, todos os dias. Diante deles, o ser humano tem apenas duas alternativas: ou confia em Deus e segue as instruções divinas ou confia no próprio entendimento e tenta encontrar a saída para seus problemas nas próprias forças.
Confiar é condição necessária para desenvolver qualquer relacionamento. Não há como viver sem confiar. Tudo que fazemos envolve confiança. Confiamos no padeiro, no motorista de ônibus, no piloto do avião... Muitas vezes, a confiança é traída. Por mais que o ser humano seja bom e tente cumprir suas promessas, está limitado pela sua própria humanidade. Por exemplo: Eu prometo dar uma bicicleta para meu neto no final do ano, e o que acontece se eu morrer dentro de um mês?
Promessas humanas são falíveis, por serem humanas. Intenções humanas, com freqüência, são egoístas e mentirosas. Nascem de um coração contaminado pelo vírus do pecado. Projetos humanos são passageiros e limitados, por causa da temporalidade da criatura.
Por isso, o conselho de Salomão é: “O que confia no Senhor, esse é feliz.” É loucura confiar em Deus e, ao mesmo tempo, procurar a solução para os problemas da vida no esforço humano. “Confiar no Senhor” significa entrega, submissão e obediência. Essas atitudes não são próprias da natureza humana, mas são a única garantia de vitória. Por isso, o texto diz: “Atenta para o ensino [e] acha o bem.”
Como todo dia, hoje também é um dia de decisões. Você está vivo. Viver é decidir. Para o bem ou para o mal, para a tristeza ou para a alegria. Dê a Deus a chance de ser o seu guia. Afinal de contas, o Criador conhece o caminho melhor do que a criatura. Ele é Deus. Suas promessas nunca falham.
Antes de sair de casa ou de iniciar suas atividades diárias hoje, coloque sua vida nas mãos de Deus. Peça que Ele o ensine a viver, porque “o que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no Senhor, esse é feliz”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Espere um pouco mais
Porque não passa de um momento a Sua ira; o Seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã. Sal. 30:5.
Com freqüência, o ser humano relaciona a enfermidade com algum castigo divino. É verdade que a Bíblia menciona muitas vezes a ira divina que, em hebraico, é Jarah. Mas, nem de longe, ela pode ser comparada com a ira pecaminosa do homem, em hebraico qatsap.
Já imaginou Deus como um pai zangado, com o rosto vermelho, falando impropérios, lançando fogo pelos olhos e correndo atrás do filho para castigá-lo? No entanto, na hora da dor, Davi achava que Deus estava “batendo nele”.
No salmo de hoje, o salmista agradece a Deus porque a enfermidade passou. Nesta vida, tudo passa. Passam a alegria e os momentos bons. Graças a Deus, também passam os momentos ruins. O contexto dá a entender que Davi acabava de sair de uma enfermidade que quase o levara à morte. “Senhor, meu Deus, clamei a Ti por socorro, e Tu me saraste. Senhor, da cova fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura.” Sal. 30:2 e 3.
O Deus que curou a Davi é também o seu Deus. Portanto, se neste momento você está doente ou tem um ser querido enfermo, deposite toda sua confiança no Deus que “sara” e que “preserva a vida da sepultura”.
Sei que quando a dor toca a vida de uma família, todas as pessoas sentem-se imersas em sombras. Ninguém entende nada. Tudo parece escuro. Nessas horas, pode vir o choro. Mas saiba que a alegria virá pela manhã. Essa é a promessa divina.
O patriarca Jó poderia falar de sua própria experiência. O inimigo o levou às profundezas da enfermidade e da desgraça. Em meio às sombras, ele repetia constantemente: “Eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a Terra.” Jó 19:25. E assim foi. Deus o restaurou, e o inimigo teve que engolir a gargalhada de aparente vitória. O sol de um novo dia brilhou na vida daquele homem fiel.
Portanto, não se desespere. Não desanime. Não perca a fé. Deus nunca vai permitir que você seja provado mais do que pode suportar. Seu redentor virá e não tardará.
Enquanto isso, repita: “Porque não passa de um momento a Sua ira; o Seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.”
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Obrigado, Senhor
Tirou-me de um poço de perdição, dum tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. Sal. 40:2.
O salmo de hoje mostra o processo maravilhoso da salvação. Alguém está completamente destruído pelo pecado e, de repente, deixa-se encontrar pelo Senhor Jesus, O aceita como seu Salvador pessoal e o Senhor o transforma num príncipe para Seu reino.
Ao longo das quase quatro décadas apresentando Jesus Cristo como a única solução para os problemas humanos, tenho visto prostitutas, homossexuais e marginais da pior espécie serem transformados pela graça maravilhosa de Cristo.
Davi descreve, num só verso, como Deus age com o pecador arrependido: “Tirou-me de um poço de perdição.” O salmista está falando aqui da prisão. O pecado aprisiona, escraviza, não permite você ir aonde quer, tira sua liberdade.
Nas prisões daqueles tempos não havia banheiros. Eram poços imundos, asfixiantes. Davi o chama “tremedal de lama”. Quando o salmista deixou-se arrastar pelo pecado, foi parar literalmente no fundo do poço. Sem saber mais aonde ir nem o que fazer com a vida, clamou por socorro e o Senhor apareceu. Jesus sempre está pronto a aparecer na vida de qualquer ser humano que clama por perdão. Mas Ele nada pode fazer por alguém que tenta “justificar”, “racionalizar” ou “explicar” suas ações erradas.
O texto diz: “Colocou-me os pés sobre uma rocha...” Quem é essa rocha? Jesus, a Rocha dos séculos. O pecador agora está livre, perdoado e justificado na rocha. Salvo em Cristo, porque “não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. Atos 4:12.
O trabalho de Jesus não termina aí. O salmo diz: “... me firmou os passos”. Se você tenta ser um cristão, descobre que não é fácil andar com firmeza. A estrada está cheia de perigos e tentações. Quantas vezes os pés vacilam e você escorrega, chegando a sangrar.
Jesus é a única solução. Ele não é apenas seu salvador, é também seu sustentador. Ele o levará até a vitória final. Ele completará em você a obra que iniciou. Por isso, diga com gratidão em seu coração: “Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama, colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos.”
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
O propósito da disciplina
O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento. Prov. 15:32.
Quando o fogo cai sobre a madeira, a destrói; quando cai sobre o ouro, o purifica. O fogo é símbolo da disciplina divina, das provações e adversidades que aparecem na vida.
Precisamos entender que a disciplina divina não é como o castigo humano. Nada que traz dor, lágrimas e tristeza nasce na mente divina. Deus só é o autor de coisas boas. Se eu rejeitar a disciplina, coloco-me numa estrada perigosa. “Menospreza a sua alma”, adverte Salomão.
Nada acontece neste mundo sem a permissão divina e, se Ele permite que a adversidade bata à porta do coração, é porque deseja que escrevamos capítulos mais brilhantes de nossa própria história. Teologicamente, a adversidade chega na vida do filho de Deus porque o Senhor quer despertá-lo para o perigo que se aproxima.
O verbo hebraico ma’as que Salomão usa, e que é traduzido como “rejeita”, em português, significa literalmente sentir-se revoltado, incomodado, não estar de acordo. Não é assim que nos sentimos cada vez que as coisas não saem como queremos? E, no entanto, essa aparente adversidade é o instrumento que Deus usa para livrar-nos de tragédias maiores.
Se aceitamos a prosperidade e a alegria, dons preciosos de Deus para fazer-nos felizes, não deveríamos também aceitar que o Senhor nos acorde para a realidade, quando a nossa humanidade nos leva a adormecer no volante das circunstâncias favoráveis?
Nenhuma dor é permanente. Nenhuma adversidade dura para sempre. Não para os filhos de Deus. Porque o objetivo não é destruir, e sim educar e edificar. A dor que você vive neste momento é passageira. Amanhã será um novo dia. O sol brilhará de novo e você terá crescido na sua maneira de ver a vida. Atenda à repreensão com humildade.
Por isso, hoje, mesmo que as coisas não estejam todas cor-de-rosa, mesmo que no céu haja nuvens ameaçadoras, vale a pena lembrar-se do conselho divino: “O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento.”
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Quanto a mim
Quanto a mim, confio em Ti, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus. Sal. 31:14.
A vida espiritual é uma experiência individual. Você não pode ser fiel a Deus em grupo. É verdade que o grupo exerce influência na vida do indivíduo, mas o Deus “da igreja” pode não ser o seu Deus, e o crescimento espiritual da igreja não garante o seu.
É tendência natural do ser humano olhar para os outros a fim de tranqüilizar a própria consciência. É natural esconder-se atrás dos outros, ou olhar na direção deles antes de tomar uma decisão. Mas o salmista declara hoje: “Quanto a mim”. Pode ser que tudo aquilo que Deus fez na vida das pessoas não seja motivo para que O reconheçam e aceitem como Deus. Talvez os milagres cotidianos que acontecem na vida de tanta gente não leve essas pessoas a depositar sua confiança em Deus. Não sei e não quero que isso exerça influência na minha vida, mas, “quanto a mim, confio em Ti, Senhor”.
Essa é a expressão de uma fé particular, íntima e pessoal. “Tu és o meu Deus.” Aqui está o segredo de uma grande vitória. Deus é meu. Tenho-O em meu coração. As pessoas podem tirar tudo de mim, menos a confiança que tenho em meu Deus, porque eu O conheço.
Ao longo dos Salmos, é enfatizada a vida espiritual como uma relação permanente de amor entre Deus e o homem. Davi louvava o nome desse Deus que ele amava de manhã, ao meio-dia e à noite.
Por que você acha que o cristianismo tem esse nome e não igrejismo? Porque é comunhão diária com Cristo. A igreja tem um lugar importante na vida do cristão, mas não é ela, e sim a experiência pessoal com Cristo que vai tornar uma pessoa cristã. Sem Ele, é possível ser apenas um membro de igreja e não ser cristão.
Antes de partir para os desafios da vida, hoje, pense no tipo de cristianismo que você vive. É Jesus o centro de seus sonhos, planos e projetos, ou é apenas um nome bonito para se lembrar uma vez por semana?
Faça de hoje um dia de comunhão especial com Jesus. Consulte-O sobre as dúvidas que atormentam o seu coração. Peça-Lhe sabedoria para tomar as decisões certas, e não saia para a rua sem Ele. Repita com convicção: “Quanto a mim, confio em Ti, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus.”
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Eu tenho a força
Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria, Eu sou o Entendimento, Minha é a fortaleza. Prov. 8:14.
O herói infantil He-man mostra a espada e grita: “Eu tenho a força.” Mas, no verso de hoje, Deus afirma: “Minha é a fortaleza.” Quem tem a razão? Alguém está mentindo. Não pode haver duas verdades ao mesmo tempo.
O humanismo de nossos dias ensina que há energia quase divina dentro do ser humano. “Concentre-se, tire a energia dentro de você, mentalize”, afirmam. Quanta verdade existe nessas afirmações? Quanto poder e força interior possui o homem?
A Bíblia, por sua vez, ensina que a força vem de Deus. É dEle que vem o conselho e a verdadeira sabedoria. O valor da criatura é extrínseco. Valemos porque Deus nos considera valiosos, não porque tenhamos valor em nós mesmos.
Portanto, para ser feliz e realizado nesta vida, você precisa ir diariamente à fonte inesgotável de sabedoria. Deus é o Criador e conhece melhor do que ninguém a obra de Suas mãos. Quem melhor do que Ele para mostrar-lhe o caminho da prosperidade?
O ser humano natural não gosta de receber conselhos, prefere aconselhar. Não aceita ser o segundo, quer ser sempre o primeiro. Foi assim desde o princípio. A serpente disse a Eva: “Como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” Gên. 3:5. Que idéia sedutora. Ser como Deus. Desde aquele dia, a humanidade iniciou a desesperada corrida em direção da sua própria divinização. Gosta de brincar de Deus. Inventa pequenos deuses. Sente-se Deus.
Para que conselho? Ou instrução? “Eu tenho a força”, o ser humano grita bem alto. No fundo, nem ele próprio acredita na sua teoria oca, mas persiste e insiste, a despeito de suas frustrações e derrotas.
Hoje, você precisa de sabedoria e de conselho para tomar uma decisão importante? Sente-se cansado, triste, magoado e precisa ser fortalecido? Vá a Jesus. Ele sempre está com os braços abertos, esperando o retorno dos Seus filhos. Só nEle você poderá encontrar refúgio, alívio e forças para carregar o fardo que as circunstâncias lhe impõem. Ele afirma: “Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria, Eu sou o Entendimento, Minha é a fortaleza.”
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Estou sozinho
Volta-Te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito. Sal. 25:16.
Não é fácil ser líder. Houve um tempo em que a melhor definição de líder era: “Aquele que inspira e leva as pessoas à ação, conseguindo delas o máximo de colaboração e o mínimo de oposição.” Hoje, a melhor definição poderia ser: “Líder é aquele contra o qual a maioria se opõe.” Vivemos em tempos de contestação. “Si hay líder, soy contra”, parece ser o grito universal dos povos.
Davi era o líder de Israel e pagou o preço da incompreensão e da solidão. Disse: “Estou sozinho e aflito.” Se você nunca teve que exercer um cargo de liderança e tomar decisões difíceis que envolvem outras pessoas, talvez não consiga entender a “solidão do líder”.
Se você quer ser leal à sua consciência e aos princípios bíblicos, verá muitas vezes que amigos e até membros de sua família se colocarão contra você. Isso dói. O salmista conhecia bem essa dor, porque seus filhos, Absalão, Amon e Adonias estavam contra ele e, junto a eles, Aitofel, um dos melhores amigos do rei.
Nessas horas de solidão e dor, aonde vai o líder ferido? Ele não pode desanimar nem esmorecer, nem fraquejar. Ele é o líder. Todos podem abandonar o barco, menos o capitão. Todos podem correr, fugir. O líder não. Mas ele não é apenas um ser humano como os outros? Não tem sentimentos, coração e sangue como os demais? Sim, mas quem se importa com isso?
O verso de hoje nos dá a entender que há alguém que se importa. Por isso, a oração do salmista foi: “Volta-Te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito.”
Aflição, do verbo hebraico Tsarah, significa dor psicológica e emocional. É com esse significado que a palavra aparece pela primeira vez em Gênesis 42:21, quando os irmãos de José, ao reconhecê-lo, disseram uns aos outros. “Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos.”
José era o líder abandonado e rejeitado. Como Davi e tantos outros. Talvez como você hoje, diante das circunstâncias difíceis que está vivendo.
Mas Jesus está aí ao seu lado, disposto a dar-lhe forças para suportar as intrigas e maledicências da oposição. Não tema. Apenas diga como o salmista: “Volta-Te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito.”
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Ensine valores
O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa, mas o que odeia o suborno, esse viverá. Prov. 15:27.
A família recebeu a notícia como uma bomba. O pai tinha sido preso por tráfico de drogas. Eles viram tudo na televisão, na hora do jornal. O pai, sem camisa, tentando ocultar o rosto das câmaras.
A partir daquele dia, muitas atitudes “misteriosas” do pai pareciam ter explicação. Ele sempre dizia que viajava por causa do trabalho, mas a realidade era outra. Homem moralista, carinhoso, esposo e pai exemplar, sempre forneceu tudo que a família precisava. Os filhos o admiravam, e a descoberta da vida dupla daquele homem quase destruiu a vida da família.
O texto de hoje descreve a situação de muitas pessoas que não pesam as conseqüências quando se trata de conseguir dinheiro. O “lucro desonesto” sempre traz complicações. Nem sempre com a polícia. São complicações interiores, noites sem dormir, consciência culpada e horas infernais de angústia diante da possibilidade de ser descoberto. Tudo isso se reflete na qualidade de vida. Não é a mesma coisa que conforto. Você compra conforto, não qualidade de vida. Ir a um Spa, gastar dinheiro em férias maravilhosas, comer em bons restaurantes e hospedar-se nos melhores hotéis trazem apenas conforto.
Salomão declara: “O que odeia o suborno, esse viverá.” Acaso a pessoa desonesta não vive? Existe, mas não vive. Viver, no sentido bíblico, é mais do que sobreviver. É desfrutar paz, tranqüilidade, sono reparador, família, valores espirituais; enfim, coisas simples, aparentemente insignificantes, que dão à vida um sentido de plenitude. Isso, não se compra. Você o recebe de graça das mãos de Deus, mediante o trabalho honesto.
Ensine esses valores. Não imponha nada. Muita gente tentou fazer isso e só conseguiu reclamações e revolta. Valores nunca se impõem. São ensinados no dia-a-dia, no convívio, com a palavra e com o exemplo.
Pessoas sábias são avaliadas pela coerência de suas palavras e de suas ações. Seja, com a ajuda de Deus, uma pessoa sábia. E faça de hoje um dia especial de formação de valores na vida dos seus amados, porque “o que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa, mas o que odeia o suborno, esse viverá”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Seja forte
Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor. Sal. 31:24.
Israel andava pelo deserto, rumo à terra prometida. Os anos transcorriam e dava a impressão de que o alvo estava cada vez mais distante. Você já sentiu algo parecido? Outro dia, um jovem me disse: “Tentei doze vestibulares em universidades públicas e não consegui passar. E, para piorar, não tenho dinheiro para pagar uma universidade particular. Acho que o meu sonho de ser médico nunca se realizará.”
Houve um momento em que o povo de Israel também sentiu que o desânimo se apoderava dele. Então, Deus disse: “Guardai, pois, todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que sejais fortes, e entreis, e possuais a terra para onde vos dirigis.” Deut. 11:8.
Esta é a primeira vez na Bíblia em que aparece a expressão “sê forte”, em hebraico jazaq. Essa expressão se repete 290 vezes no Antigo Testamento. Esse é o segredo do êxito. Não há como alcançar os sonhos nem atingir as metas sendo fraco. É imprescindível ser forte. Tudo que vale tem um preço. No Brasil, existe um ditado popular que afirma: “A cana é doce, mas não é mole.” Só os fortes podem pagar o preço do êxito.
O salmista, no verso de hoje, se dirige aos desanimados. Àqueles que estão cansados de lutar e lutar e nada conseguir. Àqueles que estão a ponto de desistir diante das dificuldades que encontram na estrada.
“Sede fortes, e revigore-se o vosso coração.” É o desafio. Mas vai além. Mostra o caminho, a maneira de adquirir fortaleza. O caminho é: “Espera no Senhor.”
Você não está cansado de esperar? Sim, no sentido de aguardar que aconteça algo. Mas o “esperar” de Davi é um “ficar a sós” com Deus. Buscá-Lo em oração. Meditar nos Seus ensinamentos e tentar descobrir a maneira de alcançar o objetivo.
Talvez agora tenha sentido o que Deus disse a Israel: “Guardai, pois, todos os mandamentos... para que sejais fortes.” Deut. 11:8. É o mesmo conceito de Davi: “Sede fortes... vós que esperais no Senhor.”
Você está disposto a seguir com atenção os conselhos divinos? Está disposto a meditar nos ensinamentos divinos para uma vida vitoriosa?
Vá, hoje, para o trabalho ou para a escola lembrando-se do conselho bíblico: “Sede fortes e revigore-se o vosso coração, vós todos, que esperais no Senhor.”
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Palavra e procedimento
Porque a Palavra do Senhor é reta, e todo o Seu proceder é fiel. Sal. 33:4.
O salmo de hoje não traz o título nem o nome do autor. O tema é louvor e gratidão. Devemos ser agradecidos a Deus por tudo o que recebemos de Suas mãos.
Os três primeiros versos são um convite ao louvor. Depois, vem o verso 4, que escolhi para nossa meditação hoje. Neste verso, o autor apresenta as razões para louvar.
A primeira razão que o salmista apresenta é que “a palavra do Senhor é reta”. Reta, em hebraico, é Yashar. A primeira vez que aparece Yashar na Bíblia é em Êxodo, e está relacionada com uma promessa de Deus a Israel: “Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos Seus olhos, ... nenhuma enfermidade virá sobre ti.” Êxo. 15:26.
Como o ser humano pode saber o que é reto? Vivemos em dias nos quais cada um quer determinar o que é reto. Tudo é “relativo”. Tudo é “ajustável”. “Depende da cabeça de cada um.” São os argumentos que mais se ouvem.
O salmista declara enfaticamente que só Deus é reto; portanto, somente Ele tem autoridade para definir o que é moral, e o faz através de Sua Palavra.
A criatura pode decidir se aceita ou rejeita o que Deus determina como reto. Mas não é sua atribuição escolher o caminho errado e achar que é reto porque, ao fazê-lo, coloca-se no lugar de Deus.
O segundo motivo que o salmista dá para louvar é que o proceder de Deus é fiel. Suas promessas não falham. São eternas e verdadeiras, justas e bondosas. Um Deus reto só poderia agir de modo reto.
Palavra e procedimento misturam-se e complementam-se de maneira extraordinária no caráter de Deus. A “palavra” é a idéia. O “procedimento” é o fato. A “palavra” é a promessa. O “procedimento” é o cumprimento. É através de Sua palavra e de Seu procedimento que Deus Se revela ao ser humano e define o que é moral ou imoral.
Aceitar Sua palavra é aceitar Sua promessa. Você precisa do cumprimento das promessas de Deus em sua vida.
Faça de hoje um dia de obediência. Peça a Deus forças para andar nos Seus caminhos. Deixe-se orientar por Sua voz e confie nEle, porque “a Palavra do Senhor é reta, e todo o Seu proceder é fiel”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Sábio de coração
O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios vem a arruinar-se. Prov. 10:8.
O coração não sente. É apenas um músculo cuja principal função é bombear o sangue para levar vida ao corpo. O coração, no entanto, é usado para simbolizar o lugar mais secreto do ser. Ele não gera só a vida, pode também gerar a morte.
A pessoa sábia faz do seu coração um cofre para guardar os mandamentos de Deus. Esses não são apenas obrigação e dever. São os conselhos de amor para tornar a vida uma experiência gratificante. Os mandamentos são instruções que mostram o caminho e orientam o extraviado. São sinais de trânsito ao longo da estrada, advertindo das curvas perigosas e dos defeitos da pista.
Pessoas sábias seguem as regras porque sabem que a obediência a elas garante o êxito da jornada. A desobediência é fatal. Conduz à morte.
Na Bíblia, a desobediência é chamada de pecado. Em grego, pecado significa errar o alvo. Pessoas que se recusam a obedecer aos mandamentos podem até ser bem-intencionadas, ao procurar caminhos melhores para chegar ao porto desejado, mas estão condenadas a errar o alvo. A conseqüência é que “vem a arruinar-se”, afirma o texto. Em hebraico, o verbo “arruinar-se” provém da mesma raiz do substantivo “podre”. Uma fruta podre torna-se inútil, dispensável, e seu último lugar é a lixeira.
Ninguém, em pleno uso da razão, deseja esse final para a história que está escrevendo. Todos buscam sucesso e correm atrás do êxito, mas erram o alvo. As boas intenções não são garantia de chegar ao destino certo. Os sentimentos humanos são traiçoeiros. Ai da criatura que se deixa governar por eles.
Você tem nas mãos os mandamentos divinos. O que fará? Filosofará em torno deles? Tentará adaptá-los à cultura que o rodeia ou lhes obedecerá com humildade na sua peregrinação rumo ao alvo?
Viva este dia com sabedoria. Seja submisso ao Deus da vida. Entregue nas mãos do Senhor seus sonhos e planos, e lembre-se de que: “O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios, vem a arruinar-se.”
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Clame ao Senhor
Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações. Sal. 34:17.
Não conheço cristão que não enfrente dificuldades nesta vida. Você conhece algum? O verso de hoje nos ensina como enfrentar tribulações e sair vitoriosos. O verso apresenta três verbos: clamar, escutar e livrar. O primeiro deles expressa a responsabilidade humana: clamar. Deus não pode fazer nada por quem acha que não precisa de ajuda. Aqui está o perigo de pensar que você é a fonte de energia interior ou que a solução está dentro de você. Essa é a idéia que o humanismo ensina.
Milhares de pessoas passam a vida tentando achar “luz”, “aura”, “energia”. Mas descobrem estarem vazias e derrotadas.
A promessa do salmista é para os que clamam, porque reconhecem que precisam de ajuda. A atitude divina é dupla: primeiro escutar, depois livrar.
Quantos problemas humanos são resolvidos pelo simples fato de a pessoa ser escutada. Existem profissionais que fazem dinheiro, só porque conhecem a arte de ouvir. Quantos jovens passam a ser vítimas das drogas, só porque ninguém os ouve.
Você está ouvindo o seu filho ou o seu cônjuge? Muitos problemas poderiam ser evitados se aprendêssemos a ouvir uns aos outros. Aprenda a ouvir. O melhor órgão de comunicação não é a língua, e sim o ouvido. Deus está sempre pronto a escutá-lo. Porém, vai mais longe. Ele livra você das tribulações. Às vezes, pelo simples fato de escutá-lo. Quando você fala com Ele através da oração e depois fica em silêncio tentando ouvir Sua voz, o Senhor vai colocando seus pensamentos e sentimentos em ordem. Então você se levanta dos momentos de meditação com a decisão certa para as circunstâncias confusas que está vivendo.
“Clamam os justos.” Não basta clamar, é preciso ser justo. E, para ser justo, tudo que você precisa fazer é abrir o coração a Jesus e dizer: “Senhor, aqui estou. Nada sou, nada tenho. Sou apenas barro. Podes fazer alguma coisa deste simples barro?”
Não tenha medo diante da montanha de dificuldades que se apresentam na sua frente. Se Deus tirou Davi da cova de Adulão, onde estava escondido com medo dos seus inimigos, certamente conduzirá você também para a vitória. Não se esqueça de que: “Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Palavras justas
São justas as palavras da minha boca, não há nelas nenhuma coisa torta, nem perversa. Prov. 8:8.
Aprendi com os erros que as palavras são transcendentais na vida de uma pessoa. Guardo lembranças tristes de palavras que não devia ter dito. Descobri que sou apenas um ser humano que transita uma longa jornada de crescimento.
Ao longo de todo o livro de Provérbios, o sábio Salomão parece dizer: Vigie as suas palavras e será mais feliz. No verso de hoje, ele fala de palavras justas. Justiça não é apenas retidão, é também exatidão. Palavras justas são palavras que encaixam, cabem perfeitamente no lugar onde são colocadas. Palavras corretas numa ocasião podem ser incorretas e fora de lugar em outras. A sabedoria coloca nos lábios a palavra certa para o momento certo.
Salomão contrasta a justiça com a perversidade. Ele afirma que nas suas palavras “não há nenhuma coisa torta nem perversa”. A palavra torta, em hebraico, é pathal, e se refere a uma corda cujo fio é tão finamente entrelaçado que ninguém consegue identificar uma linha da outra.
Essa é uma figura para ilustrar as palavras torcidas, a linguagem dupla, uma hora boa, outra ruim. Há conversas maliciosas que dão a entender uma coisa, mas querem dizer outra.
Pessoas que não vivem em comunhão com Jesus usam a linguagem como arapuca. “Plantam verde para colher maduro.” Às vezes, conseguem o que querem, mas o que alcançam não as satisfaz. Ficam com o sabor amargo de uma vitória oca.
A vida da pessoa sábia é de crescimento. Sempre existem novos horizontes a serem alcançados em todas as áreas da vida. Cada dia é um novo desafio, com novas metas e novas propostas. Sabem que da abundância do coração, fala a boca. E então levam o coração a Jesus.
Faça de hoje um dia de vitória e de crescimento. Vigie as suas intenções e as suas palavras. Encha seu coração do amor de Deus e transborde amor aos que encontrar no seu caminho. Diga como Salomão: “São justas todas as palavras da minha boca, não há nelas nenhuma coisa torta, nem perversa.”
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Não se indigne
Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade. Sal. 37:1.
Você e Mário ingressaram na empresa no mesmo ano. Seu currículo é melhor e vem acompanhado de anos de experiência qualificada. O tempo passa, e você percebe que Mário faz coisas que você não teria coragem de fazer. Se o fizesse não poderia viver em paz consigo mesmo. Mas seu colega, sem escrúpulos, ascende com rapidez, enquanto você começa a ficar para trás. O pior de tudo é que ninguém parece se importar com a falta de ética de Mário. O que fazer?
O conselho divino para você hoje é: “Não te indignes.” Em outras palavras, fique calmo. Que isso não o perturbe nem lhe tire o sono. Sabe por quê? O verso seguinte dá a resposta. “Pois eles dentro em breve definharão como a relva e murcharão como a erva verde.”
É uma lei da vida: O sucesso que vem rápido, rápido desaparece. E, mesmo assim, é um sucesso que não traz satisfação. No fim da história, só é vazio e angústia.
Às vezes, Deus permite que os inescrupulosos alcancem vitórias terrenas. Essas aparentes vitórias podem ser chamadas de sucesso, mas não são. Riqueza, poder, fama e tudo aquilo que o ser humano de nossos dias busca com avidez não é necessariamente prosperidade.
Você pode achar uma pessoa rica e infeliz. Pode encontrar nos caminhos da vida gente famosa e desesperada. Não é difícil ver um intelectual, cheio de títulos universitários, lamentando-se como o poeta Ruben Dario: “Feliz a pedra porque não tem vida.”
Vale a pena viver se você sente que está morto? Qual é a vantagem de ter coisas e alcançar metas, se tudo aquilo pelo qual você trabalhou a vida toda não traz satisfação ao seu desesperado coração?
Pense em dois homens do passado: Hitler e Mussolini. Não alcançaram o que queriam? Não houve um tempo em que pareciam vitoriosos? E, no entanto, onde estão hoje? Qual foi o triste fim de ambos?
Por isso, continue na busca dos seus objetivos, trilhando a senda agreste dos princípios e valores espirituais. Hoje, nas diferentes circunstâncias da vida: “Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade’.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Cumprindo a missão
O mau mensageiro se precipita no mal, mas o embaixador fiel é medicina. Prov. 13:17.
Uma das lições importantes da vida é que a felicidade se conquista todos os dias no cumprimento do dever. A literatura da sabedoria, no mundo antigo, estava freqüentemente direcionada a orientar os embaixadores no cumprimento de seu dever. A fidelidade do mensageiro determinava o sucesso da missão. Dessa perspectiva, “o mau mensageiro” mencionado no verso de hoje não se refere ao mensageiro que levava notícias tristes, mas ao mensageiro negligente que não cumpria bem a sua missão.
Suponhamos que o exército tivesse perdido a batalha. O mensageiro tinha a missão de levar essa notícia ao rei. Por mais doloroso que pudesse ser, ele não podia omitir-se do seu dever.
Quando o filho rebelde de Davi, Absalão, morreu na batalha, houve um mensageiro que se apressou para dar a notícia ao rei. Mas diante da pergunta: “O que aconteceu com o meu filho?”, o mensageiro disse: “Não sei, meu senhor, somente sei que o nosso exército venceu” (ver II Sam. 18).
Esse mensageiro era um mau mensageiro. Omitiu-se, negligenciou seu dever, não cumpriu sua missão de maneira íntegra. O texto afirma que aquele que não cumpre com o seu dever “se precipita para o mal”. No original, dá a entender que é passível de castigo.
Pode haver maior castigo para a pessoa negligente do que o sentimento de não realização? Todo mundo prospera, menos você. Todos crescem, todos são bem-sucedidos, e você sente que está sempre no mesmo lugar, assistindo ao desfile dos vitoriosos.
O tema central do texto de hoje é a felicidade. Cumpra a sua missão e cumpra-a bem. Isso é parte de uma vida realizada e feliz.
Por que você não pára uns minutos para revisar, hoje, os três últimos trabalhos que você realizou? Você os fez de maneira completa? Ou os deixou quase no fim porque tinha outras coisas mais importantes para fazer? O que é mais importante do que cumprir bem a missão, por mais insignificante que pareça? O trabalho bem cumprido é o melhor retrato de uma pessoa vitoriosa.
Peça a Deus sabedoria para enxergar as coisas que você precisa mudar, e depois parta para os cumprimentos dos desafios que a vida lhe apresentar. E lembre-se: “O mau mensageiro se precipita no mal, mas o embaixador fiel é medicina”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Amo a tua casa
Eu amo, Senhor, a habitação de Tua casa e o lugar onde Tua glória assiste. Sal. 26:8.
Andando nas ruas, nos aeroportos ou viajando por aí, encontro com freqüência pessoas que dizem: “Eu amo Jesus, considero-me um cristão, mas não gosto da religião. Não pertenço a nenhuma igreja.”
Essa maneira de pensar parece ser “politicamente correta” hoje. Existem pessoas sinceras que acreditam que a igreja não é necessária. O que realmente importa é “estar bem com Jesus”. Mas o texto de hoje afirma que Deus tem uma casa onde a Sua glória se revela, e esse lugar de habitação é a igreja.
Isto significa que Deus precisa de uma casa para habitar? Claro que não! Na ocasião em que Salomão inaugurou o templo de Israel, ele orou dizendo: “Mas, de fato, habitará Deus na Terra? Eis que os céus e até o Céu dos céus não Te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei.” I Reis 8:27.
Não, o templo não é construído por causa de Deus, nem a igreja existe porque Deus precisa de seres humanos que O adorem. É tudo o contrário. O ser humano precisa de uma igreja e de um templo.
Quando Israel viajava pelo deserto, Deus ordenou: “E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles.” Êxo. 25:8.
A construção do templo foi a resposta divina à carência humana. Deus não precisa habitar em nosso meio. Somos nós que precisamos tê-Lo ao nosso lado.
“Sim”, você pode dizer, “mas para isso não preciso de igreja nenhuma.” Precisa sim. Você é uma brasa que, fora do braseiro, está condenado a apagar-se e virar cinza. É próprio da natureza humana. Ninguém pode ser uma ilha e viver sozinho. Uns precisam dos outros e todos precisamos de Deus. A igreja é o lugar onde a glória de Deus se revela e a presença de Deus se faz sentir, conservando a experiência espiritual viva, a despeito de seres humanos fracos e defeituosos.
Se a Bíblia é o roteiro para uma vida feliz, e se os conselhos divinos nunca falham, por que este conselho não serviria? Por isso, hoje, antes de iniciar as atividades do dia, diga como Davi: “Eu amo, Senhor, a habitação de Tua casa e o lugar onde Tua glória assiste”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Prioridades
Melhor é o pouco, havendo o temor do Senhor, do que grande tesouro onde há inquietação. Prov. 15:16.
Que as coisas espirituais são mais importantes do que as materiais, todo cristão sabe. Pelo menos em teoria. É o que se aprende desde criança. “É necessário colocar a Deus em primeiro lugar.” Fácil de ser dito. O problema é levar essa teoria bonita para o terreno da experiência diária. No mundo materialista em que vivemos, torna-se difícil pensar em Deus quando as crianças estão com fome e com frio, e não há nada para satisfazer às necessidades básicas.
A mensagem de hoje não é uma apologia à pobreza. Existem pessoas que vêem o cristianismo como sinônimo de pobreza. O pensamento bíblico é contrário a esta idéia. Na Bíblia, encontramos os seguidores de Jesus como pessoas abençoadas, em cuja vida há abundância. Salomão afirma no texto de hoje que é melhor ser pobre e estar em paz com Deus e com os homens do que ser rico e infeliz.
Existem pessoas obcecadas pelo dinheiro. Não medem conseqüências, deixam os escrúpulos de lado e usam qualquer método para conseguir riquezas. Deus, a família e os valores passam para um segundo plano. Os anos passam, a velhice chega e, um dia, descobrem que se esqueceram de viver. Irônico é que trabalharam tanto, lutaram e se esforçaram tanto para “viver melhor” e não viveram, apenas existiram.
Pessoas sábias colocam as primeiras coisas em primeiro lugar. Qualquer problema torna-se possível de administrar quando você faz isso. A Bíblia é clara ao afirmar: “No princípio... Deus...” Gên. 1:1. No princípio de tudo. Dos negócios, da vida familiar, empresarial, profissional etc. Quando você constrói sua vida e seus sonhos sobre firme fundamento, com certeza o prédio permanece.
Faça de hoje um dia para rever as prioridades. O que é mais importante para você. Qual é o lugar que Deus e a sua família estão recebendo? Isso determinará a exuberância de sua satisfação porque, para ser feliz, não basta realizar muito. E sim sentir-se realizado com o fruto do trabalho.
Que Deus lhe dê um dia cheio de vitórias. E lembre-se: “Melhor é o pouco, havendo o temor do Senhor, do que grande tesouro onde há inquietação”.
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Minha fragilidade
Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Sal. 39:4.
Hoje, quero convidar você a pensar na brevidade da vida. É o que o salmista faz. Ele nos leva a pensar. O inimigo não gosta que o ser humano pense, especialmente quando se trata de assuntos espirituais. Essa é a melhor maneira de levá-lo a viver descuidadamente, como se a vida nunca fosse terminar.
O apóstolo Tiago parece desenvolver o pensamento do texto de hoje ao declarar: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” Tiago 4:13 e 14.
A Bíblia não ensina que fazer planos seja errado. Uma vida sem planos não tem sentido. O salmista aconselha a planejar, tendo em conta a brevidade da vida.
Se você tivesse que fazer apenas cinco coisas na vida: criar seus filhos, conseguir um título profissional, construir uma casa, estar em paz com Jesus e deixar uma boa herança para seus filhos. Qual seria a ordem de prioridade? Que coisa você faria primeiro? Qual deixaria para o fim? Uma coisa depende da outra? Com certeza; mas o fundamento espiritual lhe dá sentido a tudo.
Quantas vezes encontro pessoas que, no fim da existência, lamentam-se pelo tempo perdido e as oportunidades desperdiçadas.
Um homem que cometeu suicídio ao descobrir que estava com Aids deixou escrito o seguinte: “Deus me chamou na meninice, na juventude e na vida adulta. Nunca quis ouvir Sua voz. Hoje, descobri que estou condenado. Sei que morrerei e sinto a voz de Deus chamando-me. Mas, por que devo aceitar, se a minha vida já não tem valor?”
Você reconhece a sua fragilidade? Sabe que hoje é, mas que amanhã não será? Por que não dar valor às coisas que realmente valem? Por que não mudar as prioridades da vida? Amar, perdoar, dar uma nova oportunidade a quem errou. Desfrutar as alegrias simples da vida, importar-se com as lágrimas de uma criança, ser gentil; enfim, são coisas pequenas que valem a pena serem vividas. Que a sua oração seja: “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade.”
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Declaração de amor
Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei. Prov. 7:15.
Ao longo de quase quatro décadas, tenho viajado por muitos países e falado do amor de Jesus para multidões, em estádios, teatros, praças públicas e os mais diversos e estranhos tipos de auditório.
Em certa ocasião, falei na Praia de Camburi, na cidade de Vitória, Brasil. Milhares de pessoas sentadas em cadeiras de praia ou em pé ouviam as mensagens de esperança extraídas da Bíblia. Foi nessa ocasião que o Senhor alcançou Érico. Semidrogado, perambulava pela praia quando se deparou com a mensagem de Deus. Os hinos cantados enterneceram o seu coração e, na penumbra de sua mente embotada pelas drogas, brilhou a esperança de regeneração e liberdade.
Conheci Érico, anos depois. Seus olhos brilhavam de emoção quando me contou que naquela noite ele saíra de casa para ir ao encontro de amigos e de mais droga. No entanto, encontrou Jesus.
Embora muitos como Érico acham que um dia encontraram Jesus, a verdade é que foi Jesus quem nos achou, porque foi Ele quem nos buscou. Érico saiu naquela noite para buscar drogas. Mas não sabia que um dia Jesus saíra dos Céus para buscar Érico.
O ser humano, por natureza, só procura aquilo que o faz sofrer. Somos estranhamente incoerentes. A dor nos aterroriza e, no entanto, a procuramos. Queremos desesperadamente alcançar a felicidade; porém, fugimos dela seguindo os nossos próprios caminhos. Nada dá certo mas insistimos, até que um dia caímos exaustos, sem saber mais aonde ir nem o que fazer.
Outro dia, vi um garotinho de oito meses chupando limão. Chupava e depois fazia cara feia e chorava, mas continuava procurando o limão.
Se dependesse de nós, passaríamos a vida procurando o que nos destrói, perambulando nas sombras da noite pelas praias da vida sem horizontes. Se dependesse da busca louca do nosso coração, encontraríamos somente frustração e vazio, mas graças a Deus que um dia o Senhor Jesus Cristo deixou tudo e veio nos procurar.
O verso de hoje expressa a mais bela declaração de amor que o ser humano poderia ouvir. Leve esta declaração com você hoje: “Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei”.
Texto de Alejandro Bullón
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Acudir ao necessitado
Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o Senhor o livra no dia do mal. Sal. 41:1.
Este é o terceiro salmo que começa com a palavra “bem-aventurado”. Os outros são: o Salmo 1 e o 32. Bem-aventurado quer dizer: “feliz”, “abençoado”. Quem não anela ser feliz?
Este salmo tem estreita conexão com o salmo anterior. Neste último, o salmista termina dizendo: “Eu sou pobre e necessitado.” Sal. 40:17. Depois, vem o verso de hoje: “Bem-aventurado o que acode ao necessitado.”
Evidentemente, Davi está falando dele como o necessitado. Mas Davi não era pobre em recursos materiais. Este salmo foi escrito durante a rebelião de Absalão, seu filho. Na época, o salmista já era o rei de Israel. Um rei nunca passa por necessidades materiais; portanto, a promessa de hoje não é simplesmente para quem dá uma esmola na rua, ou oferece um prato de comida ao faminto.
Pobreza é carência, falta. A pobreza começa quando as coisas acabam. Uma pessoa não é pobre só porque vive num barraco simples ou veste roupa remendada. Uma pessoa também é pobre quando as forças chegam ao fim, quando o cônjuge morre, o filho está na prisão, a alegria desaparece e a tempestade envolve a vida.
A promessa de Deus hoje é para todos aqueles que são capazes de enxergar um coração quebrantado, uma alma ferida, um ser fragilizado com fome de pão ou de consolo, e estão prontos a estender a mão ou oferecer uma palavra de conforto. A estes, diz: “O Senhor o livra no dia do mal.”
Observe bem a promessa. O Senhor não diz que o livrará do mal, mas “no dia do mal”.
Quando você pergunta por que sofre, se anda nos caminhos do Senhor e faz a Sua vontade, está cobrando de Deus uma promessa que Ele nunca fez.
“O dia do mal” sempre tocará a vida dos filhos de Deus na Terra. Mais cedo ou mais tarde, sempre teremos uma lágrima a derramar. Mas se você estendeu a mão para ajudar e confortar o pobre e o necessitado no “dia do mal” deles, com certeza Deus estenderá Sua mão para tirá-lo das dificuldades quando a provação chegar na sua vida.
Por isso, ao longo do dia, peça a Deus que abra seus olhos para ver um necessitado e acudi-lo, porque: “Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o Senhor o livra no dia do mal”.
Texto de Alejandro Bullón
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Fale apenas o necessário
O homem prudente oculta o conhecimento, mas o coração dos insensatos proclama a estultícia. Prov. 12:23.
Existe um ditado indiano que afirma: “Não fale tudo o que sabe, porque quem fala tudo o que sabe, geralmente fala o que não convém.” Pessoas que sabem muito não fazem questão de mostrar que sabem. São prudentes. Calam-se quando é preciso e falam no tempo oportuno. O sábio sabe o que fala, porque sabe o que pensa.
Pessoas que falam mais que o necessário carregam com freqüência complexos que controlam suas palavras e atitudes. Precisam ser o centro da atenção e, na maioria das vezes, mostram ter domínio de temas que desconhecem.
No silêncio do coração, essas pessoas sofrem porque percebem a insensatez de “proclamar estultícias”, mas o desejo de “aparecer” é quase instintivo.
Um dia essa pessoa conhece valores éticos e a dor aumenta. Luta para aplicar os conceitos aprendidos. Luta consigo mesma, contra seus complexos, temores e traumas que não consegue identificar. É uma luta injusta. Ninguém vence um inimigo oculto. É uma batalha cruel. A pessoa sofre a angústia de não viver a teoria que conhece. Sabe por que as coisas não dão certo na vida, por que seu casamento anda mal, e o relacionamento com os filhos é péssimo. Tenta, mas seus esforços são inúteis.
A incoerência de muitos livros de auto-ajuda é que apresentam o sorvete maravilhoso, mas não dizem como consegui-lo. “Tire a energia que existe dentro de você”, afirmam. “Descubra seu potencial”, proclamam. E cada vez que você olha para dentro de si, em busca do badalado “potencial”, só encontra um mundo difuso e sem forma, de sombras que o assustam.
O melhor livro de auto-ajuda que existe é a Bíblia. Não existem princípios de “inteligência emocional” que não estejam registrados no texto bíblico. A diferença é que a Bíblia o conduz a Jesus, a única pessoa capaz de colocar ordem no seu mundo interior.
Vá a Jesus hoje. A verdadeira energia vem do alto, não de dentro. E lembre-se: “O homem prudente oculta o conhecimento, mas o coração dos insensatos proclama a estultícia”.
Texto de Alejandro Bullón
terça-feira, 30 de julho de 2013
Luz e salvação
LUZ E SALVAÇÃO
O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei? Sal. 27:1.
Ligou para mim um empresário que atravessava seu pior momento financeiro. Nada dava certo. Já havia feito todos os ajustes necessários para tirar a empresa do sufoco, mas parecia inútil.
“Precisava passar por esta provação para saber que meu cristianismo e a minha confiança em Deus não passavam de mera teoria” – expressou angustiado. “Confiar em Deus quando a empresa crescia era fácil. Mas, hoje, que estou à beira da falência, compreendo que nunca fui um bom cristão” – concluiu.
Você já experimentou o desânimo em momentos difíceis da vida? O verdadeiro cristão nunca fraqueja? Sua fé permanece inabalável em meio à tormenta?
Talvez você tenha que ler todo o Salmo 27. Escolhi para o devocional de hoje apenas o verso um. O salmista expressa nele toda a sua confiança em Deus. “O Senhor é a minha salvação; de quem terei medo?” pergunta. “O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”, indaga. Que confiança!
Os primeiros seis versículos deste salmo são declarações extraordinárias de confiança em Deus. “Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança”, declara o salmista no verso 3.
Mas, de repente, no verso 7 acontece algo estranho. Toda aquela confiança desaparece. Na segunda metade do salmo, encontramos um Davi medroso: “Ouve, Senhor, a minha voz; eu clamo, compadece-Te de mim e responde-me.”
O que aconteceu com toda a confiança da primeira parte? Nada. Estava ali, no mesmo lugar. Só que o coração do salmista é um coração humano, como o seu e o meu. Tão humano quanto o de Jesus na cruz do Calvário, ao perguntar ao Seu Pai: “Por que Me desamparaste?” Mat. 27:46.
O Pai não O havia abandonado. Assim como não abandonou Davi em meio à tribulação e como não abandonará você nunca, embora seu coração, às vezes pressionado pela dor e sofrimento, sinta que Deus não se lembra de você.
Por isso, hoje, não importa que tudo ande bem ao seu redor, ou que a tormenta assustadora pareça afundar sua embarcação, ore ao Senhor dizendo: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?
Texto de Alejandro Bullón
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Não fique parado
Assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado. Prov. 6:11.
As coisas no mundo da Internet acontecem com velocidade extraordinária. Um site como o “Google”, que teve início apenas há sete anos, faturou no ano de 2005 por volta de seis bilhões de dólares. É dinheiro que deixa confuso qualquer mortal.
Num mundo cada vez mais globalizado, é impossível ficar parado. Permanecer na inércia ou mover-se como se ainda estivéssemos vivendo a euforia do descobrimento da roda pode ser fatal.
Como andar de charrete, quando existe o trem-bala? Como enviar as mensagens de barco se, com o clicar de um botão, a notícia pode dar a volta ao mundo?
O provérbio de hoje tem como propósito despertar as pessoas que, sob o argumento de estarem “esperando no Senhor”, ficam de braços cruzados enquanto a caravana dos vencedores avança.
Pobreza e necessidade não podem nunca ser características do cristão. Humildade e simplicidade, sim. Mediocridade e conformismo, jamais. O trabalho é um dom divino, entregue ao ser humano antes da existência do pecado. A ocupação seria uma bênção. Uma vida de ócio não teria sentido. Depois da entrada do pecado, o trabalho passou a ser um elemento terapêutico. É verdade que o cansaço e a fadiga fariam com que a criatura fugisse naturalmente do esforço. Mas o trabalho ainda continuaria sendo o maior instrumento formativo e restaurador.
Não faça do trabalho apenas uma ferramenta para ganhar dinheiro. Faça dele um ato de serviço. O dinheiro não satisfaz. O serviço realiza e a conseqüência é o dinheiro.
A pessoa que se entrega a uma vida de inatividade, verá que mais cedo ou mais tarde a pobreza aparecerá na sua vida como um ladrão. Sorrateira, lenta, mas inevitável. Não há como fugir dessa realidade.
Faça de hoje um dia de realizações. O mundo gira. Se você não acompanhar o seu movimento, com certeza ficará para trás. Dialogue com Jesus. Coloque os seus planos e projetos nas mãos dAquele que não conhece derrota e parta para a luta. Não fique parado, porque se o fizer “sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado”.
Texto de Alejandro Bullón
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Ele me acolherá
Pois, no dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu pavilhão; no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha. Sal. 27:5.
Sempre existe um “dia da adversidade” para cada um. Enquanto vivermos neste mundo de dor e tristeza, mais cedo ou mais tarde haverá um momento em que, literalmente, você não saberá o que fazer nem aonde ir.
Eu deveria ter uns 25 anos quando, pela primeira vez, entrei num turbilhão que parecia não ter saída. Quando garoto, corria a meus pais e eles sempre estavam dispostos a estender-me a mão. Mas eu já havia crescido, e me sentia sozinho nadando e nadando num mar tempestuoso, sem avançar um só palmo. O coração doía terrivelmente. Olhava para todos os lados em busca de socorro, mas ninguém podia fazer nada por mim. Foi então que me dirigi ao templo. Fiquei ali sentado, conversando com Deus, abrindo-Lhe o meu coração, chorando aos Seus pés.
Não sei quanto tempo permaneci assim. Só sei que, ao cair da tarde, as sombras da minha vida haviam desaparecido. Uma paz indizível inundou o meu coração. O medo desapareceu e saí de lá com forças para enfrentar as dificuldades que pareciam me destruir.
Hoje entendo o que Davi escreveu. Naquela tarde, o Senhor me ocultou no Seu pavilhão, no recôndito de Seu tabernáculo me acolheu e me elevou sobre uma rocha onde ninguém poderia atingir-me.
Existe algo indefinível no templo. É a presença de Deus. O templo é mais do que simplesmente um conglomerado de tijolo, cimento e madeira. É o próprio coração de Deus aberto. São Seus braços dispostos a perdoar, a abraçar e a confortar. E sua própria voz silenciosa consolando, animando e encorajando.
Deus pode fazer o mesmo em qualquer outro lugar? Pode sim. Mas no Seu templo há algo que palavras humanas não podem definir. É preciso viver e experimentar.
Por isso, hoje, se estiver experimentando dissabores na vida, fale: “No dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu pavilhão; no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha”.
Texto de Alejandro Bullón
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